Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 21:40 – Imunização do covid-19 deve ser completa só em 2022. Veja abaixo:

O professor Tarcísio M. Rocha Filho, do Núcleo de Altos Estudos Estratégicos para o Desenvolvimento e do Instituto de Física, da Universidade de Brasília (UnB), afirmou neste domingo (13), em entrevista a GloboNews, que a imunização da maioria da população brasileira contra a Covid-19 deve demorar pelo menos um ano.

O governo federal entregou na sexta-feira (11), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano nacional de imunização contra a Covid-19. O documento, entretanto, não apresenta uma data para o início da vacinação (veja mais abaixo).

De acordo com o cientista, a vacinação é a principal esperança para desacelerar a pandemia. No entanto, ele prevê que o Brasil deve levar, “no mínimo, seis meses” para ter “algum controle” sobre a situação.

“Controle total, só quando a gente vacinar a grande maioria da população e isso, a depender do número de doses, vai tomar o ano que vem todo, talvez até mais, dependendo de como as coisas vão se desenrolar.”

Tarcísio é um dos pesquisadores responsáveis por um estudo divulgado na sexta-feira (11), que mostra que o Distrito Federal e o Rio de Janeiro lideram o índice de infectados pela Covid-19 no país. A pesquisa também afirma que a existência de uma segunda onda de contaminação é “evidente” (veja mais abaixo).

Segundo o professor, o Brasil não tem capacidade para produzir vacinas suficientes para toda a população no ano que vem. Por isso, ele defendeu que o governo federal se ant Writing Studio utado por razões óbvias. Todos os países do mundo vão querer comprar essas vacinas, então a gente tem que entrar logo e estabelecer um grande número de doses e montar toda a logística pra vacinar o mais rapidamente possível o maior número de pessoas possível. Quão mais rápido a gente focar nisso, menor será o número de mortos.”

O pesquisador também defendeu que a vacinação seja obrigatória. Ele afirmou que as pesquisas indicam que o material é seguro. Ainda de acordo com o professor, se o índice de imunização contra a Covid-19 não chegar a pelo menos 80% da população, “não adianta”.

“É uma questão de segurança e de saúde pública. Quando eu deixo de me vacinar, é a mesma coisa que se eu deixar de usar máscara em público. Eu exponho pessoas que não tem nada a ver com a minha opinião pessoal”, disse.

“A minha responsabilidade, meus direitos acabam quando eu adentro a privacidade do outro, e não tomar a vacina em um momento como esse é adentrar a privacidade dos outros cidadãos e colocá-los em risco.”

Aumento do contágio

Tarcísio também apontou os dados que indicam o aumento do contágio pelo coronavírus no Brasil como um sinal de alerta. “A pandemia está crescendo em praticamente todo o país e pode atingir números muito preocupantes no início do ano que vem, sobretudo depois das festas de final de ano. Então, é o momento de a gente pensar o que fazer.”

“As medidas de isolamento são desagradáveis, ficar trancado em casa é desagradável. Eu adoraria poder sair e poder viajar, poder ir à praia, encontrar os amigos em um restaurante, viver a vida de antes. Mas eu acho que é muito mais chato você ver um amigo ou um parente morrer por causa dessa doença como eu já vi muitos.”
“O isolamento é o preço a pagar pra gente não atravessar uma situação ainda muito mais desagradável.”

Fonte: G1

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