O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira (09), a liberação de 20 leitos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital São José do Avaí.
A decisão foi um compromisso firmado entre a Prefeitura Municipal de Itaperuna e o Ministério da Saúde para que o atendimento seja ampliado aos pacientes graves.
Segundo o prefeito municipal Marcus Vinícius, esse foi o compromisso assumido juntamente com a subsecretária Dra. Ivete Pillo Gonçalves e o caminho, mesmo com as dificuldades, é cumprir com todas as promessas, para que o povo sempre saia ganhando.
O Hospital São José do Avaí foi fundado no ano de 1925, com atendimento ambulatorial aos pacientes de Itaperuna, e hoje realiza cerca de 10 mil atendimentos por mês, empregando diretamente mais de 1250 funcionários.
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Fonte: Imparcial Notícias Writing Studio
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Do mesmo modo que o ordenamento de um software, instalado no computador, limita as ações do usuário, também um pensamento filosófico absorvido do ambiente limita o modo de raciocínio do cérebro de um indivíduo. O sujeito vai pela internet só até onde o navegador permite. Assim, não seria exagero afirmar que, ainda que dono da máquina, o sujeito tem as suas ações determinadas pelo ordenamento do software instalado e não pela sua espontânea vontade de agir. Isso equivale a dizer que o cérebro pertence ao sujeito, mas o modo como raciocina escapa ao seu domínio.
As dinâmicas dos pensamentos, aristotélico e cartesiano, são como “softwares” predominantes no ambiente social da época em que se nasce e que a psique humana absorve. Até por volta do ano de 1600 predominava no ambiente social a linha filosófica de Aristóteles, que se baseava em dois princípios fundamentais: o princípio do poder de manifestação da matéria e o princípio do poder de dar forma a essa matéria. Naquele momento, preocupava-se então com a essência daquilo que é real, inclusive quanto aos aspectos qualitativos da matéria, como cor, forma etc. que, embora reais, são coisas abstratas, em contraste aos aspectos quantitativos como tamanho, massa etc. que são coisas concretas. Havia, portanto, o hábito da reflexão, pois o abstrato necessariamente passa pelo campo da imaginação; já com o concreto basta apenas a razão porque lida apenas com os aspectos práticos e passíveis de medição. Eis que a linha de pensamento aristotélica foi então substituída pela filosofia cartesiana cujo propósito é, de fato, simplificar o que é complexo, reduzindo o entendimento exclusivamente aos aspectos da materialidade do objeto observado.
ASSIM, sob o ponto de vista do pensamento cartesiano, que simplifica, racionaliza e reduz tudo ao plano material, o teor dessa notícia agrada, uma vez que, levando-se em conta apenas os aspectos quantitativos, os números alegram, pois a equação faz destacar apenas o maior número de atendimentos médicos associado ao maior montante de verba federal envolvido, induzindo a uma falsa ideia de progresso.
O mesmo não se poderia afirmar sob o ponto de vista do pensamento aristotélico que, buscando pela raiz da natureza das coisas, procuraria entender as razões naturais que estabelecem essa relação doença/bem estar social e inescapavelmente chegar-se-ia a conclusão de que quanto mais doentes, menos felicidade e simultaneamente isso tenderia a debilitar os cofres públicos, o que remete à perigosa prática de descobrir um santo para vestir o outro.
Verdade é que, por motivos unicamente do interesse econômico, o reducionismo cartesiano varreu de vez o pensamento aristotélico e as qualidades da matéria passaram a ser encaradas apenas como meros aspectos subjetivos, isto é, consideradas coisas que só existem no mundo interior do observador e não como coisas reais que fazem parte do mundo externo observado. É como dizer, por exemplo, que a cor de um objeto corpóreo não está nele e sim, apenas na mente daquele que o observa e, devido a isso, daquele objeto observado importa somente os aspectos palpáveis, pela maior facilidade de serem concebidos. De certa forma é um modo rápido e bem prático de se pensar e foi adotado de forma generalizada, culminando nisso a que chamamos de progresso.
Porém, a filosofia cartesiana foi boa enquanto durou, melhor dizendo, enquanto não esgotados os potenciais da criatividade humana quanto ao manuseio apenas das propriedades quantitativas da matéria. Eis que agora a sociedade está sem rumo por onde seguir porque não se tem mais o que ser inventado. Sem o devido domínio dos aspectos qualitativos da matéria, no campo do progresso, tudo virou contínua reinvenção da roda e o sistema entrou em colapso.
Por todos os cantos do mundo faltam postos de trabalho e exageradamente sobram bocas famintas. A explicação também é bem simples, isto é, não se criando coisas novas, até sobram indústrias para todo o tipo de coisa que já existe e, consequentemente, não há como serem gerados novos postos de trabalho. Ao contrário, o que se tem são indústrias quebrando pelo excesso de concorrência.
O pensamento moderno fez aprender bem o manuseio dos aspectos quantitativos da matéria, limitados apenas ao domínio dos efeitos manifestos, sem qualquer compreensão da real natureza daquele objeto explorado. A eletricidade e o eletromagnetismo, por exemplo, são manuseados à exaustão quanto aos seus efeitos físicos observáveis e passíveis de medições. Entretanto, nenhum cientista sabe dizer, ao certo, o que vem a ser um e o outro. Fala-se de tudo sobre o ente imaginário de codinome elétron, que ninguém nunca viu nem sabe como é. Inclusive qualquer criança sabe que as mensagens do zap vão chegar até o outro lado, mas nenhum cientista do mundo sabe explicar as reais razões de como e porque isso acontece. Domina o efeito desconhecendo a essência. No máximo discorre-se a respeito de campos, elétrico e magnético, conceituando-os por meio de definições que estreitam apenas os limites do observável, o que não implica em compreender, de fato, a essência do que realmente faz brotar o efeito como tal, vez que, os campos são regiões invisíveis e devido a isso são apenas representados por um ente matemático denominado vetor, o qual permite conjeturar apenas pelos campos da matemática.
Por fim, esgotado o potencial científico racional, forçosamente também a sociedade se obriga a voltar ao pensamento aristotélico, quando na mente humana predominava, por natureza, o pensamento quântico. E, ao contrário do que muitos pensam, a física quântica não é o ápice de uma ciência moderna. O final melancólico do pensamento reducionista como filosofia predominante e que nem de longe consegue mais ser paliativo para os insolúveis problemas da sociedade atual é o que deixa essa impressão. Mas, no passado bem distante, os filósofos já atribuíam ao “intelecto” – termo como se referiam à faculdade da percepção – a tarefa específica de vasculhar os labirintos da física quântica.
A ambição pelo progresso fez separar ciência e religião. Podemos dizer que a ciência começou no ponto onde a religião parou. Por ironia do destino, para salvar todo o esforço empenhado em nome de algo chamado progresso, se faz necessário agora o caminho de volta. Resta saber a que espécie de custo isso vai acontecer.