Blog do Adilson Ribeiro

Sexta Feira – 23:30 – Surto de malária no Espírito Santo. Clique na foto abaixo e veja mais

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. No Brasil, a maioria dos casos concentra-se na região amazônica, em estados como Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Desde a semana passada, entretanto, o Espírito Santo passou a ser motivo de preocupação – o estado já registra mais de 100 casos da doença, incluindo um óbito.

O Ministério da Saúde alerta que, nas regiões fora da Amazônia, apesar das poucas notificações, a malária não pode ser negligenciada, já que se observa uma letalidade ainda mais elevada. De fato, todos os 112 casos de malária confirmados em território capixaba são da forma mais grave da doença, como explicou o médico e referência técnica da Vigilância Epidemiológica do Espírito Santo, Adeniton Cruzeiro.

Até o momento, o município de Vila Pavão concentra 92 casos e Barra de São Francisco, 20 casos.

O especialista lembrou que, em locais onde a doença não é endêmica, os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de arboviroses como dengue, zika e chikungunya e que é importante que profissionais de saúde e a população estejam atentos aos primeiros sinais de infecção por malária – incluindo febre, mal-estar, náusea e calafrios. A cura é possível se o paciente for tratado em tempo oportuno e de forma adequada, mas o quadro pode evoluir para complicações e até mesmo óbito.

Leia, a seguir, a entrevista do médico Adeniton Cruzeiro

Agência Brasil: Qual o cenário de malária neste momento no Espírito Santo?

Adenilton Cruzeiro: Temos um surto que se iniciou na região noroeste do estado na semana Writing Studio tos ao atender um paciente com febre oriundo dessa região. Para pacientes, a ordem é, ao primeiro sinal de febre, procurar uma unidade de saúde ou o posto de atendimento mais próximo. Além disso, devem ser adotadas medidas de proteção individual, como o uso de camisa de manga comprida, tela mosquiteiro e repelente. O horário das 17h às 20h, ou seja, o anoitecer, é quando o mosquito mais pica. Durante o dia, ele fica dento da mata, mas, nesse horário, sai para se alimentar.

Não há, entretanto, motivo de alarde ou de pânico. A situação está totalmente circunscrita àquela região de zona rural. O vetor é silvestre, não está no meio urbano. E também não se trata de uma doença causada por vírus. A gente espera que, nos próximos dias, reduza-se o número de casos positivo no estado.

 

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