Blog do Adilson Ribeiro

Rio – Quinta-feira – 23:35 -Réveillon com restrições e tempo chuvoso esvazia Copacabana. Veja Abaixo:

Sem a tradicional queima de fogos a orla teve pouca movimentação. Nos quiosques, nada de venda de ingressos ou música ao vivo

Rio – O cenário do Réveillon mais tradicional do Brasil foi bem diferente este ano. Acostumada a receber milhões de turistas e cariocas na virada do ano, Copacabana, na Zona Sul do Rio, teve pouca movimentação sem a famosa queima de fogos e shows à beira mar. Com forte chuva que atingiu o estado na tarde e noite desta quinta-feira, poucas pessoas transitam pela orla ou permanecem areias da praia. Nos quiosques, a movimentação é um pouco maior.

Na capital do Rio, foram montados 54 bloqueios em vias que dão acesso à orla da cidade, do Leme, na Zona Sul, ao Pontal, na Zona Oeste. Em Copacabana, o objetivo das barreira foi desestimular aglomerações na orla. O bairro foi “fechado” e o estacionamento na orla e nas ruas no entorno foram bloqueados. A circulação do transporte público para o acesso a Copacabana e para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste também foram bloqueados a partir das 20h.

Apesar das restrições, a carioca Cíntia Nogueira, 40, e a filha Nicolle Fortes, 11, não desanimaram e mantiveram uma tradição que as duas realizam todos os anos: passar o Réveillon na praia.

“Tenho feito isso todos anos. Geralmente eu passo no Recreio porque moro em Campo Grande, mas, este ano, meu ex-marido, que mora em Copacabana, me convidou para vir com a minha filha. É uma tradição dar flores para Iemanjá. Em um ano tão caótico, nada melhor que a água do mar para purificar. Este ano só tenho a agradecer por ter saúde e por não perder ninguém muito próximo”.

As turistas de Goiania, Anaya Suya e Vanilda Marques, aproveitaram as areias praticamente vazia para apreciar o mar e tirar a famosa selfie.

Mesmo em meio à pandemia, os quiosques puderam funcionar normalmente, desde que não houvesse venda de ingressos, shows, instrumentos sonoros e sem cercados. Uma decisão que não agradou aos donos dos quiosques.

“Esse formato nos trouxe prejuízo. Acho injusto liberarem para os hotéis fazerem as festas e nós, dos quiosques, não podermos cercar uma faixa de areia como sempre fazemos todos os anos e nem vender ingressos”, reclamou Victor Hugo, proprietário de quiosque.

Há pouco mais de duas semanas, o Ministério Público Federal (MPF) chegou a ingressar com ação civil pública, com pedido de liminar, contra a União, o município do Rio, a Riotur e a concessionária Orla Rio para que a faixa de areia não fosse cercada e não fosse cobrado ingresso no trecho de praia do Leme ao Pontal.

Novo formato com fiscalizações

Para evitar aglomerações, algumas medidas de restrição foram adotadas. São elas: proibição de queima de fogos em toda a extensão da orla da cidade, inclusive pela rede hoteleira, até as 7h de 1º de janeiro; proibição de festas privadas, shows ou qualquer evento ao longo da orla pelos quiosques, na areia ou no calçadão; proibição da entrada na cidade de ônibus, micro-ônibus e vans de fretamento, a partir do primeiro minuto de 30 dezembro até 6h de 1º de janeiro; e bloqueios nos acessos à orla do Rio de Janeiro, inclusive de veículos de entrega e de carga e descarga, até às 3h de 1º de jan Writing Studio olícia Militar montou um esquema especial para a chegada do Ano Novo, mesmo sem as tradicionais programações. A prioridade, além da segurança pública, é evitar a aglomeração de público e, assim, a propagação da covid-19. Foram mobilizados dez mil policiais militares para reforçar o efetivo em todo o estado, apoiando as prefeituras das cidades para conter o fluxo de veículos e a aglomeração de pessoas.

Fonte: O Dia.

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