Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 19:35 – “Muita gente pede intervenção militar”, diz coronel do Exército

O porta-voz do Clube Militar, Coronel Ivan Cosme, avalia que os pedidos por uma intervenção são fruto da desesperança com a política

Com a crise política, a economia em um dos piores momentos de sua história e escândalos semanais de corrupção, muitos brasileiros estão se perguntando: chegou a hora de uma intervenção militar?

A última ditadura militar registrada no Brasil ocorreu entre 1964 e 1985. No período, foram cassados mandatos de políticos, jornais foram censurados e opositores foram presos, torturados e assassinados.

Ainda assim, o fantasma da intervenção militar volta para assombrar a sociedade brasileira vez ou outra.

A mais recente aparição do assunto ocorreu quando o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes perguntou em seu Twitterse os brasileiros querem uma intervenção militar. Após mais de 37 mil votos, o “não” venceu com 51%.

O porta-voz do Clube Militar, Coronel Ivan Cosme, avalia que os pedidos por uma intervenção são fruto da desesperança com a política.

“A questão da intervenção militar, que muita gente está pedindo, talvez seja até em função de uma desesperança que está se abatendo sobre o povo em função do que a gente vê nos nossos meios políticos.”

Ivan Cosme ressalta que, em sua opinião particular, a intervenção não é o melhor caminho. “Não é que a intervenção não vai resolver. Até porque muitas pessoas estão se esquecendo que no mundo atual, globalizado, a intervenção leva ao isolamento da comunidade internacional”.

O Clube Militar é uma associação civil que reúne membros do Exército, Marinha e Aeronáutica. Com sede no Rio de Janeiro, a entidade costuma realizar eventos no aniversário da ditadura.

O general do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, que defendeu uma intervenção militar para combater a crise enfrentada pelo Brasil, afirmou ao jornal Estado de S. Paulo que pretende presidir o Clube Militar.

1964

Apesar da crise política enfrentada pelo Brasil, o cenário atual é diferente de quando ocorreu o golpe militar, em 1964, avalia a professora de ciência política da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) Sônia Fleury.

“Ainda não temos esse cenário pela frente. Não há uma deterioração tão grande do país, da economia, e das próprias relações entre as forças sociais para justificar um golpe.”

Ela ressalta que o momento da geopolítica mundial alterou-se bastante e que não há uma tensão social entre esquerda e direita como na década de 1960. Também não há mais a guerra fria e seu “incentivo para combater tudo que parecesse comunismo, sendo ou não”.

“A elite está confortavelmente instalada no Governo, Congresso, Legislativo e Judiciário”, afirmou a professora da FGV.

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& Writing Studio litar, em 1964, avalia a professora de ciência política da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) Sônia Fleury.

“Ainda não temos esse cenário pela frente. Não há uma deterioração tão grande do país, da economia, e das próprias relações entre as forças sociais para justificar um golpe.”

Ela ressalta que o momento da geopolítica mundial alterou-se bastante e que não há uma tensão social entre esquerda e direita como na década de 1960. Também não há mais a guerra fria e seu “incentivo para combater tudo que parecesse comunismo, sendo ou não”.

“A elite está confortavelmente instalada no Governo, Congresso, Legislativo e Judiciário”, afirmou a professora da FGV.

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Fonte: Sputnik Brasil. Writing Studio

Um comentário sobre “Domingo – 19:35 – “Muita gente pede intervenção militar”, diz coronel do Exército

  1. Mouraci Stephen Carecho

    É A ÚNICA SOLUÇÃO…antes que também o exército venha a se corromper.

    A única saída do Brasil é a população em peso se aliar ao exército, apoiando a intervenção militar, expulsando do país toda essa cambada de políticos, de vereadores ao presidente da república, confiscando todos os patrimônios dessa gente, próprios e de seus familiares.
    Depois da expulsão, aí sim, discute-se como dar continuidade ao governo.
    O povo não está percebendo que já está sem garantias constitucionais. O judiciário já era; polícias civil e militar já eram. As instituições são só de fachada. Inoperantes ao extremo.
    Agora com essa de colocar também o exército nas ruas para combater criminosos é o golpe fatal contra a população, pois vai acontecer o mesmo que aconteceu com as outras policias.
    Se a população não tomar atitude, dentro de pouco tempo meia dúzia de soldados chineses vão dominar tudo e todos por aqui uma vez que a segurança nacional estará totalamente dividida entre bons e maus policiais.

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