Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-feira – 15:53 – Operação policial no Complexo do Alemão tem 10 mortos, entre eles chefe do tráfico do Pavão-Pavãozinho. Veja abaixo:

Dez pessoas morreram durante uma operação das polícias Civil e Militar no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta sexta-feira. Entre elas estão o chefe do tráfico do Morro Pavão-Pavãozinho, que fica na Zona Sul da cidade e um de seus seguranças, informou o delegado Marcus Amim, titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos da Polícia Civil (Desarme). Leonardo Serpa, o Léo Marrinha, estava escondido na comunidade. Foram apreendidos na ação oito fuzis foram apreendidos.

Continua após a publicidade:

Clique na imagem acima e inscreva-se no Vestibular Agendado da UNIG

 

Cinco dos mortos chegaram a ser socorridos por PMs para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte. Outros cinco foram transportados por moradores até a parte baixa da favela. De acordo com o coronel Mauro Fliess, porta-voz da PM, as equipes ficaram reduzidas quando os baleados começaram a ser transportados. Com isso, quem ficou para trás acabou não conseguindo chegar aos demais baleados.

— Eram muitos tiros, granadas sendo lançadas pelos próprios comparsas. Havia a noção de que poderia haver mais feridos, mas as equipes não conseguiam alcançar os locais onde eles estavam, porque havia reação (dos bandidos). E com a equipe menor não havia como — disse o coronel.

Durante a ação, um policial militar foi ferido por estilhaços no rosto. Ele foi socorrido para o Hospital Central da PM, no Estácio, na Zona Norte, onde passa por uma cirurgia.

A ocorrência seguiu para ser registrada na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde os policiais militares prestam depoimento.

A operação começou no início da manhã. Moradores do Alemão usaram as redes sociais para relatar intensos tiroteios durante a ação que, segundo a Polícia Militar, era para checar denúncias sobre o paradeiro de um criminoso apontado como liderança do tráfico de drogas local e verificar informações sobre Writing Studio a realidades de forma positiva e aumenta a violência. Lastimável. Se não morrer de vírus ou de fome, te matarão com tiros de fuzil, em nome de uma segurança pública que não inclui nosso povo”.

Uma mulher postou numa rede social que moradores se escondiam juntos em cômodos de casas para se protegerem dos disparos: “Ao mesmo tempo que não se pode aglomerar como prevenção ao coronavírus, aqui na favela a realidade é tentar aglomerar todo mundo no cômodo mais seguro da casa para se proteger da guerra. Tá rolando operação do Bope desde cedo aqui no Complexo do Alemão”.
Denúncias de truculência

Santiago também denunciou, ainda no Instagram, que o corpo de um rapaz esfaqueado foi deixado em cima de uma casa. O ativista recebeu essa informação de uma pessoa que aponta agentes do Bope como os responsáveis por atingir o rapaz.

De acordo com o “Voz das Comunidades”, um bar teve a porta arrombada por PMs, que teriam consumido mercadorias. O jornal postou ainda que recebeu denúncias de agressões contra moradores.

A Anistia Internacional publicou, no Twitter, uma nota cobrando as autoridades de segurança repeito aos direitos humanos dos moradores durante operações:

“Dentro e fora do contexto de pandemia, exigimos das autoridades uma segurança pública que respeite os direitos humanos no policiamento e ação de agentes de segurança em geral, respeitando protocolos de uso da força”.

A Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre as denúncias de truculência durante a operação.

Fonte: Extra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *