Uma jovem de 27 anos foi agredida a pauladas e pedradas na Rua Heitor Beltrão, na Tijuca, Zona Norte do Rio. O caso ocorreu por volta das 17h da última terça-feira. A cozinheira Luana Braga contou que havia acabado de descer de um ônibus quando três homens — um deles com um pedaço de madeira e outros dois com pedras nas mãos — se aproximaram. Ela se assustou, segurou a bolsa contra o corpo e foi então que ouviu a frase: “Você percebeu que a gente é bandido, né?”.
— Logo depois levei uma paulada e caí. Os outros dois começaram a me bater com as pedras. O sinal estava aberto e ninguém parava para ajudar. Até que um motorista parou no meio do trânsito e veio na minha direção. Até bateram no carro dele — contou a vítima ao EXTRA.
De acordo com Luana, agressores fugiram sem roubar nenhum de seus pertences:
— Não levaram nada. Foi ódio gratuito mesmo. Não tem nada a ver com política, não tem nada a ver com o fato de eu ser gay. Foi ódio puro. Isso está me provoca, além das dores, uma tristeza muito grande. Não consigo esquecer. Estou muito assustada com o que aconteceu.
Em seu perfil no Instagram, a cozinheira também comentou o que aconteceu: “É uma facada na alma ver aonde a violência do nosso país está chegando. Não reagi, não gritei, apenas apanhei por nada”. Luana contou que pensa em deixar o Rio.
— No momento quero me mudar daqui. Penso em ir para São Paulo. Aqui está muito difícil. A Tijuca precisa de policiamento. Como pode acontecer uma coisa dessas de tarde, no meio da rua ? — disse ela.
A jovem foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca Writing Studio gar sobre o caso”.
— Eu só quero que os responsáveis sejam presos e que a justiça seja feita — afirmou Luana.
Fonte: Extra. Writing Studio