Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-feira – 18:00 – Pesquisas da UENF buscam deter o avanço do aedes aegypti com métodos econômicos e naturais. Veja abaixo:

Um mosquito que chegou ao Brasil nos navios negreiros e considerado erradicado no início do século XX é, ainda hoje, um dos maiores problemas de saúde pública do País: Aedes aegypti.

Seu retorno ocorreu na década de 1980 com uma epidemia de dengue, e até hoje não deu trégua. Com o crescimento das cidades e, consequentemente, das condições propícias para sua reprodução, o controle do mosquito Aedes aegypti — também responsável pela transmissão da febre amarela, Zika e chikungunya — tornou-se um dos maiores desafios para a saúde pública não só no Brasil, como em todo o mundo.

Na UENF, diversas pesquisas vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de deter o avanço do mosquito. Os resultados mostram a eficácia de métodos econômicos e naturais, que poderiam ser implementados em grande escala através de políticas públicas. Um deles é o controle biológico do mosquito utilizando um fungo entomopatogênico (que parasita insetos), cujo nome científico é Metarhizium anisopliae.

A UENF é pioneira no controle biológico do Aedes a partir deste fungo, que é encontrado naturalmente em solos e causa doenças em vários insetos. Os estudos, que começaram em 2008, são coordenados pelo professor Richard Samuels, do Laboratório de Entomologia e Fitopatologia do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da UENF (LEF/CCTA), que atua como coordenador da Rede Zika 1 (vetores ) da Faperj. As pesquisas também deram origem a um projeto de extensão desenvolvido no condomínio Mondrian Life, localizado na Avenida Alberto Lamego, próximo à UENF.

Para tanto, foi desenvolvida uma armadilha usando uma garrafa PET na qual é colocado um pano preto de algodão impregnado com fungo. O mosquito é naturalmente atraído para a cor escura e, ao pousar no pano, é contaminado. A morte ocorre entre 24 e 48 horas após a contaminação. Segundo o pesquisador, o inseto contaminado pode transmitir o fungo para outros mosquitos com os quais tiver contato. Para potencializar os efeitos da armadilha, em breve será utilizada também uma substância com um cheiro capaz de atrair os mosquitos.

Foram escolhidos 30 apartamentos para participarem do projeto, todos no térreo. Metade deles recebe as armadilhas PET e a outra metade não. Os apartamentos recebem ainda outras armadilhas que ajudam a monitorar a incidência do mosquito: a ovitrampa, a BG-Sentinel e as PET adesivas. A primeira coleta os ovos dos mosquitos e as demais capturam os insetos adu Writing Studio
Fonte: Ascom.

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