Blog do Adilson Ribeiro

Terça Feira – 21:55 – Estudantes da UFRJ denunciam higiene precária em restaurante universitário. Clique na foto abaixo e veja mais

Fotos e vídeos mostram bichos transitando sobre recipientes e alimentos

Depois de levantar cedo e enfrentar o transporte público para estudar ou trabalhar, talvez a melhor hora do dia seja a do almoço. Não para os estudantes da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, na Zona Norte da cidade. Desde o fim de semana, os alunos têm denunciado, nas redes sociais, as precárias condições sanitárias do restaurante universitário. Fotos e vídeos mostram bichos transitando sobre recipientes e alimentos. A reitoria disse que o contrato com a empresa que administra o local pode ser cancelado.

    • EU não como mais, em hipótese alguma, no bandejão. A situação vem se deteriorando desde o início do ano. Mas, nesse semestre, piorou. Na semana passada, amigos meus viram baratas, e eu já vi larvas na bandeja e na salada — relatou uma estudante, que não quis ter o nome divulgado, de 26 anos que compartilhou um vídeo em um grupo da faculdade no Facebook.

 

Macarrão parafuso ao alho e óleo; almôndegas ao molho de tomate; acelga e cenoura em cubos; maçã; e suco de goiaba. Esse era o cardápio desta segunda-feira. Tudo servido a R$ 2 para estudantes e a R$ 7,25 para servidores. Preço convidativo. Mas, para a caloura Ana Clara, de 18 anos, o barato já saiu caro.

— Quando eu comi aqui, duas semanas atrás, eu percebi que meu prato estava sujo. Não sei se tem a ver, mas, logo quando terminei de comer, eu comecei a vomitar e a sentir azia. Fiquei me sentindo mal por uns três dias — contou ela, enquanto aguardava na fila do mesmo restaurante.

Por falta de alternativa, alguns continuam se arriscando e contando com a sorte nessa empreitada que é conviver com a falta de higiene. Os que podem, no entanto, têm optado por uma opção caseira: a marmita, que pode ser aquecida em um refeitório situado ao lado do bandejão. Segundo a universitária Lorrayne Almeida, de 21 anos, a fila do micro-ondas que fica no local só tem aumentado.

— Se não fosse por esses problemas eu continuaria comendo lá. Por conta dos relatos, eu já estava começando a evitar. Cheguei a pensar que era um período de adaptação da nova empresa, mas, quando comecei a ver foto, parei de vez. Tem gente que continua, porque precisa e mora longe. Mas a sala com micro-ondas pra esquentar marmita agora está mais disputada. Antes só se ficavam umas cinco pessoas, no máximo. Agora, você vê até vinte — afirmou.

Depois de conversar com Lorrayne Almeida, a reportagem do GLOBO esteve presente no refeitório e viu 23 estudantes no local, ocupando quase todo o espaço. A  estudante Thaís Trindade, de 25 anos, é uma das que desconsideraram o restaurante universitário.

— Eu vi o vídeo no sábado. Mas eu já tinha parado de comer no bandejão há cerca de um mês, porque eu tinha visto uma larva na alface que estava no meu prato.  Agora, eu só trago marmita. E, com certeza, eu não estou sozinha. O fluxo daqui aumentou e o do bandejão diminuiu — disse ela.

Nos grupos da instituição nas redes sociais, os estudantes protestam e clamam por uma resolução da situação.

“É humilhante ficar até mais de 50 minutos na fila esperando por um alimento; é hu Writing Studio nciado, nas redes sociais, as precárias condições sanitárias do restaurante universitário. Fotos e vídeos mostram bichos transitando sobre recipientes e alimentos. A reitoria disse que o contrato com a empresa que administra o local pode ser cancelado.

    • EU não como mais, em hipótese alguma, no bandejão. A situação vem se deteriorando desde o início do ano. Mas, nesse semestre, piorou. Na semana passada, amigos meus viram baratas, e eu já vi larvas na bandeja e na salada — relatou uma estudante, que não quis ter o nome divulgado, de 26 anos que compartilhou um vídeo em um grupo da faculdade no Facebook.

 

Macarrão parafuso ao alho e óleo; almôndegas ao molho de tomate; acelga e cenoura em cubos; maçã; e suco de goiaba. Esse era o cardápio desta segunda-feira. Tudo servido a R$ 2 para estudantes e a R$ 7,25 para servidores. Preço convidativo. Mas, para a caloura Ana Clara, de 18 anos, o barato já saiu caro.

— Quando eu comi aqui, duas semanas atrás, eu percebi que meu prato estava sujo. Não sei se tem a ver, mas, logo quando terminei de comer, eu comecei a vomitar e a sentir azia. Fiquei me sentindo mal por uns três dias — contou ela, enquanto aguardava na fila do mesmo restaurante.

Por falta de alternativa, alguns continuam se arriscando e contando com a sorte nessa empreitada que é conviver com a falta de higiene. Os que podem, no entanto, têm optado por uma opção caseira: a marmita, que pode ser aquecida em um refeitório situado ao lado do bandejão. Segundo a universitária Lorrayne Almeida, de 21 anos, a fila do micro-ondas que fica no local só tem aumentado.

— Se não fosse por esses problemas eu continuaria comendo lá. Por conta dos relatos, eu já estava começando a evitar. Cheguei a pensar que era um período de adaptação da nova empresa, mas, quando comecei a ver foto, parei de vez. Tem gente que continua, porque precisa e mora longe. Mas a sala com micro-ondas pra esquentar marmita agora está mais disputada. Antes só se ficavam umas cinco pessoas, no máximo. Agora, você vê até vinte — afirmou.

Depois de conversar com Lorrayne Almeida, a reportagem do GLOBO esteve presente no refeitório e viu 23 estudantes no local, ocupando quase todo o espaço. A  estudante Thaís Trindade, de 25 anos, é uma das que desconsideraram o restaurante universitário.

— Eu vi o vídeo no sábado. Mas eu já tinha parado de comer no bandejão há cerca de um mês, porque eu tinha visto uma larva na alface que estava no meu prato.  Agora, eu só trago marmita. E, com certeza, eu não estou sozinha. O fluxo daqui aumentou e o do bandejão diminuiu — disse ela.

Nos grupos da instituição nas redes sociais, os estudantes protestam e clamam por uma resolução da situação.

“É humilhante ficar até mais de 50 minutos na fila esperando por um alimento; é humilhante, muitas vezes, beber suco (quase água) sem açúcar, comer salada sem sal e sem azeite e, finalmente comer num prato sujo, mal lavado… comida estragada. E pensar que tudo isso já caiu numa espantosa “naturalidade”. É COISA MUITO SÉRIA e devemos lutar por nossos direitos. Todos juntos: quem usa e quem não usa os péssimos serviços do bandejão, afirmou uma internauta, no Facebook.

Fonte: O Globo Writing Studio

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *