Considerado um dos 3 melhores do mundo, Assombroso, ( codinome famoso) ficou conhecido no mundo inteiro por ter sido decisivo no resgate da enfermeira Jean Batiste Mimose, em Porto Príncipe, no Haiti, no terremoto de 2010, mas já era uma lenda nas Forças Armadas. Esta semana, sobreviveu a um terremoto interno porque soube interpretar os sinais na hora precisa. O relato, inédito e exclusivo para o Blog, certamente vai estar no livro que ele está escrevendo. Emocionante, tenso, mas mesmo assim bem-humorado e cheio de espiritualidade.
Não há coincidências quando se tem fé.
Durante uma das milhares de operações de Comandos
MARCO SOUZA
Comandos/Operador de Forças Especiais- Exército Brasileiro
Eu passei uma vida inteira fazendo atividades físicas regularmente, melhor, religiosamente, então sempre tive o entendimento de que seria a ultima pessoa a desenvolver um problema crônico no coração, certo? Ledo engano meu.
Dia 25 de setembro de 2020 ficará na minha memória (e no aplicativo de corrida do meu celular) como o dia em que interrompi uma corrida por dor no peito. Exato 1 km transcorrido de corrida veio uma pressão muito forte no peito, seguida de uma “queimação” no esôfago, que chegava até a garganta. ”Pronto, deu ruim”, pensei, mas também imaginei que poderia ser problema de digestão.
Desacelerei e comecei a trotar leve; a dor foi diminuindo, e então fui retomando gradativamente minha corrida, concluindo os 9 km que restavam, porem em um ritmo bem aquém do que estava acostumado fazer. Imaginei que fora por conta dos 19 dias de inatividade por conta de uma viagem que fiz ao Rio Grande do Sul.
Decidi então fazer um intervalo de 72 horas e, no dia 28, lá estava eu novamente na pista.
Estava… Exatamente no mesmo 1º quilometro, lá veio aquelas sensações de saco de cimento sobre o peito e espinha de peixe no esôfago. “É, deu ruim mesmo”, pensei novamente.
Sempre que comento com as pessoas sobre questões de segurança, alerto-as de que o que mais mata pessoas é um troço chamado negação, ou seja, é negando a possibilidade de que algo de ruim possa acontecer conosco, que eventos críticos nos surpreendem. Casa de ferreiro, espeto de pau…
Pela segunda vez em 72 horas era EU a negar que o MEU coração estava em perigo. Mas aquela minha negação não ficaria por aí. Alem de insistir naquela corrida de 10 km, e no mesmo ritmo da primeira, voltei a correr nos dias 30/9, 2/10 e 5/10.
Nessa ultima tentativa, a negação finalmente cedeu à realidade. Pela primeira vez na minha vida não consegui completar o primeiro quilômetro de uma corrida, aliás parei assustado nos 600 metros. A dor não somente veio, como demorou a ir embora, na verdade ela se dissipou enquanto eu retornava caminhando de volta para a casa.
Estava claro que algo tinha saído do meu controle. Era a hora de correr, mas para o cardiologista, aliás, passara da hora.
Em 21 de setembro de 2020, aquela minha constatação se materializou nas palavras do meu cardiologista. Depois de relatar tudo o que havia ocorrido, recebi o alerta dele de que todo aquele desconforto no peito vinham mesmo do coração. Recebi também dele a receita de cinco remédios e um pedido de um exame chamado cintilografia miocárdica.
Hora de procurar o setor de Medicina Nuclear do Hospital Central do Exército (HCE). Mais uma vez a família militar do jaleco branco não me desamparou. Consegui marcar os exames com brevidade. Tudo estava transcorrendo bem…estava.
A nove dias da data marcada contrai o COVID-19. Hora de tratar da peste chinesa e remarcar os exames para alem dos 14 dias de quarentena. Graças à Deus e ao protocolo acertado da equipe de COVID do HCE, atravessei a viremia com êxito total.
Exames remarcado e realizados com sucesso, era a hora de pegar o resultado… Bingo! A realidade se apresentou mais uma vez, agora como isquemia miocárdica – nome esquisito para dizer que não chegava oxigênio suficiente em boa parte do meu coração, restava saber onde estava a obstrução (ou as obstruções) do fluxo sanguíneo no meu coração.
Mesmo sem saber exatamente o que era, confesso que cateterismo sempre fora para mim uma palavra assombrosa (perdão pelo trocadilho), e foi com essa palavra no pedido de exame que eu deixei o consultório do Dr Bruno na ultima segunda-feira (7/12). “Amanha mesmo vou ao HCE”, prometi ao cardiologista também torcedor do Mengão do meu coração.
Não acordei bem na manha de 8/12. Dormira até bem, mas ao por os pés fora da cama a dor retornou, em menor intensidade, mas ali estava ela novamente. Engoli um pedaço de bolo, uma caneca de leite e os cinco comprimidos do Dr Bruno. “Bora comigo?”, falei com o meu irmão Julio Souza, que ora passa uns dias na minha casa. Despedi-me da minha esposa com um “até daqui a pouco”, peguei o celular, a chave do carro e partimos para o HCE.
