O gerente comercial, o diretor executivo e o advogado da empresa precisarão prestar depoimento na delegacia
Rio – Agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) estão investigando, nesta sexta-feira (26), a vacinação contra a covid-19 de três dirigentes da Riopax, empresa do segmento funerário do Rio, que alegaram ter contato frequente com cadáveres contaminados pelo novo coronavírus. O gerente comercial, o diretor executivo e o advogado da companhia estão na lista dos 79 funcionários que, em documento encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), disseram estar, diariamente, próximos de corpos infectados com a doença para serem imunizados.
Titular da especializada responsável pelo caso, o delegado Thales Nogueira explicou como estão as investigações. “Por enquanto, nós obtivemos a resposta do município, com os ofícios encaminhados pela Riopax, que afirmam que várias pessoas trabalham com o transporte e remoção de Writing Studio iam ser vacinados, mas que, depois, por um aviso do posto de saúde, viram que não era bem assim e se adequaram às regras. Por isso, vamos começar a ouvir as pessoas envolvidas para ver o que, de fato, ocorreu”, disse ele.
Além do gerente comercial, do diretor-executivo e do advogado, a pessoa responsável pelo setor de Recursos Humanos (RH) da Riopax também foi intimada a prestar esclarecimentos sobre o caso.
Procurada pela reportagem, a SMS informou que a unidade que recebeu os funcionários da concessionária do segmento funerário para a vacinação – todos eles portando declaração assinada pela gerente de recursos humanos da empresa – abriu uma sindicância para apurar internamente os fatos e disse que a direção da unidade também está à disposição para colaborar com a investigação da Polícia Civil sobre o caso. A secretaria revelou, ainda, que salientou, desde a primeira comunicação com a empresa, que apenas as pessoas que têm contato direto com corpos poderiam ser vacinadas.
A equipe do O DIA também procurou a Riopax, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: O Dia