Blog do Adilson Ribeiro

Quarta Feira – 23:25 – Filho de mulher jogada pela janela se desespera: “Não fecha o caixão”. Clique na foto abaixo e veja mais

Corpo de Carla Zandoná foi enterrado em Brazlândia. Segundo uma parente, a vítima foi espancada a vida inteira pelo marido, que está preso

O corpo de Carla Grazielle Rodrigues Zandoná, 37 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (8/8) no Cemitério de Brazlândia. Cerca de 80 pessoas estavam presentes. O clima era de muita comoção e revolta. A mulher morreu na noite de segunda-feira (6) após cair do 3º andar do Bloco T da 415 Sul. O marido da vítima, Jonas Zandoná, 44, foi preso no mesmo dia acusado de ter jogado a companheira pela janela.

O casal tinha um filho de 20 anos. O rapaz entrou em desespero ao ver o corpo da mãe ser enterrado. “Não fecha o caixão. Não fecha isso, não. É minha mãe”, gritou o jovem. De acordo com relato de uma tia da vítima, que pediu para não ser identificada, Carla vivia um relacionamento abusivo com Jonas. “Foi espancada a vida inteira por ele”, contou.

No dia do crime, o servidor aposentado do Senado Salmon Lustosa Elvas, 75, também estava na casa. Mas o homem afirmou que dormia e, portanto, não escutou a briga do casal, tampouco quando Jonas teria jogado a esposa do apartamento 308.

Em 2017, uma denúncia anônima chegou até a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), de que ambos estariam explorando financeiramente o idoso. Mas Salmon prestou depoimento na ocasião e garantiu que apenas os ajudava.

Já Jonas deu outra versão. Confidenciou na delegacia que tinha um relacionamento amoroso “em sigilo” com o aposentado. Salmon nega. O fato é que a família também não entende o tipo de envolvimento entre eles. “Essa história está mal explicada e muito nebulosa. Nunca ouvimos falar desse homem (servidor aposentado)”, ressaltou a tia de Carla.

Constantemente agredida, em 2017, a vítima registrou uma ocorrência contra Jonas por injúria, ameaça e lesão corporal. Ele teria tentado enforca-lá e a xingou de “rapariga”. O homem responde a mais duas denúncias, feitas em 2015 e 2016, pelos mesmos crimes. Conforme relato do aposentado, dois dias antes do crime, o acusado teria tentado esganar a vítima.

“Ele [Jonas] se esconde atrás da bebida. Diz que estava bêbado e não se lembra de nada. Esse discurso é  usado por ele sempre que questionado sobre as agressões”, assinalou o delegado-chefe da 1ª DP [Asa Sul], João de Ataliba Neto. De acordo com o policial, o acusado chegou a confessar a outro detento que havia matado a esposa.

No dia em que Carla foi jogada da janela, o suspeito estaria embriagado. Não prestou socorro à vítima. Pelo contrário. Continuou em casa como se nada tivesse acontecido, enquanto a mulher agonizava debaixo do bloco. Jonas já tinha quebrado o maxilar da companheira em uma outra agressão.

Em um intervalo de 48 horas, o Distrito Federal registou três casos de feminicídio. O brutal assassinato de A Writing Studio >

Corpo de Carla Zandoná foi enterrado em Brazlândia. Segundo uma parente, a vítima foi espancada a vida inteira pelo marido, que está preso

O corpo de Carla Grazielle Rodrigues Zandoná, 37 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (8/8) no Cemitério de Brazlândia. Cerca de 80 pessoas estavam presentes. O clima era de muita comoção e revolta. A mulher morreu na noite de segunda-feira (6) após cair do 3º andar do Bloco T da 415 Sul. O marido da vítima, Jonas Zandoná, 44, foi preso no mesmo dia acusado de ter jogado a companheira pela janela.

O casal tinha um filho de 20 anos. O rapaz entrou em desespero ao ver o corpo da mãe ser enterrado. “Não fecha o caixão. Não fecha isso, não. É minha mãe”, gritou o jovem. De acordo com relato de uma tia da vítima, que pediu para não ser identificada, Carla vivia um relacionamento abusivo com Jonas. “Foi espancada a vida inteira por ele”, contou.

No dia do crime, o servidor aposentado do Senado Salmon Lustosa Elvas, 75, também estava na casa. Mas o homem afirmou que dormia e, portanto, não escutou a briga do casal, tampouco quando Jonas teria jogado a esposa do apartamento 308.

Em 2017, uma denúncia anônima chegou até a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), de que ambos estariam explorando financeiramente o idoso. Mas Salmon prestou depoimento na ocasião e garantiu que apenas os ajudava.

Já Jonas deu outra versão. Confidenciou na delegacia que tinha um relacionamento amoroso “em sigilo” com o aposentado. Salmon nega. O fato é que a família também não entende o tipo de envolvimento entre eles. “Essa história está mal explicada e muito nebulosa. Nunca ouvimos falar desse homem (servidor aposentado)”, ressaltou a tia de Carla.

Constantemente agredida, em 2017, a vítima registrou uma ocorrência contra Jonas por injúria, ameaça e lesão corporal. Ele teria tentado enforca-lá e a xingou de “rapariga”. O homem responde a mais duas denúncias, feitas em 2015 e 2016, pelos mesmos crimes. Conforme relato do aposentado, dois dias antes do crime, o acusado teria tentado esganar a vítima.

“Ele [Jonas] se esconde atrás da bebida. Diz que estava bêbado e não se lembra de nada. Esse discurso é  usado por ele sempre que questionado sobre as agressões”, assinalou o delegado-chefe da 1ª DP [Asa Sul], João de Ataliba Neto. De acordo com o policial, o acusado chegou a confessar a outro detento que havia matado a esposa.

No dia em que Carla foi jogada da janela, o suspeito estaria embriagado. Não prestou socorro à vítima. Pelo contrário. Continuou em casa como se nada tivesse acontecido, enquanto a mulher agonizava debaixo do bloco. Jonas já tinha quebrado o maxilar da companheira em uma outra agressão.

Em um intervalo de 48 horas, o Distrito Federal registou três casos de feminicídio. O brutal assassinato de Adriana Castro Rosa Santos, 40, morta com dois tiros na cabeça pelo o ex-companheiro, o policial militar Epaminondas Silva Santos, 51, foi o mais recente, ocorrido nessa terça-feira (7), dia em que a Lei Maria da Penha completou 12 anos.

Os números chocam: até agora, em 2018, o DF registrou 19 feminicídios, mesmo número de 2017 inteiro. O registro de ocorrências de agressões contra mulheres que não acabaram em morte também aumentou. Nos seis primeiros meses de 2018, houve 7.169, contra 7.029 no mesmo período de 2017. Cerca de 79% dos casos ocorrem na casa da vítima.

 

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