Padre Alex Nogueira, tem um programa chamado “Manhã de Luz”. Desde que o COVID-19 me pegou, venho escutando frequentemente seu programa matinal, que me é disponibilizado por um grupo de whatzap da paróquia a qual frequento, a de Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, RJ.
Estávamos a cerca de 15 minutos do HCE quando lembrei-me de escutar o episódio daquele dia (8/12). Antes de abrir o sermão, Pe Alex, costuma lembrar o (a) santo (a) do dia. Naquela terça feira, lembrou ele, comemorava-se o dia de Nossa Senhora da Conceição (guarde esse nome). Ele discorreu sobre a história da Imaculada, inclusive falando daquela que fora a sua mãe, Santa Ana, ou Sant’Ana (guarde esse também).
Por uma questão de segurança, não costumo meditar dentro do carro quando atravesso áreas de risco, mas naquele momento decidi abrir uma exceção, e concentrei-me em oração pedindo a Nsa Senhora da Conceição que não me deixasse partir naquele dia, sem poder ver novamente minhas filhas e meus pais, que ora moram em Portugal, e não os vejo há mais de um ano. Benzi-me com o sinal da cruz antes de chegar à portaria do HCE.
O setor de hemodinâmica fica próximo ao local onde dias atrás eu realizara os outros exames. Entrei, sentei-me e aguardei ser atendido, o que notei demoraria, pois haviam me avisado que a médica que fazia as marcações era a mesma que estava em um “procedimento”. A despeito de o local ser bem arejado e fresco senti suor no meu rosto. Cerca de 20 minutos a médica saiu por uma porta, passou por mim, cumprimentou-me e foi falar com um senhor.
Pela conversa entendi que era a esposa daquele homem que estava sob “procedimento”, e que aquela era a médica que iria marcar a minha consulta. Ela retornou pela mesma porta que havia saído.
Minutos depois entrou um casal de idosos na mesma sala onde eu aguardava. Na verdade eles estavam na minha frente na fila de espera, e eu não percebera, pois eles aguardavam do lado de fora. Ou seja, eu teria que espear ainda mais.
A dor persistia e a sudorese tambem. Pouco depois lá veio a médica novamente; passou por mim e sentou-se ao lado do casal iniciando uma conversa. Entendi que o senhor seria o próximo a fazer o “procedimento”, então pensei, “isso vai demorar”.
Do nada a médica voltou-se para mim e perguntou, “e o senhor?”; eu respondi, “eu vim marcar o cateterismo”; ela, “ok, o senhor aguarda eu atende-lo, pois ele está na sua frente. Em seguida atendo o senhor, ok?”; eu “ok, doutora, obrigado”; ela “o senhor está bem?”; eu, “sim, só com um pouco de dor no peito”.
Foi nesse momento que tudo mudou. Ela levantou-se rapidamente, pediu licença ao casal e veio rápido na minha direção, “o que o senhor está sentindo, exatamente?”; eu, “um incomodo nessa região (pus a mão no peito)”; ela, “posso ver o pedido do senhor?”; eu, “está aqui, doutora”; ela (perplexa), “seu Marco por que o senhor não foi para a emergência?”; eu (confuso), “eu vim com recomendação do meu cardiologista para marcar o cateterismo, ele não me mandou procurar a emergência”; ela, “seu Marco, eu estou vendo aqui que o caso do senhor é grave. O senhor está com varias regiões do coração comprometidas.
O senhor deveria ter ido direto para a emergência”. Pensei, “agora ferrou de vez: essa mulher vai querer que eu saia daqui e procure a emergência?”. Meu pensamento foi interrompido com ela dizendo, “seu Marco, eu vou fazer o seguinte…”, fez uma pausa, olhou para o casal de idosos e disse, “desculpa, mas o caso dele é grave, e terei que agir”. Eu pensei, “minha mãezinha, me ajuda”.
O casal prontamente entendeu aquela situação. A Dra. voltou-se então para mim e disse, “seu Marco, eu vou leva-lo para a emergência agora, porque é preciso seguir o protocolo do HCE, que nem sabe que o senhor está aqui.”, “o senhor dará entrada na emergência para ser incluído no sistema e já iniciar o protocolo clínico para a internação”; eu, “eu vou ser internado, doutora?”; ela, “sim, seu Marco, seu caso é grave e precisamos correr”, “a ideia é abrir um leito para o senhor na coronária para recebe-lo assim que concluirmos tudo aqui na hemodinâmica – a ideia é fazer seu cateterismo hoje”. Gelei…”como assim, eu venho para marcar um exame e me internam?”, pensei.
Quando eu percebi já estava em cima de uma maca a caminho da emergência, com a Dra ajudando a empurrar. Nesse momento tentei ligar para a minha esposa, mas não consegui, então liguei com sucesso para o meu filho e expliquei o que estava acontecendo, pedindo para ele avisar a mãe. Rapidamente estava na cama do Box 4 da emergência do HCE, já com uma enfermeira furando meu braço direito enquanto outra aplicava vários eletrodos no meu peito. Tudo muito rápido.
Pensei, “agora preciso falar com as minhas filhas”. O barulho da maquina do eletrocardiograma interrompeu meu pensamento, era preciso ficar calmo para não atrapalhar o procedimento. Em seguida a Dra chegou e com ela a minha esposa, que acabara de chegar ao hospital.
Nesse momento nos foi explicado que eu faria o cateterismo naquele dia, e, caso tivesse algum problema no meu coração, seria feito o procedimento em seguida. Eu deveria ficar mais algumas horas na emergência aguardando o resultado da chamada “curva” (procedimento laboratorial que detecta oscilação de enzimas liberadas antes e durante o infarto do miocárdio).
A médica pediu para que minha esposa aguardasse do lado de fora da emergência e voltou para cuidar da minha internação, não sem antes me dizer que em breve estaria de volta para saber da minha situação. Consegui ligar para minhas filhas, e aquilo me trouxe mais tranquilidade.
Pouco tempo depois a médica retornou dizendo que não esperaria mais a conclusão do exame de sangue, que seguiríamos direto para a hemodinâmica para dar inicio imediatamente ao exame de cateterismo. Uma maca chegou e em pouco tempo estava eu entrando na sala mais gelada que eu já tinha entrado.
Equipe a postos, tudo é explicado ao paciente: como é feito o exame; por onde o cateter vai ser introduzido; o que será feito dentro do coração; anestesia, etc., etc., etc… O cateter pode ser introduzido por dois locais: coxa ou pulso. No meu caso foi pelo pulso.
Não é um exame em que o paciente fica sedado, alias, é preciso que ele fique bem atento para colaborar com a médica intervencionista – sim, é essa a especialidade da doutora.
Não demorou muito para a médica concluir o exame e me dar uma má e uma boa noticia ao mesmo tempo: “seu Marco, o senhor tem a artéria coronária esquerda 99% obstruída, mas eu vou desobstruí-la”.
A analogia que eu encontro nesse momento para caracterizar a mudança de comportamento da equipe entre aquele procedimento e o seguinte (colocação do stent na lesão), é a de uma equipe de futebol que saísse do treino direto para uma final de campeonato.
Mudou tudo naquela sala gelada. Dava para perceber o nível de concentração aumentado, sobretudo da médica intervencionista. Ela começou interagir com todos de uma forma muito segura, firme, porem incrivelmente elegante.
Parecia que nada passaria despercebido por ela. Por um instante aquela jovem médica me fez lembrar dos chefes de equipe do DOPAZ, quando à minutos de desembarcarmos sob fogo das gangs, no Haiti, em 2006/7, repassavam todos os procedimento que iríamos adotar naquela ação.
Nada poderia falhar, ou então alguém voltaria em um saco preto. Ali naquela sala a missão era transpassar uma placa de gordura que obstruía 99% da chamada “artéria da viúva” (alguém arriscaria dizer o porquê desse nome!?) e a comandante daquela missão estava ali fazendo o seu melhor.
Que médica extraordinária!
O anestesista, já fazia seu trabalho, e conversava comigo, quando fomos interrompidos por ela, “a partir de agora, cada um no seu quadrado: seu Marco, no seu quadrado, eu no meu quadrado, todos em seus quadrados.
Vamos começar!”. Não tenho como narrar toda a conversa a partir daquele momento, só me recordo dela falando coisas como “seu Marco, respire fundo!”, “seu Marco, agora respire bem devagar, bem devagar mesmo seu Marco!”, “seu Marco, sente alguma coisa?”; eu, “sim, doutora, está doendo um pouco”, “normal, seu Marco, estou inflando o balão”… Passou um minuto, “seu Marco, ainda sente?”; eu, “nada doutora, nada mesmo”; ela, “já inflei, o stent foi colocado com sucesso. Conseguimos, seu Marco, conseguimos!”.
Novamente me fez lembrar do Haiti, quando conquistávamos os pontos de domínio dos criminosos. Aquela equipe tinha cumprido sua missão, tinha conquistado o campeonato, o campeonato daquele dia. Sai daquela sala sob um surpreendente brado da doutora, “faca na caveira”, no que eu respondi com extrema felicidade, “…e molinha na artéria!”. Todos riram. Pode parecer meio piegas, mas foi o dia mais feliz do meu coração.
Nesse momento nos foi explicado que eu faria o cateterismo naquele dia, e, caso tivesse algum problema no meu coração, seria feito o procedimento em seguida. Eu deveria ficar mais algumas horas na emergência aguardando o resultado da chamada “curva” (procedimento laboratorial que detecta oscilação de enzimas liberadas antes e durante o infarto do miocárdio).
A médica pediu para que minha esposa aguardasse do lado de fora da emergência e voltou para cuidar da minha internação, não sem antes me dizer que em breve estaria de volta para saber da minha situação. Consegui ligar para minhas filhas, e aquilo me trouxe mais tranquilidade.
Pouco tempo depois a médica retornou dizendo que não esperaria mais a conclusão do exame de sangue, que seguiríamos direto para a hemodinâmica para dar inicio imediatamente ao exame de cateterismo. Uma maca chegou e em pouco tempo estava eu entrando na sala mais gelada que eu já tinha entrado.
Equipe a postos, tudo é explicado ao paciente: como é feito o exame; por onde o cateter vai ser introduzido; o que será feito dentro do coração; anestesia, etc., etc., etc… O cateter pode ser introduzido por dois locais: coxa ou pulso. No meu caso foi pelo pulso.
Não é um exame em que o paciente fica sedado, alias, é preciso que ele fique bem atento para colaborar com a médica intervencionista – sim, é essa a especialidade da doutora.
Não demorou muito para a médica concluir o exame e me dar uma má e uma boa noticia ao mesmo tempo: “seu Marco, o senhor tem a artéria coronária esquerda 99% obstruída, mas eu vou desobstruí-la”.
A analogia que eu encontro nesse momento para caracterizar a mudança de comportamento da equipe entre aquele procedimento e o seguinte (colocação do stent na lesão), é a de uma equipe de futebol que saísse do treino direto para uma final de campeonato.
Mudou tudo naquela sala gelada. Dava para perceber o nível de concentração aumentado, sobretudo da médica intervencionista. Ela começou interagir com todos de uma forma muito segura, firme, porem incrivelmente elegante.
Parecia que nada passaria despercebido por ela. Por um instante aquela jovem médica me fez lembrar dos chefes de equipe do DOPAZ, quando à minutos de desembarcarmos sob fogo das gangs, no Haiti, em 2006/7, repassavam todos os procedimento que iríamos adotar naquela ação.
Nada poderia falhar, ou então alguém voltaria em um saco preto. Ali naquela sala a missão era transpassar uma placa de gordura que obstruía 99% da chamada “artéria da viúva” (alguém arriscaria dizer o porquê desse nome!?) e a comandante daquela missão estava ali fazendo o seu melhor.
Que médica extraordinária!
O anestesista, já fazia seu trabalho, e conversava comigo, quando fomos interrompidos por ela, “a partir de agora, cada um no seu quadrado: seu Marco, no seu quadrado, eu no meu quadrado, todos em seus quadrados.
Vamos começar!”. Não tenho como narrar toda a conversa a partir daquele momento, só me recordo dela falando coisas como “seu Marco, respire fundo!”, “seu Marco, agora respire bem devagar, bem devagar mesmo seu Marco!”, “seu Marco, sente alguma coisa?”; eu, “sim, doutora, está doendo um pouco”, “normal, seu Marco, estou inflando o balão”… Passou um minuto, “seu Marco, ainda sente?”; eu, “nada doutora, nada mesmo”; ela, “já inflei, o stent foi colocado com sucesso. Conseguimos, seu Marco, conseguimos!”.
Novamente me fez lembrar do Haiti, quando conquistávamos os pontos de domínio dos criminosos. Aquela equipe tinha cumprido sua missão, tinha conquistado o campeonato, o campeonato daquele dia. Sai daquela sala sob um surpreendente brado da doutora, “faca na caveira”, no que eu respondi com extrema felicidade, “…e molinha na artéria!”. Todos riram. Pode parecer meio piegas, mas foi o dia mais feliz do meu coração.
Antes da intervenção / arquivo Pessoal
sempre vivi de crenças, mas demorei saber o significado mais profundo dessa palavra. Somente a crença em algo grandioso faz você penhorar a sua vida pela terra que você nasceu, por colegas e por pessoas que você até então nunca vira na sua vida. Eu fiz isso por 30 anos nas Forças Especiais do Exército. Creio que é esse jeito de viver que não nos deixa distanciarmos do Criador.
O caminho pode ser longo, como fora o meu, mas se você vive de crenças como eu, um dia sua conversão à uma crença maior e definitiva será plena. A minha se definiu quando eu já havia saído do Exército; veio quando eu fui trabalhar em uma mineradora de carvão no sudeste da Africa, logo após ser transferido para a reserva remunerada do Exército.
É uma história que eu só revelei na íntegra ao pároco da minha paróquia, Monsenhor Jan Kaleta. Sua benção, Padre Jan! Não tenho duvidas de que veio pelas mãos da Santíssima Virgem Maria. Parece que Ela vinha sentindo a minha falta, e no ultimo dia 8 resolveu voltar para mim.
