Durante a Missa da Páscoa realizada nesse domingo na Catedral do Rio, no Centro, o arcebispo Dom Orani Tempesta, demonstrou preocupação com o aumento da fome durante a pandemia. Ele destacou o trabalho social que Igreja Católica realiza junto a suas paróquias no sentido de garantir comida para os mais necessitados e fez um apelo aos fiéis para que colaborassem mais com as campanhas de combate a fome. Após a celebração, a Arquidiocese fez a distribuição de cerca de 500 quentinhas para moradores de rua.
— Iniciamos uma campanha (de doação de alimentos) e incentivamos a todos que na sua própria paróquia o faça. Todas têm esse trabalho social. A Igreja Católica tem esse trabalho que incrementou bastante desde o ano passado. Mas, vemos que por mais que nós façamos tem aumentado muito os necessitados. Por isso continuamos trabalhando nessa solidariedade e nessa fraternidade. Os que quiserem podem trazer (suas doações) aqui na Catedral que ela encaminha para diversas comunidades e grupos sociais que atendem tantas pessoas que estão em suas casas e passam necessidades pelo desemprego, como também aqueles que estão nas ruas e que não têm o que comer — pediu o religioso.
Ao contrário do que fazia antes da pandemia, a Arquidiocese trocou o tradicional almoço para moradores Writing Studio ntos e itens de higiene pessoal, proteção facial e limpeza distribuídas a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade e instituições sociais. Também já foram entregues mais de 2 milhões de pães produzidos em parceria com a Associação Tarde com Maria. No total, são cerca de 200 comunidades carentes atendidas. A meta para este ano é chegar a 500 toneladas de doações.
Na véspera do domingo de Páscoa, decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em caráter liminar (provisório) que estados, municípios e Distrito Federal não podem editar normas de combate à pandemia do novo coronavírus que proíbam completamente celebrações religiosas presenciais, como cultos e missa. A medida, que ainda precisa ser submetida ao plenário, não trás efeitos práticos para o Rio, onde as últimas regras de restrições decretadas tanto pela Prefeitura como pelo governo do Estado afetam as igrejas e templos.
Fonte: Extra