Os entregadores por aplicativo seguem em paralisação nesta terça-feira (1º), no segundo dia de mobilização do Breque dos Apps (brequenacionaldosapps), iniciado na segunda-feira (31). O movimento, que já mobiliza trabalhadores em várias capitais e cidades do Brasil, é uma resposta às condições precárias de trabalho enfrentadas pela categoria. Entre as principais reivindicações estão a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o aumento no valor pago por quilômetro rodado – de R$ 1,50 para R$ 2,50 – e o fim dos bloqueios arbitrários das plataformas, que deixam os entregadores sem renda e sem aviso prévio.
Na tarde de segunda-feira (31), uma comissão de nove entregadores se reuniu com representantes do iFood na sede da empresa, em Osasco, São Paulo. Durante o encontro, os trabalhadores apresentaram suas demandas, mas a empresa não ofereceu respostas concretas. Segundo os entregadores, o diretor sênior de relações governamentais do iFood afirmou que levaria as reivindicações à diretoria, mas não estabeleceu um prazo para retorno.
Apesar da falta de avanços, o movimento considera positivo o fato de ter sido recebido pela empresa. “O fato de termos sido ouvidos mostra a força do movimento”, afirmou Edgar Francisco da Silva, uma das lideranças. A paralisação já tem impacto significativo, com muitos estabelecimentos – especialmente bares e restaurantes – registrando queda nas entregas. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP) relatou uma redução de até 100% nas entregas em alguns locais que dependem exclusivamente do iFood.
Em vídeos postados nas redes sociais, lideranças do Breque dos Apps afirmaram que irão interromper as entregas em shopping centers e em franquias do iFood ao longo do dia. Até o momento, não houve posicionamento oficial sobre os próximos passos da mobilização.
Fonte: midianinja
