Blog do Adilson Ribeiro

Quarta feira 20:59 – Professora é agredida por aluno de 15 anos após expulsá-lo da sala de aula


Ela pediu para o estudante colocar o livro sobre a mesa. O jovem se irritou e a discussão foi parar na diretoria.

Uma professora desabafou no Facebook após ter sido agredida por um aluno dentro da diretoria da escola. Marcia Friggi, que dá aulas no Centro de Educação de Jovens e Adultos em Idaial (SC), conta que o garoto de 15 anos ficou irritado quando ela pediu para ele colocar o livro sobre a mesa.

O aluno estaria com o livro apoiado na perna quando a docente fez a intervenção. Ele teria respondido com palavrões, e a professora o encaminhou para a diretoria, onde a discussão continuou. O jovem a acusou de mentir, mas ela afirmou que toda a classe tinha testemunhado o diálogo.

No local, a professora ainda estava falando quando ele começou a agredi-la. O último soco foi tão forte que a fez bater contra a parede, segundo o relato de Marcia. No texto que foi para as redes sociais, ela disse “estar dilacerada”, não apenas fisicamente, psicologicamente também. Af Writing Studio a respondido com palavrões, e a professora o encaminhou para a diretoria, onde a discussão continuou. O jovem a acusou de mentir, mas ela afirmou que toda a classe tinha testemunhado o diálogo.

No local, a professora ainda estava falando quando ele começou a agredi-la. O último soco foi tão forte que a fez bater contra a parede, segundo o relato de Marcia. No texto que foi para as redes sociais, ela disse “estar dilacerada”, não apenas fisicamente, psicologicamente também. Afirmou ainda que se sentiu desamparada, e que sofre pela condição de trabalho dos professores nas escolas brasileiras.

A professora não falou sobre o caso. A Secretaria de Educação da cidade também não respondeu.

Leia o relato completo:

DILACERADA

Estou dilacerada. Aconteceu assim:

Ele estava com o livro sobre as pernas e eu pedi:

– Coloque seu livro sobre a mesa, por favor.

– Eu coloco o livro onde eu bem quiser.

– As coisas não são assim.

– Ahhh, vai se foder.

– Retire-se por favor.

Ele levantou para sair, mas no caminho jogou o livro na minha cabeça. Não me feriu, mas poderia. Na direção eu contei o que tinha acontecido. Ele retrucou que menti e eu tentei dizer:

– Como, menti? A sala toda viu… Não deu tempo para mais nada. Ele, um menino forte de 15 anos, começou a me agredir. Foi muito rápido, não tive tempo ou possibilidade de defesa. O último soco me jogou na parede.

Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente. Estou dilacera por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacera por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem. Estou dilacera porque dilacera porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos. A sociedade nos desamparou. A vida…

Lembrei dos professores do Paraná que foram massacrados pela polícia, não teve como não lembrar.

Estou dilacerada pelos meus bons alunos, que são muitos e não merecem nossa ausência.

Estou dilacerada, mas eu me recupero e vou dedicar a minha vida para que NENHUM PROFESSOR BRASILEIRA passe por isso NUNCA MAIS. (Não sei se cometi erro ao escrever, perdoem.)

Polêmica

Apesar das imagens chocantes e o relato impressionante da professora agredida, logo respostas ao seu desabafo começaram a surgir. Aparentemente, a professora havia concordado com o ataque que o pré-candidato à presidência pelo DEMOCRATAS, Jair Bolsonaro, havia sofrido, em que recebeu uma ovada de uma manifestante.

Os defensores do candidato procuraram comentários feitos pela professora agredida em que ela não apenas comemorava o ataque, como se dispunha a fazer o mesmo, caso tivesse oportunidade.

Em vista disso, muitos internautas a condenaram, subtendendo-se que para ela, a violência teria dois pesos e duas medidas.

Deixe sua opinião sobre esse caso chocante e polêmico nos comentários. O que deve ser feito a respeito do adolescente de 15 anos que agrediu a professora?

Fonte: Metrópoles/JusBrasil Writing Studio

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *