Blog do Adilson Ribeiro

Segunda-feira – 23:00 – Desrespeito com os cadeirantes na cidade de Itaperuna

Por Ricardo Tostes

 

 

 

Nasci e fui criado boa parte da minha infância no município de Itaperuna que fica no interior do Rio de Janeiro, quando eu era bem pequeno eu não tinha muita noção do que era acessibilidade e o quão importante ela era para os cadeirantes.

Mas a medida que fui crescendo e passei a usar a cadeira de rodas como o meu único meio de locomoção eu comecei a perceber a enorme carência que meu município tem no tema de acessibilidade, para ser sincero acho que a palavra carência não se encaixa muito nesse contexto já que Itaperuna não tem acessibilidade nenhuma, a palavra que melhor define a minha cidade é VERGONHA, fiz questão de colocar essa palavra escrita em caixa alta pois nesse momento a minha vontade é de gritar bem alto. As ruas são uma vergonha total, achar uma rampa para subir e descer com uma cadeira de rodas é quase um milagre e quando encontramos uma tem sempre um abençoado motorista que sempre param bem na frente da rampa, ruas cheias de buracos que é praticamente impossivel andar com uma cadeira de rodas fora os paralelepípedos soltos no meio da rua.

As calçadas com ressaltos grandes, fora os buracos nas ruas que fazem as rodinhas das cadeiras de rodas agarrem e pode provocar quedas dos cadeirantes. O nosso município vem desrespeitando a lei 10.098/2000que diz o seguinte “ Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.”, essa mesma lei traz com sigo um dispositivo que fala sobre as barreiras arquitetônicas nas vias públicas e urbanísticas, vocês devem estar se perguntando o que seriam essas barreiras arquitetônicas, então vou explicar o significado dessa palavra: “Falta de rampa de acesso para cadeirantes nas vias públicas; Falta de calçadas com guias para portadores de deficiência visual”. Todo ano temos vários candidatos a prefeito e vereadores que fazem inúmeras promessas de mudanças no município mas ficam só em promessas mesmo pois até hoje não consegui enxergar nenhuma melhora na acessibilidade de Itaperuna.

Há pouco tempo estive fazendo um discurso na Câmara Municipal dos vereadores de Itaperuna e pude prese Writing Studio “wp-image-493187 alignleft” src=”https://adilsonribeiro.net/wp-content/uploads/2017/10/IMG_8893-e1505683712387.jpg” alt=”” width=”147″ height=”118″ />

 

 

 

Nasci e fui criado boa parte da minha infância no município de Itaperuna que fica no interior do Rio de Janeiro, quando eu era bem pequeno eu não tinha muita noção do que era acessibilidade e o quão importante ela era para os cadeirantes.

Mas a medida que fui crescendo e passei a usar a cadeira de rodas como o meu único meio de locomoção eu comecei a perceber a enorme carência que meu município tem no tema de acessibilidade, para ser sincero acho que a palavra carência não se encaixa muito nesse contexto já que Itaperuna não tem acessibilidade nenhuma, a palavra que melhor define a minha cidade é VERGONHA, fiz questão de colocar essa palavra escrita em caixa alta pois nesse momento a minha vontade é de gritar bem alto. As ruas são uma vergonha total, achar uma rampa para subir e descer com uma cadeira de rodas é quase um milagre e quando encontramos uma tem sempre um abençoado motorista que sempre param bem na frente da rampa, ruas cheias de buracos que é praticamente impossivel andar com uma cadeira de rodas fora os paralelepípedos soltos no meio da rua.

As calçadas com ressaltos grandes, fora os buracos nas ruas que fazem as rodinhas das cadeiras de rodas agarrem e pode provocar quedas dos cadeirantes. O nosso município vem desrespeitando a lei 10.098/2000que diz o seguinte “ Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.”, essa mesma lei traz com sigo um dispositivo que fala sobre as barreiras arquitetônicas nas vias públicas e urbanísticas, vocês devem estar se perguntando o que seriam essas barreiras arquitetônicas, então vou explicar o significado dessa palavra: “Falta de rampa de acesso para cadeirantes nas vias públicas; Falta de calçadas com guias para portadores de deficiência visual”. Todo ano temos vários candidatos a prefeito e vereadores que fazem inúmeras promessas de mudanças no município mas ficam só em promessas mesmo pois até hoje não consegui enxergar nenhuma melhora na acessibilidade de Itaperuna.

Há pouco tempo estive fazendo um discurso na Câmara Municipal dos vereadores de Itaperuna e pude presenciar de perto que até na Câmara Municipal está desrespeitando as leis de acessibilidade. Depois de muita reflexão pude chegar a conclusão que não adianta mudar a cidade se os próprios moradores não mudarem também, não adianta colocar várias rampas de acesso nas ruas se não tiver fiscalização para aqueles motoristas que insistem em parar os carros bem na frente dessas rampas.

Percebo que não é somente em Itaperuna que isso acontece, mas sim no Brasil todo, sempre vai existir aquele motorista mau educado que vai parar seu carro em rampas e vagas destinadas aos cadeirantes, a mudança tem que começar na população para enfim conseguir-mos fazer com que Itaperuna evolua na questão da acessibilidade.

Enfim, respeitar-nos e ter toda uma série de cuidados para que não sejamos excluídos do convívio com a sociedade, a acessibilidade faz parte desse respeito que devem ter para com nós. Ela significa: dar, a essas pessoas, o acesso aos mesmos bens e serviços disponíveis para os demais cidadãos. Nós deficientes temos os mesmos direitos que vocês, e isso está na lei, não é um favor que vocês fazem para a gente. É dever de vocês nos respeitar. Somos brasileiros que também precisamos ter acesso às escolas, universidades, ao mercado de trabalho, ao lazer e à cultura, para isso que foram criadas as leis de acessibilidade. Só precisamos que o legislativo faça com que elas sejam cumpridas.

  • Ricardo Tostes tem 21 anos e é estudante de direito

Fonte: Fife Sobre Rodas Writing Studio

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *