A porta-voz da Polícia Militar, Tenente-Coronel Gabryela Dantas, foi exonerada após um vídeo em que ela ataca e chama de “mentirosas” as reportagens do jornalista Rafael Soares, dos jornais Extra e O Globo.
O vídeo foi publicado no Twitter da Secretaria de Polícia Militar. A exoneração aconteceu a pedido do governador em exercício, Cláudio Castro.
“Com liberdade de imprensa não se brinca”, afirmou o governador em exercício.
Em publicação no Twitter, Castro afirmou que confia no trabalho dos policiais que têm a missão, segundo ele, de “servir e proteger”.
“Todos os dias somos questionados e muitas vezes vítimas de acusações. Ainda assim, defendo o diálogo com a imprensa. O debate de ideias é importante, mas é preciso preservar e respeitar ambos os lados”, escreveu.
Mesmo com a exoneração e o afastamento do cargo de porta-voz, a Tenente-Coronel Gabryela Dantas segue como oficial da Polícia Militar e passa a comandar o 23º BPM (Leblon).
Já o major Ivan Souza Blaz Júnior Writing Studio center;”>A publicação com o vídeo, que também pedia compartilhamentos, foi retirado do ar na tarde desta quarta-feira (9).
Na manhã de terça-feira (8), os jornais Extra e O Globo publicaram a reportagem: “Consumo de munição explodiu no batalhão de PMs investigados pelo homicídio de meninas em Duque de Caxias”.
Em resposta, a Porta-Voz da Secretaria de Polícia Militar, Tenente-Coronel Gabryela Dantas, afirmou que a corporação foi surpreendida “com uma matéria mentirosa”, que, “de forma maldosa, dá a entender que houve aumento de consumo de munição por um batalhão da PM”, que estaria envolvido na morte das primas Rebeca, de 7 anos, e Emily, de 5 anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última sexta-feira (4).
A oficial ainda argumentou que o consumo de munição da unidade não sofreu alterações significativas e representa menos de 10% do consumo publicado pelo jornalista que assina a reportagem.
No vídeo, a ela ainda diz que o jornalista escreveu a matéria “se aproveitando de uma comoção nacional para colocar a população contra a Polícia Militar”.
Entidades de classe, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e os jornais O Globo e Extra repudiaram os ataques ao jornalista.
A Polícia Militar divulgou nota em que “esclarece que, ao personalizar esse descontentamento em um repórter, ultrapassou [porta-voz] um limite que feriu o equilíbrio de sua atuação. Reconhecemos o valor da liberdade de imprensa,”
Método da reportagem:
Em nota, a editora Globo, responsável pelos jornais Extra e O Globo, afirmou:
“Faz parte da prática jornalística diária lidar com críticas, contestações e pedidos de reparação de alguma informação. No entanto, a Editora Globo repudia os ataques feitos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, que, por meio de um vídeo oficial, classificou o repórter como inimigo da corporação e incentivou a população a divulgar vídeo. Não é papel de uma instituição de Estado atacar pessoalmente um profissional nem incitar a população contra ele”.
“Os números exibidos na reportagem constam de documento produzido pelo batalhão da Policia Militar de Duque de Caxias, chamado de Mapa de Munição. Esse registro é produzido quinzenalmente por todos os quartéis da PM. A reportagem, amparada em tais documentos, obtidos pelo jornalista, ouviu e registrou a versão da Polícia Militar sobre os dados”.
Segundo a reportagem, a quantidade de munição utilizada em novembro, quando comparada à registrada nas duas quinzenas de julho, é três vezes maior. E, quando comparada à registrada em setembro, é 75% maior.
Fonte: G1 RJ
Deixa eu ver se entendi: O jornalista mente sobre um assunto e não pode ser desmascarado? Onde está a liberdade nisso? Só o jornalista tem liberdade pra falar o que quiser? Eu quero uma “liberdade” assim pra mim também.
A impressa ataca e sempre procura por a população contra a polícia q já executa um serviço difícil q é servir e proteger, qd a polícia se coloca Cintra as afirmações ela é punida com exoneração?
Absurdo, mas retrato de uma política covarde que sempre se esquivou de defender a própria polícia.
Duvido nada ter dedo da globo na exoneração.
KKKKKKKKKKKKK O JORNALISTA SÓ QUER CRITICAR, MAS NÃO ACEITA CRÍTICA. SÓ PODIA SER DO GRUPO GLOBO. É POR ISSO QUE A ANOS ESSE LIXO NÃO ENTRA NA MINHA CASA.
Quem critica não é intocável e deveria aceitar crítica também. A Globolixo sempre se colocou acima do bem e do mal. Quando ouve umas verdades, distorce a história e omite informações relevantes, desinformando a população. Porquê eles não falam do assédio do humorista Marcus Melhem contra a Dani Calabresa? Não cortam na própria carne e só falam o que lhes interessa.
Parabéns a policial pela coragem e postura. Nesse País não pode se defender e nem contestar as mentiras.