Jovem de 23 anos rebate críticas e ressalta que não provocou crime de trânsito de maneira proposital: ‘Sou trapper de verdade’
Oruam anunciou o lançamento de um disco, na última quinta-feira (20), poucas horas após ser detido por direção perigosa de um veículo automotor na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A detenção aconteceu depois que o trapper de 23 anos realizou uma manobra arriscada conhecida como “cavalo de pau” em frente a uma blitz. Na web, ele foi acusado de realizar a manobra intencionalmente como “estratégia de marketing” para o novo álbum.
Internautas questionaram a postura de Oruam, que foi liberado após pagar a fiança de R$ 60.720, o equivalente a 40 salários mínimos. “Foi tudo encenação?”, indagou um perfil no Instagram; “O cara usou a polícia, o Estado para promover o lançamento de um clipe?”, questionou outra pessoa.
Diante da reação negativa, Oruam se manifestou sobre o caso: “Eu sou trapper de verdade, cara, eu não faço marketing. Eu mandei a porr* da chapa na frente da viatura”, escreveu o cantor, numa publicação no Instagram. Instantes depois, ele anunciou que lançará, em breve, o álbum intitulado “Liberdade”.
Em seguida, ele novamente tocou no assunto para afastar as especulações de que teria atraído os holofotes para si com a intenção de se promover: “Vou responder com música. Não aguento mais todo mundo falando de mim. Minha mente está uma confusão”.
Lei “anti-Oruam”
Recentemente, o nome de Oruam está na boca do povo após ele ter sido alvo de críticas e de um projeto de lei chamado “anti-Oruam”, que visa a proibir a contratação de artistas e eventos que, de alguma forma, incentivem a apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas. O rapper, que é filho de Marcinho VP, um dos chefes do Comando Vermelho, se manifestou contra a proposta nas redes sociais, alegando que sua carreira foi alvo de criminalização e comparando a situação ao histórico de repressão ao funk e ao rap.
“Eles sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap. Coincidentemente, o universo fez um filho de traficante fazer sucesso, eles encontraram a oportunidade perfeita pra isso. Virei pauta política. Mas o que vocês não entendem é que a lei anti-Oruam não ataca só o Oruam, mas todos os artistas da cena”, afirmou o rapper.
Fonte: Extra
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