Rio – Uma mãe denunciou uma creche, localizada no Jacaré, na Zona Norte, de maus-tratos após buscar sua filha, de 1 ano e 2 meses, com diversos ferimentos pelo corpo. A Polícia Civil investiga o caso.
A denunciante contou que deixou a criança na Creche Comunitária Golda Meir, na Rua Lino Teixeira, na tarde desta segunda-feira (30). Por volta das 17h30, ela foi buscar a filha e a encontrou com ferimentos no rosto, nas orelhas, nas costas e no braço. A menina também estava com hematomas na boca e com sangue no nariz.
De acordo com a mãe, a diretora da creche foi quem entregou sua filha. Ao ser questionada, a mulher teria alegado que a criança tinha tido uma crise alérgica.
“Fui buscar minha filha no horário habitual que eu pego ela na escola. Chegando lá, a cuidadora pediu para que eu entrasse, o que nunca aconteceu. Ela sempre me entrega a minha filha na porta. Quando eu entrei e ela veio falando ‘Mãe, eu peguei ela aqui agora. Ela estava dormindo. Olha como ela está’, e virou ela para mim. Quando eu vi o rosto dela daquela forma comecei a gritar ‘o que você fez com a minha filha?’.
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Ela disse que deve ter dado uma reação alérgica. Eu estava desesperada. Quando a vi daquele jeito, achei que ela estava toda quebrada por dentro. Eu só conseguia pensar em sair de lá e levar ela pro hospital”, contou ao DIA.
A menina passou por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, onde não foi constatado ferimentos internos, apenas externos, conforme divulgado pela própria mãe. Agora, ela só pede justiça sobre o caso.
“Eu fiquei sem chão. Nunca imaginei passar isso, ver a minha filha que nem ‘mamãe’ fala direito ainda sem poder me dizer nem o que aconteceu. Quero só justiça e que ela pague pelo que ela fez e que outras crianças não sofram mais na mão dela”, disse.
O caso foi registrado na 25ª DP (Engenho Novo). A Polícia Civil informou que a vítima foi encaminhada para fazer exame de corpo de delito e que testemunhas estão sendo ouvidas para esclarecer os fatos.
Procurada, a creche ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: O Dia