Como eu disse no inicio, não há coincidências dentro da fé – essa é a minha crença, que hoje está ainda mais sólida. Mas entendo que ninguém é obrigado a pensar e agir como eu. Sequer quero que a minha vida seja um exemplo para quem quer que seja. Se o que vai abaixo é uma coincidência para você, ok, sem problema, mas para mim tem nome: MILAGRE.
No mesmo dia em que o meu coração pedia socorro, a Igreja celebrava o dia de Nossa Senhora da Conceição, filha de Sant’Ana. E foi para a Imaculada que, em silencio, ao lado do meu irmão, pedi pela minha vida enquanto seguia para minha odisseia pessoal no HCE. Você pode até dizer que não foram as duas M Writing Studio ticos nos surpreendem. Casa de ferreiro, espeto de pau…
Pela segunda vez em 72 horas era EU a negar que o MEU coração estava em perigo. Mas aquela minha negação não ficaria por aí. Alem de insistir naquela corrida de 10 km, e no mesmo ritmo da primeira, voltei a correr nos dias 30/9, 2/10 e 5/10.
Nessa ultima tentativa, a negação finalmente cedeu à realidade. Pela primeira vez na minha vida não consegui completar o primeiro quilômetro de uma corrida, aliás parei assustado nos 600 metros. A dor não somente veio, como demorou a ir embora, na verdade ela se dissipou enquanto eu retornava caminhando de volta para a casa.
Estava claro que algo tinha saído do meu controle. Era a hora de correr, mas para o cardiologista, aliás, passara da hora.
Em 21 de setembro de 2020, aquela minha constatação se materializou nas palavras do meu cardiologista. Depois de relatar tudo o que havia ocorrido, recebi o alerta dele de que todo aquele desconforto no peito vinham mesmo do coração. Recebi também dele a receita de cinco remédios e um pedido de um exame chamado cintilografia miocárdica.
Hora de procurar o setor de Medicina Nuclear do Hospital Central do Exército (HCE). Mais uma vez a família militar do jaleco branco não me desamparou. Consegui marcar os exames com brevidade. Tudo estava transcorrendo bem…estava.
A nove dias da data marcada contrai o COVID-19. Hora de tratar da peste chinesa e remarcar os exames para alem dos 14 dias de quarentena. Graças à Deus e ao protocolo acertado da equipe de COVID do HCE, atravessei a viremia com êxito total.
Exames remarcado e realizados com sucesso, era a hora de pegar o resultado… Bingo! A realidade se apresentou mais uma vez, agora como isquemia miocárdica – nome esquisito para dizer que não chegava oxigênio suficiente em boa parte do meu coração, restava saber onde estava a obstrução (ou as obstruções) do fluxo sanguíneo no meu coração.
Mesmo sem saber exatamente o que era, confesso que cateterismo sempre fora para mim uma palavra assombrosa (perdão pelo trocadilho), e foi com essa palavra no pedido de exame que eu deixei o consultório do Dr Bruno na ultima segunda-feira (7/12). “Amanha mesmo vou ao HCE”, prometi ao cardiologista também torcedor do Mengão do meu coração.
Não acordei bem na manha de 8/12. Dormira até bem, mas ao por os pés fora da cama a dor retornou, em menor intensidade, mas ali estava ela novamente. Engoli um pedaço de bolo, uma caneca de leite e os cinco comprimidos do Dr Bruno. “Bora comigo?”, falei com o meu irmão Julio Souza, que ora passa uns dias na minha casa. Despedi-me da minha esposa com um “até daqui a pouco”, peguei o celular, a chave do carro e partimos para o HCE.
Padre Alex Nogueira, tem um programa chamado “Manhã de Luz”. Desde que o COVID-19 me pegou, venho escutando frequentemente seu programa matinal, que me é disponibilizado por um grupo de whatzap da paróquia a qual frequento, a de Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, RJ.
Estávamos a cerca de 15 minutos do HCE quando lembrei-me de escutar o episódio daquele dia (8/12). Antes de abrir o sermão, Pe Alex, costuma lembrar o (a) santo (a) do dia. Naquela terça feira, lembrou ele, comemorava-se o dia de Nossa Senhora da Conceição (guarde esse nome). Ele discorreu sobre a história da Imaculada, inclusive falando daquela que fora a sua mãe, Santa Ana, ou Sant’Ana (guarde esse também).
Por uma questão de segurança, não costumo meditar dentro do carro quando atravesso áreas de risco, mas naquele momento decidi abrir uma exceção, e concentrei-me em oração pedindo a Nsa Senhora da Conceição que não me deixasse partir naquele dia, sem poder ver novamente minhas filhas e meus pais, que ora moram em Portugal, e não os vejo há mais de um ano. Benzi-me com o sinal da cruz antes de chegar à portaria do HCE.
O setor de hemodinâmica fica próximo ao local onde dias atrás eu realizara os outros exames. Entrei, sentei-me e aguardei ser atendido, o que notei demoraria, pois haviam me avisado que a médica que fazia as marcações era a mesma que estava em um “procedimento”. A despeito de o local ser bem arejado e fresco senti suor no meu rosto. Cerca de 20 minutos a médica saiu por uma porta, passou por mim, cumprimentou-me e foi falar com um senhor.
Pela conversa entendi que era a esposa daquele homem que estava sob “procedimento”, e que aquela era a médica que iria marcar a minha consulta. Ela retornou pela mesma porta que havia saído.
Minutos depois entrou um casal de idosos na mesma sala onde eu aguardava. Na verdade eles estavam na minha frente na fila de espera, e eu não percebera, pois eles aguardavam do lado de fora. Ou seja, eu teria que espear ainda mais.
A dor persistia e a sudorese tambem. Pouco depois lá veio a médica novamente; passou por mim e sentou-se ao lado do casal iniciando uma conversa. Entendi que o senhor seria o próximo a fazer o “procedimento”, então pensei, “isso vai demorar”.
Do nada a médica voltou-se para mim e perguntou, “e o senhor?”; eu respondi, “eu vim marcar o cateterismo”; ela, “ok, o senhor aguarda eu atende-lo, pois ele está na sua frente. Em seguida atendo o senhor, ok?”; eu “ok, doutora, obrigado”; ela “o senhor está bem?”; eu, “sim, só com um pouco de dor no peito”.
Foi nesse momento que tudo mudou. Ela levantou-se rapidamente, pediu licença ao casal e veio rápido na minha direção, “o que o senhor está sentindo, exatamente?”; eu, “um incomodo nessa região (pus a mão no peito)”; ela, “posso ver o pedido do senhor?”; eu, “está aqui, doutora”; ela (perplexa), “seu Marco por que o senhor não foi para a emergência?”; eu (confuso), “eu vim com recomendação do meu cardiologista para marcar o cateterismo, ele não me mandou procurar a emergência”; ela, “seu Marco, eu estou vendo aqui que o caso do senhor é grave. O senhor está com varias regiões do coração comprometidas.
O senhor deveria ter ido direto para a emergência”. Pensei, “agora ferrou de vez: essa mulher vai querer que eu saia daqui e procure a emergência?”. Meu pensamento foi interrompido com ela dizendo, “seu Marco, eu vou fazer o seguinte…”, fez uma pausa, olhou para o casal de idosos e disse, “desculpa, mas o caso dele é grave, e terei que agir”. Eu pensei, “minha mãezinha, me ajuda”.
O casal prontamente entendeu aquela situação. A Dra. voltou-se então para mim e disse, “seu Marco, eu vou leva-lo para a emergência agora, porque é preciso seguir o protocolo do HCE, que nem sabe que o senhor está aqui.”, “o senhor dará entrada na emergência para ser incluído no sistema e já iniciar o protocolo clínico para a internação”; eu, “eu vou ser internado, doutora?”; ela, “sim, seu Marco, seu caso é grave e precisamos correr”, “a ideia é abrir um leito para o senhor na coronária para recebe-lo assim que concluirmos tudo aqui na hemodinâmica – a ideia é fazer seu cateterismo hoje”. Gelei…”como assim, eu venho para marcar um exame e me internam?”, pensei.
Quando eu percebi já estava em cima de uma maca a caminho da emergência, com a Dra ajudando a empurrar. Nesse momento tentei ligar para a minha esposa, mas não consegui, então liguei com sucesso para o meu filho e expliquei o que estava acontecendo, pedindo para ele avisar a mãe. Rapidamente estava na cama do Box 4 da emergência do HCE, já com uma enfermeira furando meu braço direito enquanto outra aplicava vários eletrodos no meu peito. Tudo muito rápido.
Pensei, “agora preciso falar com as minhas filhas”. O barulho da maquina do eletrocardiograma interrompeu meu pensamento, era preciso ficar calmo para não atrapalhar o procedimento. Em seguida a Dra chegou e com ela a minha esposa, que acabara de chegar ao hospital.
Nesse momento nos foi explicado que eu faria o cateterismo naquele dia, e, caso tivesse algum problema no meu coração, seria feito o procedimento em seguida. Eu deveria ficar mais algumas horas na emergência aguardando o resultado da chamada “curva” (procedimento laboratorial que detecta oscilação de enzimas liberadas antes e durante o infarto do miocárdio).
A médica pediu para que minha esposa aguardasse do lado de fora da emergência e voltou para cuidar da minha internação, não sem antes me dizer que em breve estaria de volta para saber da minha situação. Consegui ligar para minhas filhas, e aquilo me trouxe mais tranquilidade.
Pouco tempo depois a médica retornou dizendo que não esperaria mais a conclusão do exame de sangue, que seguiríamos direto para a hemodinâmica para dar inicio imediatamente ao exame de cateterismo. Uma maca chegou e em pouco tempo estava eu entrando na sala mais gelada que eu já tinha entrado.
Equipe a postos, tudo é explicado ao paciente: como é feito o exame; por onde o cateter vai ser introduzido; o que será feito dentro do coração; anestesia, etc., etc., etc… O cateter pode ser introduzido por dois locais: coxa ou pulso. No meu caso foi pelo pulso.
Não é um exame em que o paciente fica sedado, alias, é preciso que ele fique bem atento para colaborar com a médica intervencionista – sim, é essa a especialidade da doutora.
Não demorou muito para a médica concluir o exame e me dar uma má e uma boa noticia ao mesmo tempo: “seu Marco, o senhor tem a artéria coronária esquerda 99% obstruída, mas eu vou desobstruí-la”.
A analogia que eu encontro nesse momento para caracterizar a mudança de comportamento da equipe entre aquele procedimento e o seguinte (colocação do stent na lesão), é a de uma equipe de futebol que saísse do treino direto para uma final de campeonato.
Mudou tudo naquela sala gelada. Dava para perceber o nível de concentração aumentado, sobretudo da médica intervencionista. Ela começou interagir com todos de uma forma muito segura, firme, porem incrivelmente elegante.
Parecia que nada passaria despercebido por ela. Por um instante aquela jovem médica me fez lembrar dos chefes de equipe do DOPAZ, quando à minutos de desembarcarmos sob fogo das gangs, no Haiti, em 2006/7, repassavam todos os procedimento que iríamos adotar naquela ação.
Nada poderia falhar, ou então alguém voltaria em um saco preto. Ali naquela sala a missão era transpassar uma placa de gordura que obstruía 99% da chamada “artéria da viúva” (alguém arriscaria dizer o porquê desse nome!?) e a comandante daquela missão estava ali fazendo o seu melhor.
Que médica extraordinária!
O anestesista, já fazia seu trabalho, e conversava comigo, quando fomos interrompidos por ela, “a partir de agora, cada um no seu quadrado: seu Marco, no seu quadrado, eu no meu quadrado, todos em seus quadrados.
Vamos começar!”. Não tenho como narrar toda a conversa a partir daquele momento, só me recordo dela falando coisas como “seu Marco, respire fundo!”, “seu Marco, agora respire bem devagar, bem devagar mesmo seu Marco!”, “seu Marco, sente alguma coisa?”; eu, “sim, doutora, está doendo um pouco”, “normal, seu Marco, estou inflando o balão”… Passou um minuto, “seu Marco, ainda sente?”; eu, “nada doutora, nada mesmo”; ela, “já inflei, o stent foi colocado com sucesso. Conseguimos, seu Marco, conseguimos!”.
Novamente me fez lembrar do Haiti, quando conquistávamos os pontos de domínio dos criminosos. Aquela equipe tinha cumprido sua missão, tinha conquistado o campeonato, o campeonato daquele dia. Sai daquela sala sob um surpreendente brado da doutora, “faca na caveira”, no que eu respondi com extrema felicidade, “…e molinha na artéria!”. Todos riram. Pode parecer meio piegas, mas foi o dia mais feliz do meu coração.
Nesse momento nos foi explicado que eu faria o cateterismo naquele dia, e, caso tivesse algum problema no meu coração, seria feito o procedimento em seguida. Eu deveria ficar mais algumas horas na emergência aguardando o resultado da chamada “curva” (procedimento laboratorial que detecta oscilação de enzimas liberadas antes e durante o infarto do miocárdio).
A médica pediu para que minha esposa aguardasse do lado de fora da emergência e voltou para cuidar da minha internação, não sem antes me dizer que em breve estaria de volta para saber da minha situação. Consegui ligar para minhas filhas, e aquilo me trouxe mais tranquilidade.
Pouco tempo depois a médica retornou dizendo que não esperaria mais a conclusão do exame de sangue, que seguiríamos direto para a hemodinâmica para dar inicio imediatamente ao exame de cateterismo. Uma maca chegou e em pouco tempo estava eu entrando na sala mais gelada que eu já tinha entrado.
Equipe a postos, tudo é explicado ao paciente: como é feito o exame; por onde o cateter vai ser introduzido; o que será feito dentro do coração; anestesia, etc., etc., etc… O cateter pode ser introduzido por dois locais: coxa ou pulso. No meu caso foi pelo pulso.
Não é um exame em que o paciente fica sedado, alias, é preciso que ele fique bem atento para colaborar com a médica intervencionista – sim, é essa a especialidade da doutora.
Não demorou muito para a médica concluir o exame e me dar uma má e uma boa noticia ao mesmo tempo: “seu Marco, o senhor tem a artéria coronária esquerda 99% obstruída, mas eu vou desobstruí-la”.
A analogia que eu encontro nesse momento para caracterizar a mudança de comportamento da equipe entre aquele procedimento e o seguinte (colocação do stent na lesão), é a de uma equipe de futebol que saísse do treino direto para uma final de campeonato.
Mudou tudo naquela sala gelada. Dava para perceber o nível de concentração aumentado, sobretudo da médica intervencionista. Ela começou interagir com todos de uma forma muito segura, firme, porem incrivelmente elegante.
Parecia que nada passaria despercebido por ela. Por um instante aquela jovem médica me fez lembrar dos chefes de equipe do DOPAZ, quando à minutos de desembarcarmos sob fogo das gangs, no Haiti, em 2006/7, repassavam todos os procedimento que iríamos adotar naquela ação.
Nada poderia falhar, ou então alguém voltaria em um saco preto. Ali naquela sala a missão era transpassar uma placa de gordura que obstruía 99% da chamada “artéria da viúva” (alguém arriscaria dizer o porquê desse nome!?) e a comandante daquela missão estava ali fazendo o seu melhor.
Que médica extraordinária!
O anestesista, já fazia seu trabalho, e conversava comigo, quando fomos interrompidos por ela, “a partir de agora, cada um no seu quadrado: seu Marco, no seu quadrado, eu no meu quadrado, todos em seus quadrados.
Vamos começar!”. Não tenho como narrar toda a conversa a partir daquele momento, só me recordo dela falando coisas como “seu Marco, respire fundo!”, “seu Marco, agora respire bem devagar, bem devagar mesmo seu Marco!”, “seu Marco, sente alguma coisa?”; eu, “sim, doutora, está doendo um pouco”, “normal, seu Marco, estou inflando o balão”… Passou um minuto, “seu Marco, ainda sente?”; eu, “nada doutora, nada mesmo”; ela, “já inflei, o stent foi colocado com sucesso. Conseguimos, seu Marco, conseguimos!”.
Novamente me fez lembrar do Haiti, quando conquistávamos os pontos de domínio dos criminosos. Aquela equipe tinha cumprido sua missão, tinha conquistado o campeonato, o campeonato daquele dia. Sai daquela sala sob um surpreendente brado da doutora, “faca na caveira”, no que eu respondi com extrema felicidade, “…e molinha na artéria!”. Todos riram. Pode parecer meio piegas, mas foi o dia mais feliz do meu coração.
Antes da intervenção / arquivo Pessoal
sempre vivi de crenças, mas demorei saber o significado mais profundo dessa palavra. Somente a crença em algo grandioso faz você penhorar a sua vida pela terra que você nasceu, por colegas e por pessoas que você até então nunca vira na sua vida. Eu fiz isso por 30 anos nas Forças Especiais do Exército. Creio que é esse jeito de viver que não nos deixa distanciarmos do Criador.
O caminho pode ser longo, como fora o meu, mas se você vive de crenças como eu, um dia sua conversão à uma crença maior e definitiva será plena. A minha se definiu quando eu já havia saído do Exército; veio quando eu fui trabalhar em uma mineradora de carvão no sudeste da Africa, logo após ser transferido para a reserva remunerada do Exército.
É uma história que eu só revelei na íntegra ao pároco da minha paróquia, Monsenhor Jan Kaleta. Sua benção, Padre Jan! Não tenho duvidas de que veio pelas mãos da Santíssima Virgem Maria. Parece que Ela vinha sentindo a minha falta, e no ultimo dia 8 resolveu voltar para mim.
Como eu disse no inicio, não há coincidências dentro da fé – essa é a minha crença, que hoje está ainda mais sólida. Mas entendo que ninguém é obrigado a pensar e agir como eu. Sequer quero que a minha vida seja um exemplo para quem quer que seja. Se o que vai abaixo é uma coincidência para você, ok, sem problema, mas para mim tem nome: MILAGRE.
No mesmo dia em que o meu coração pedia socorro, a Igreja celebrava o dia de Nossa Senhora da Conceição, filha de Sant’Ana. E foi para a Imaculada que, em silencio, ao lado do meu irmão, pedi pela minha vida enquanto seguia para minha odisseia pessoal no HCE. Você pode até dizer que não foram as duas Marias a salvar a minha vida, mas, PASMEM!, foi pelas mãos carnais da Dra Intervencionista MARIA DA CONCEIÇÃO e do anestesista Tenente SANT’ANA, que eu tenho mais essa chance de escrever para você.
Fica aqui a minha melhor continência a equipe da Hemodinâmica: Dr Maria da Conceição, Maj Carla Carlos, Sgt Charles Norbiato, Sgt Nilson Macedo, Sgt Vitor, Natihele Alves (perdão se esqueci de alguém), Ten Sant’Ana (anestesista) e o pessoal do Coronária, do Hospital Central do Exército.
Obrigado a minha esposa, Sonia, meus filhos, Ana Claudia, Ana Carolina e Victor; meu irmão, Julio, que só saiu de frente* do HCE quando os médicos disseram que eu estava estabilizado.
*Julio estava trajando bermuda, e é vetada a entrada no HCE com esse traje. Ele acompanhou tudo da rua em frente ao hospital.
Fonte: Folha1/Nino Bellieny
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- Sábado 08:57 – ATUALIZADA ÀS 11:59 – Assalto e tiros em Bar de Itaperuna. Veja abaixo:
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