Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 13:34 – Campos define futuro do município nas urnas. Veja Abaixo:

Finalmente chegou! Em um ano marcado pela maior pandemia do planeta em um século, com mais de 164 mil vidas perdidas apenas no Brasil, as eleições municipais também foram afetadas. Além dos cuidados redobrados de higiene e distanciamento, o primeiro turno foi adiado de outubro e acontece neste domingo (15). Quatro anos depois, os campistas voltam às urnas para decidir o futuro do maior município do interior fluminense em meio a um cenário de crise econômica, com a queda de arrecadação dos royalties do petróleo. O pleito de 2020 também inaugura as novas regras que passam a proibir as coligações na corrida à Câmara de Vereadores e aumenta ainda mais a imprevisibilidade. Dentro deste cenário, 11 candidatos – um recorde na história de Campos – disputam o direito de se sentar na cadeira de prefeito a partir de 1º de janeiro de 2021. E, como se tornou comum nos últimos anos, a campanha foi repleta de polêmicas judiciais, desta vez envolvendo cinco candidaturas: Caio Vianna (PDT), Dr. Bruno Calil (SD), Jonathan Paes (PMB), Wladimir Garotinho (PSD) e Beethoven (PSDB), que renunciou para lançar a candidatura de Dra. Carla Waleska (PSDB)
O grande assunto dos últimos dias, desde as conversas de botequim até o meio jurídico, é sobre a situação da candidatura de Wladimir Garotinho, após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que indeferiu a candidatura do seu vice, Frederico Paes (MDB). Como o prazo para substituição se encerrou, o entendimento do TRE é de que tanto Wladimir quanto Frederico teriam os respectivos registros indeferidos pelo princípio da unicidade da chapa.

No entanto, nesse sábado (14), o juiz Glicério de Angiolis, da 76ª Zona Eleitoral de Campos, atendeu pedido da defesa e mudou o status da candidatura de Wladimir de “indeferido com recurso” para “deferido”. A questão de Frederico ainda será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até lá, a condição dos votos dados a chapa se mantém: eles serão contabilizados e divulgados, mas esperarão a decisão da instância máxima da Justiça Eleitoral para sua validação. No aplicativo do TSE, os votos de Wladimir serão divulgados com o condicionante “Anulado Sub Judice”.
O TRE indeferiu a candidatura de Frederico com base no pedido de impugnação da coligação de Dr. Bruno Calil. A alegação é de que o emedebista teria deixado a direção do Hospital Plantadores de Cana (HPC) fora do prazo que a lei exige para agentes públicos. A unidade é de natureza particular, mas os desembargadores consideraram que, por ser mantido com 98% de recursos públicos, a regra deveria valer também para Frederico. A defesa dos candidatos aposta que o TSE possa definir a questão antes de 20 de novembro, quando recomeça a propaganda eleitoral do segundo turno, com pleito no dia 2 Writing Studio ntam — afirmou Frederico.
Citado por Frederico, a coligação de Dr. Bruno Calil foi autora do pedido de impugnação do vice de Wladimir, mas também esteve em notícias relacionadas a apreensão de dinheiro e processo do Ministério Público (MP). Na última sexta-feira, a Promotoria entrou com uma ação pedindo a inelegibilidade do candidato do SD. O MP entende que o ex-comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), tenente-coronel Fabiano Santos, estaria utilizando seu cargo público para promover a campanha eleitoral de Calil. Em nota, Fabiano ressaltou que não utilizou a instituição para pedir votos. “Em momento algum usei a instituição ou sequer meios oficiais para externar minha opinião pessoal. Usei apenas as minhas redes pessoais e fui como cidadão aos eventos políticos”.
Além disso, na última quarta-feira, a equipe de fiscalização da Justiça Eleitoral apreendeu quase R$ 40 mil em espécie na casa de Leandro Soares, um cabo eleitoral em Morro do Coco, nomeado no gabinete do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD). A ação de busca e apreensão foi motivada por três denúncias de compra de votos. O cabo eleitoral é ligado aos candidatos a vereador Marquinho Bacellar (SD) e a prefeito Bruno Calil (SD).
Bruno Calil disse que vai aguardar mais esclarecimentos sobre o fato e não vê ilicitude em possuir dinheiro em casa, uma vez comprovada a sua origem. Marquinho diz estar tranquilo e que seguirá com a campanha. Leandro, que foi à Polícia Federal, disse aos ficais que o dinheiro é dele, fruto de economias pessoais, e nega qualquer ilicitude.
Polêmicas marcaram a campanha
A corrida eleitoral na planície goitacá também foi marcada por outras polêmicas envolvendo os candidatos a vice. Após um acordo com o PSL e a retirada de Fabiano Santos, a dentista do Corpo de Bombeiros Gilmara Gomes (PSL) foi escolhida para compor a chapa de Caio Vianna. Em um primeiro momento, a militar teve o pedido para afastamento de suas funções negado pela corporação. Uma ação de impugnação chegou a ser protocolada contra Gilmara, mas o próprio Corpo de Bombeiros reviu a decisão interna e a liberou para a disputa.
Quem enfrenta um problema parecido com o de Wladimir Garotinho é Jonathan Paes. Em análise de primeira instância, a Justiça Eleitoral entendeu que o vice na chapa, o médico Constantino Ferreira, não apresentou documentação de descompatibilização do cargo público dentro do prazo legal. Assim como Wladimir, o status é de “indeferido com recurso”.
Durante a campanha, o petroleiro Beethoven também teve o registro indeferido por não apresentar documentação em tempo. Para evitar novas disputas judiciais, a vice Dra. Carla Waleska assumiu a cabeça da chapa tucana.
Para além das disputas nos tribunais, está nas mão dos eleitores campistas escolher entre Caio Vianna, Cláudio Rangel da Boa Viagem (PMN), Dr. Bruno Calil, Dra. Carla Waleska, Jonathan Paes, Odisseia (PT), Professora Natália (Psol), Rafael Diniz (Cidadania) – candidato à reeleição –, Roberto Henriques (PCdoB), Tadeu Tô Contigo (Republicanos) ou Wladimir Garotinho qual será o próximo prefeito de Campos.
Fonte: Folha1

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