Blog do Adilson Ribeiro

Sábado 15:53 – Morto-vivo de Campos é procurado por TV holandesa. Conheça a incrível história de um campista que levantou da cova do Cemitério do Caju e caminhou até o Hospital Ferreira Machado para pedir ajuda

[caption id=”attachment_428126″ align=” Writing Studio ora num bairro, o Parque Prazeres, onde o tráfico de drogas é forte e estava em outra área dominada por traficantes rivais, das Favelas da Baleeira e Oriente. Segundo um policial, o ajudante de caminhoneiro deve ter sido confundido com alguém que o grupo estava procurando para matar. O médico Luís Cláudio Manhães, o primeiro a atender Pedro no Ferreira Machado, disse que seu estado era grave, pois existia uma bala, possivelmente de calibre 38, alojada no lado esquerdo do crânio.

Ele foi submetido a uma tomografia computadorizada por neurocirurgiões para saber como fariam a cirurgia para extrair a bala. Pedro também teve hematomas no corpo e perdeu dois dentes. Os médicos também constataram uma certa confusão mental, o que é considerado natural para quem está com uma bala na cabeça. No Cemitério do Caju, tentou-se localizar a cova onde ele disse ter passado 13 horas enterrado. A parte dos fundos tem várias covas rasas.

Um funcionário que não quis se identificar disse que havia sangue misturado com terra numa cova. Pedro fez a cirurgia e extraiu a bala. Logo em seguida entrou para o serviço de Proteção a testemunhas e mudou-se com a famílias para o Rio de Janeiro. Um ano depois teria ido para o Norte do país. Fato é que ninguém consegue encontrá-lo. Um agente do serviço de proteção a testemunhas disse que ele só será encontrado se ele quiser. Fato é que não se sabe se Pedro está hoje, passados tanto tempo, morto ou vivo. Isso nem a televisão chinesa nem a holandesa conseguiram descobrir.

Cemitério é depósito de armas e drogas

Por causa da proximidade do Cemitério do Caju com a Baleeira, é comum os traficantes da comunidade utilizarem os túmulos como esconderijo de drogas, armas e munição. Em maio de 2016, 26 munições de metralhadora foram encontradas pela Polícia Militar em um dos túmulos. Essas munições, de uso restrito, são capazes de atingir veículos blindados e até helicópteros. Na ocasião também foram apreendidos 93 sacolés de cocaína e uma balança de precisão. Em julho de 2016, a Polícia Militar encontrou em um dos túmulos 25 tabletes de maconha, que pesavam aproximadamente 15 quilos, quatro balanças de precisão e material para embalar drogas. Com a apreensão, os policiais calcularam prejuízo para o tráfico de R$ 30 mil. wDias depois, foram apreendidas 915 buchas de maconha, um tablete de cerca de um quilo da mesma droga e 527 sacolés de cocaína, o que representou uma perda estimada em R$ 15 mil para o tráfico. Com a chegada dos policiais, os traficantes fugiram e deixaram as drogas para trás. Uma das maiores apreensões de drogas no Cemitério do Caju aconteceu em janeiro de 2012, quando mais de 20 quilos de cocaína pura, além de 4.200 sacolés da droga e cerca de 800 trouxinhas de maconha foram localizadas em quatro túmulos. A Polícia Militar chegou ao local após uma denúncia anônima e ninguém foi preso.

Fonte: Terceira Via Writing Studio

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