O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado distrital Chico Vigilante (PT), vai recolher assinaturas dos membros titulares da comissão para conseguir a prorrogação dos trabalhos por 90 dias. A iniciativa veio após operação da PF que prendeu membros da cúpula da Polícia Militar do DF nesta sexta-feira (18). A CPI é composta de sete distritais, e quatro assinaturas são necessárias para a aprovação do requerimento.

Vigilante afirmou que esperava encerrar a comissão no prazo original, de 180 dias, em 6 de setembro, mas que os novos acontecimentos fizeram com que fosse preciso mais tempo.

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“Com todas as revelações, as prisões que aconteceram, as investigações, o número de pessoas que ainda estão para ser ouvidas, sinto a necessidade de a gente prorrogar a CPI pelo tempo que o regimento interno permite, que é de 90 dias.”

Com o novo prazo, a CPI deve prosseguir com os trabalhos até 5 de dezembro. O calendário de oitivas de setembro ainda não foi acertado, mas para agosto estão previstos os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid, no dia 24, e, no dia 31, de mais dois depoentes: Armando Valentim, preso sob a acusação de ser financiador de acampamentos extremistas; e o indígena José Acácio Serere Xavante, cuja detenção foi o gatilho para os atos de vandalismo de 12 de dezembro em Brasília, quando extremistas tentaram invadir a sede da PF.

Fonte: R7