Blog do Adilson Ribeiro

Clique na imagem acima e inscreva-se no Vestibular da UNIG

Dona de uma beleza atemporal, a atriz Vera Fischer esbanja autoestima a um mês de completar 68 anos de idade. A grande homenageada da 26ª Edição do Festival de Cinema de Vitória esteve na quinta-feira (26) na capital e falou sobre carreira, novos projetos e os percalços já passados em sua trajetória, como o machismo e o preconceito.

Em 2019, Vera completou 50 anos de seu título de Miss Brasil. Oito anos depois da conquista da coroa, ela chegou à TV com status de ícone da beleza.

Mas, por conta disso, a transição dos concursos para a carreira de atriz não foi nada fácil. “Me disseram que eu nunca seria atriz. Fui vítima de machismo”, revelou.

Vera disse que também foi “prejudicada” pela própria beleza, em alguns momentos. “Algumas pessoas me viam como um pedaço de carne pendurado no açougue”, afirma.

Com participação em mais de 20 filmes na carreira, Vera Fischer se mostrou receosa quanto ao atual momento do cinema no País, em meio às possíveis mudanças na Agência Nacional de Cinema (Ancine), que pode ter o financiamento para alguns tipos de filme suspenso pelo governo federal. “Nos veem como inimigos. Vamos ter de tentar sair desse perrengue”, destaca.

Em entrevista, a atriz falou sobre essas situações e lembrou de variados momentos da carreira.
Miss Brasil “Eu fui miss em 1969. A época era de censura brava. Mas foi uma experiência que me fez crescer. Algo que me levou a sair de Blumenau, em Santa Catarina, com apenas 17 anos, e me tornar uma mulher, independente”.

Machismo

“Fui vítima de machismo, que naquela época era bravo. Foi terrível! As pessoas me viam como se fosse um pedaço de carne pendurado no açougue. Mas nunca abaixei a cabeça para os comentários ou olhares de desconfiança. Sempre tive um senso de humor bastante ácido para poder me livrar dessas coisas”.

Carreira

“Fui desacreditada por muita gente, inclusive por diretores de cinema e novela. Teve um cara que disse que eu nunca seria atriz. Ele falou: ‘Pode ir para casa que você não serve para ser atriz’. Mas, muitos anos depois, eu encontrei esse sujeito. Ele olhou para mim, pediu desculpas e saiu de fininho. Imagina se eu acredito nesse povo? Nunca teria saído do lugar”.

Rótulos

“Já estou acostumada a lidar com os rótulos. Devo ter um milhão de rótulos. Writing Studio ares de desconfiança. Sempre tive um senso de humor bastante ácido para poder me livrar dessas coisas”.

Carreira

“Fui desacreditada por muita gente, inclusive por diretores de cinema e novela. Teve um cara que disse que eu nunca seria atriz. Ele falou: ‘Pode ir para casa que você não serve para ser atriz’. Mas, muitos anos depois, eu encontrei esse sujeito. Ele olhou para mim, pediu desculpas e saiu de fininho. Imagina se eu acredito nesse povo? Nunca teria saído do lugar”.

Rótulos

“Já estou acostumada a lidar com os rótulos. Devo ter um milhão de rótulos… Meu fã-clube me chama de diva, deusa, ícone… Mas são títulos bem-vindos, não me incomodam. É algo que não tira o meu sono”.

Beleza

“Sempre me perguntam sobre o segredo da beleza? Tomo alguns cuidados, como qualquer mulher (nas redes sociais, Vera costuma fazer vídeos falando sobre o uso de vários cosméticos). Mas tem alguns cuidados que gosto de manter com a pele. Nunca durmo de maquiagem. Posso estar super cansada, mas tiro a maquiagem. Porque maltrata a pele e envelhece”.

Cinema nacional

O governo está com ódio de artistas. Como se a gente fosse uma coisa do demônio, como se nós fôssemos os vilões. O artista é perigoso porque pensa. E eles não querem. Acho que no fundo é isso. Eu não sei como, mas a gente vai ter de conseguir sair desse perrengue todo”.

Filmes

“Pretendo voltar a fazer filmes, mas estão querendo que a gente ande com o pires na mão, pedindo dinheiro para produzir. Mesmo assim, não vão tirar a nossa dignidade, como artistas”.

Tribuna Online