Blog do Adilson Ribeiro

Quarta-feira – 15:00 – Fungo fatal que se espalha por hospitais de todo o mundo pode chegar ao Brasil, alertam especialistas.Veja abaixo:

Um fungo chamado Candida auris, que ataca pessoas internadas em hospitais e com sistema imunológico enfraquecido, vem se espalhando silenciosamente pelo mundo e pode chegar ao Brasil. Nos últimos cinco anos, ele atingiu uma unidade neonatal na Venezuela, varreu um hospital na Espanha, forçou um conceituado centro médico britânico a fechar sua unidade de tratamento intensivo e fincou raízes na Índia, no Paquistão e na África do Sul. Agora corre o risco de chegar aos hospitais brasileiros, segundo alertam alertam especialistas e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E não há tratamento efetivo conhecido.O nome parecido ao popular Candida albicans, que causa a candidíase, não deve causar confusão. A similaridade se deve ao fato de ambos serem do gênero Candida, mas trata-se de espécies diferentes. O Candida Auris causa infecção hospitalar. Em pessoas sau Writing Studio terapêuticas. — Conta Colombo. — Aconteceu

esse surto na Venezuela e a Anvisa entrou em contato. Fizemos essa norma técnica que tem como objetivo alertar os hospitais brasileiros de que existe a plausibilidade desse cândida entrar em nossos hospitais. Temos sistemas ativos de vigilância para bactérias. Boa parte dos hospitais públicos e privados brasileiros sabem detectar as bactérias pelo nome e sobrenome, mas fungos são negligenciados. E cada vez mais você tem fungos candida de diferentes espécies causando infecção hospitalar no Brasil. Estima-se que 5 a 10% das infecções de corrente sanguínea sejam por fungos do gênero candida. E esses são os casos mais graves.

O documento publicado pela Anvisa em 2017 afirma que o fungo “ainda não foi notificado” no Brasil, mas que isso “não significa que não tenha ocorrido, pois, como a detecção desse fungo requer métodos laboratoriais especializados”. “É possível que a ocorrência dessa infecção não tenha sido identificada”, concluíram os especialistas no texto publicado em março de 2017. O texto estabelece como os laboratórios devem fazer para determinar se a infecção é de fato por C. Auris e como devem ser encaminhados os pacientes isolados.

Mais resistente

A farmacêutica Luana Rossato é uma das especialistas que dedica seu trabalho a entender melhor os mecanismos usados por esse fungo que a ciência descobriu há exatos dez anos. Ela está fazendo um pós-doutorado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na Unifesp, que tem como objetivo entender como corpo humano responde à presença do fungo.

— Ele mata menos que a Candida Albicans, mas a grande característica é de apresentar resistência fúngica e de ter difícil diagnóstico, principalmente por laboratórios que não estão acostumados. Pode ser confundido com outras espécies, também. Foi descoberto em 2009, no Japão. Ainda estamos investigando como se comporta e o que o leva a ter essa resistência.

Rossato explica que a maioria dos fungos não sobrevive por muito tempo em superfícies sem vida, como paredes ou instrumentos médicos; eles em geral precisam de um ser vivo como base para poder se alimentar e manter-se vivo. O C. Auris, no entanto, consegue resistir por mais tempo em ambientes isolados e, mesmo quando um paciente se cura dos sintomas, ele ainda pode estar presente no corpo.

Fonte: Extra Writing Studio

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