Clique na imagem acima e inscreva-se no Vestibular da UNIG
RIO — Um vídeo feito por um policial militar na Vila Vintém, comunidade na Zona Oeste do Rio, roda as redes sociais. Na gravação, o PM, não identificado, se aproxima de dois homens numa moto. Um deles, na garupa, leva um pedestal: à distância, ele acredita que o objeto poderia ser confundido com uma arma. Antes de abordá-los, o oficial comenta:
“Nego diz que morre à toa. Olha só o que parece que ele tá na mão. Na Vila Vintém, saindo da favela. Olha o que parece. O que parece que ele tá na mão?”, disse. Em seguida, ele liga a sirene e manda a dupla encostar
“O que tá na mão aí, cara? Olha o que ele tá na mão, saindo da favela. Depois ele morre e a culpa é da polícia”, diz. O homem, que carrega o artefato, responde: “É um pedestal de microfone”, e pede desculpa aos agentes.
“Eu te abordei, quase tu ia tomar-lhe (sic) um… vocês dois, você ainda ia também”, alertou, referindo-se por último ao condutor da moto.
Procurada, a Polícia Militar não se manifestou sobre as imagens, e não há informação sobre quando o vídeo foi gravado.
Para especialista, vídeo é sintomático: ‘Vivemos um momento muito delicado’
Ao analisar as imagens feitas pelo próprio policial, José Ricardo Bandeira, especialista em segurança pública, considera a iniciativa como um grito de socorro inconsciente do militar, e atribui este tipo de situação às diretrizes impostas pelo atual governo.
— Nós vivemos um momento muito delicado na segurança pública do Rio. Principalmente diante do novo parâmetro imposto pelo governador, que é o de abater criminosos portando f Writing Studio baixo salário. A sociedade deve analisar este vídeo com carinho. Não puramente a questão técnica, se é fácil ou não confundir o tripé com um fuzil. É preciso analisar o motivo deste policial ter gravado este vídeo e qual apoio a PM precisa hoje para poder trabalhar — concluiu.
-Fonte: Extra.