Blog do Adilson Ribeiro

Domingo 22:03 – Veja o que os pesquisadores informam sobre a Pandemia do CORONAVÍRUS no Estado do Rio de Janeiro. Veja abaixo:

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informaram esta semana, através de nota técnica, que  o número de infectados no Estado do Rio poderá chegar a 71 mil no pico da pandemia, que poderá ocorrer a partir do final da primeira quinzena de junho (12 a 17 de junho). O modelo foi configurado levando em conta que cada pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras 2,02 pessoas, em média.

Coordenado pelos professores da UFRJ, membros do Grupo de Trabalho Multidisciplinar sobre a Coronavirus Disease 19 (COVID-19) Guilherme H Writing Studio amento no confinamento, observado nas ruas, foi constatado pelo acompanhamento do deslocamento de aparelhos de telefone celular (sem identificação do proprietário), e como resultado o modelo mostra maior número de contágio no período de 16 a 19 dias após o aumento de circulação da população. De acordo com o indicador de mobilidade, o nível de isolamento social que se manteve em média acima de 50% no período de 14/03 a 02/05, começou a decrescer e chegou a 46,4% na semana de 17 a 23/05. Com base neste indicador de mobilidade, os pesquisadores acreditam que o nível de isolamento esteja abaixo de 50%, com oaumento de movimentação nas ruas, a partir de 17/05.

O professor Roberto Medronho, que lidera o Grupo de Trabalho Interdisciplinar para enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, explica que as medidas de isolamento social adotadas têm contribuído para reduzir o número de casos, mas que não são suficientes para eliminar a necessidade do Estado do Rio precisar contar com milhares de leitos e inúmeros respiradores.

“A adoção do lockdown é necessária, tendo em vista o comportamento da população até o momento, e a insuficiência de infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro. É a forma mais eficaz de frear a contaminação de pessoas. Os países que adotaram essa medida, como a França, já estão retornando suas atividades. O mesmo já poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro, caso isso fosse feito”, lamenta Medronho, acrescentando que caso a vacina não chegue a tempo, enfrentaremos uma segunda onda de epidemia, cujo período ainda não é possível estimar.

Os resultados do modelo têm como base os dados epidemiológicos acumulados dos casos notificados de 20/02 a 16/05. A partir desse período, os pesquisadores calcularam a evolução da pandemia pela linha do tempo, e fizeram simulações utilizando as ocorrências da semana a partir de 17/05.

Modelo calcula com rapidez a evolução da pandemia

Guilherme Travassos explica que o grande diferencial deste modelo está na realimentação rápida, na evolução temporal e na visualização de forma clara do estado da pandemia. Para isso, criaram um indicador inspirado em um velocímetro, batizado de “covidímetro”, que sinaliza o grau de risco de colapso no sistema de saúde. Em breve, o indicador e as previsões de novas infecções estarão disponíveis ao público no site de acompanhamento Coronavírus (dadoscovid-19), no ar desde o início de abril, mostrando todos os casos notificados.

“Desenvolvemos um modelo estruturado para recalcular automaticamente e com confiabilidade o cenário futuro. Ele possibilita visualizar as consequências das atitudes tomadas há 15 dias da data de análise, o que o torna uma ferramenta importante para os gestores governamentais. Também conta com um “velocímetro” para que a população possa ver a evolução dos casos e das previsões, todos os dias, pela Internet. Mas é necessário registrar que o modelo é alimentado por dados organizados e fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio, que podem sofrer variações por problemas de notificação, entre outras ocorrências que influenciam os resultados”, afirma Guilherme Travassos, professor do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe.

Fonte: Folha de Italva

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