Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 20:00 – Efetivo da Polícia Militar é 60% do considerado ideal no estado

Dado é do relatório do Conselho Nacional do Ministério Público

 

Dados do Conselho Nacional do Ministério Público apontam, em números, o que é possível observar pelas ruas do Rio, ond Writing Studio taxas de criminalidade. A cidade de Caxias, por exemplo, teve o segundo maior índice de mortes violentas no primeiro trimestre deste ano, com 845 casos, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). O município deveria ter 1.690 policiais, mas possui 781 no seu efetivo, ou seja, menos 909 agentes. Entre os seus policiais, 485 realizam patrulhamento, divididos em escalas.

Para o major Ivan Blaz, porta-voz da corporação, o número deficitário de policiais explica o aumento da criminalidade. “A perda de efetivo, compromete o policiamento na rua e coloca em jogo justamente o policiamento preventivo. Ao constatar o número menor de policiais, o criminoso arrisca uma ação. A polícia é acionada quando o crime já está acontecendo. Em resumo: aumenta o número de confrontos e o número de policiais e civis feridos. Isso se reflete na letalidade violenta”.

O comandante do 15º BPM (Caxias), coronel Sérgio Porto, não comentou a falta de efetivo. Mas confirmou dados que apontam a ação policial frente ao crime já realizado. “Neste ano, somos o batalhão da Baixada com o maior número de prisões em flagrante, apreensão de armas de pequeno calibre; de motos, e de de drogas”.

A população sofre as consequências. “Vim ao Rio em 2013 e havia policiamento. Agora, a cidade mudou. Não estou vendo policiais na rua”, lamenta o paulista Erick Colombo, 27 anos, engenheiro, que estava no Rio ontem. “Fui assaltada no Arpoador, às 10h, com uma amiga francesa. O menino puxou meu cordão. Gritei e… ninguém…nenhum policial. Fiquei com vergonha da estrangeira”, conta Carolina Bastos, 31 anos, administradora. Ela evita passar na Autoestrada Lagoa-Barra à noite e na Linha Amarela devido à falta de policiamento na via. Morador de Irajá, o aposentado Ivo Santos, 70 anos, diz que é raro ver policial perto de sua casa.

Nem todas as unidades possuem um efetivo menor do que o ideal. Campos de Goytacazes tem um excedente de 355 agentes em relação ao seu QDE. Outras duas unidades possuem mais agentes, mas não chegam nem perto do índice de Campos. Nova Friburgo tem dois policiais a mais e, Cabo Frio, 12. Macaé tem o número ideal.

Em maio, o comandante-geral da corporação, coronel Wolney Dias, determinou a transferência de 40 PMs da unidade de Campos para reforçar o Rio. No entanto, a Justiça determinou o retorno dos agentes. A crise financeira agrava a situação. O governador Luiz Fernando Pezão disse que tem 4 mil policiais para serem admitidos, mas falta verba. Como O DIA já mostrou, o corte do Regime Adicional de Serviço (RAS) tirou das ruas 500 PMs por dia e, em 2016, 1.841 saíram.

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Fonte: O Dia Writing Studio

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