Blog do Adilson Ribeiro

Segunda-feira – 8:50 – Ansiedade pode levar ao endividamento para quem compra para aliviar tensão. Clique na foto abaixo e veja mais

Seja para diminuir a angústia, seja por satisfação, muita gente encontra nas compras uma forma de aliviar a tensão. O problema é quando o consumo foge de controle e se transforma em compulsão

Para muitas pessoas, comprar é sinônimo de satisfação e felicidade. Na era da internet, a facilidade de adquirir novos bens é cada vez maior. Mas em que momento fazer compras se torna um problema? O consumo excessivo pode comprometer a vida social e financeira, tanto do gastador quanto da família. O hábito pode chegar a virar doença.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que, além dos efeitos da crise, o descontrole financeiro está entre as principais causas da inadimplência no país. Cerca de 12% das pessoas que estão com nome em serviços de proteção ao crédito devem por falta de moderação financeira. Desse total, 14% costumam comprar mais do que o necessário quando estão ansiosos.

Destrutivo

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu último relatório sobre saúde mental, de fevereiro de 2017, mostrou que 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade, são mais de 18,6 milhões pessoas. Outros 11,5 milhões convivem com a depressão, hoje, a principal causa de incapacidade em todo o mundo.
Segundo a psicóloga Francisca Hurtado, da Aliança Instituto de Oncologia, todo mundo tem necessidades e, quando não são identificadas, podem se transformar em comportamentos destrutivos, como o vício em compras. “Todos nós possuímos uma carência, normalmente vem da infância e é causada pela falta de afeto e atenção. Elas precisam ser trabalhadas e compreendidas, porque acabam gerando ações negativas”, explica.
A psicóloga esclarece que a ansiedade é necessária à sobrevivência, mas que pode se tornar um distúrbio, com consequências sérias à saúde. “A ansiedade é importante na nossa vida, nos protege do perigo, ajuda em momentos de fuga, mas muitas vezes ela pode fugir do controle e criar fobias específicas ou o transtorno de ansiedade generalizada, quando a pessoa está sempre preocupada demasiadamente com o futuro”, exemplifica Francisca.
“Quando eu percebo que estou no limite, eu tento parar de gastar, mas é agoniante, tenho que ficar me segurando. Não gosto, não consigo, sinto muita necessidade mesmo de comprar.” É assim que o estudante Otávio Queiroz, 23 anos, define o consumo compulsivo gerado pela ansie Writing Studio pode se apoiar e voltar a pensar, e a terapia é o meio que ele vai utilizar para chegar a terra firme”, completa.
Para o professor Roberto Bocaccio Piscitelli, do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA) da Universidade de Brasília (UnB), o problema está na falta de educação financeira. “Esse reflexo é de algo que já sabemos. Existe pouca educação financeira no sentido amplo do Brasil, o que deveria ter sido posto nas pessoas desde cedo. Educação que se forma a partir da casa, da estrutura familiar, e que a escola deveria reforçar”, opina.
Roberto aponta que não fazer um planejamento financeiro pode ser uma armadilha. “A pessoa fica sem saber o quanto tem de orçamento, o que terá que pagar no próximo mês e vai gastando. Quando percebe, já está com a corda no pescoço.”
Fonte: correiobraziliense

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