Nunca se entregue. Assista ao Vídeo abaixo:
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EIS QUE ESTOU À PORTA E BATO… se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele,e ele comigo.
(Apocalipse 3:20)
É bastante popular e muito anunciada pelos quatro cantos do mundo a parábola do semeador. Tal contexto tem sido muito utilizado como meio de persuadir, encorajar, revigorar e até mesmo incutir culpas nas pessoas. Coisas do moderno e eficiente processo social da “pronta entrega”, em que as coisas todas já estão prontas nas prateleiras, de modo que o precioso tempo do sujeito se perca em entretenimentos de toda ordem. E um sujeito distraído não tem como perceber as reais razões dos fatos. O mesmo acontece na espiritualidade. Ninguém mais medita e nem reflete em si e por si mesmo; só o que tem são pessoas buscando de modo fácil e prático por orientações e explicações de terceiros interessados.
A bíblia traz uma coletânea de experiências místicas, vividas por pessoas que registraram, de forma alegórica e simbólica, as suas experiências da instantânea e real percepção de Deus. Cada qual, em suas próprias palavras, e de acordo com o que tais elementos figurativos significavam para si, procurou transmitir gerações adiante. Desse processo, só o que se deve buscar nas escrituras é a sua mensagem oculta e não o sentido literal das palavras, porque o contexto do passado não se ajusta ao presente e vice-e-versa. A Bíblia é livro que cada um deve ler para si mesmo e meditar muitos dias sobre aquilo que leu, até que brote de si mesmo o entendimento da respectiva mensagem.
A parábola da semente é um típico exemplo de mensagem que pode produzir efeitos contrários na psique humana se não analisada de modo profundo e minucioso. O simbolismo dessa parábola se revela no significado oculto de uma semente e não no processo mecânico de semeação.
Ora, aquilo que é visível e palpável numa semente é o seu aspecto físico, aparentemente inerte. Só que espiritualidade não é aspecto material da vida. Espiritualidade é mística, é a dimensão invisível da coisa. Assim sendo, como a semente não se resume num objeto material estático, nela devemos perceber que há um potencial oculto de poder dinâmico e que não tem início nem fim, pois uma semente, em si mesma, já contém a árvore, os frutos e novas outras sementes, prontos para serem trazidos à existência.. A semente é um depositário de poderes divinos. Basta que a terra forneça as condições adequadas que os tais poderes se manifestam automaticamente. Em terra infértil, nada altera na essência de uma semente, que permanece uma potência iminente de se manifestar.
Portanto, nessa parábola, só faz sentido que a semente represente um sujeito qualquer, de qualquer idade, de qualquer credo ou etnia. A terra citada representa o ambiente onde tal sujeito se encontra. Assim como numa semente poderes divinos aguardam para se manifestarem, também, num sujeito, habilidades divinas estão latentes, bastando para tal que o ambiente o acolha adequadamente.
Ocorre que as igrejas rebaixam o sujeito ao lugar do terreno, fértil ou estéril, massageando egos naqueles serviçais e incutindo culpas naqueles recalcitrantes na obediência, uma vez que anunciam que a semente se refere a uma suposta palavra de Deus que plantada no coração da pessoa causa efeitos de adequação a um estilo social de viver.
Que em 2019 as pessoas decidam encontrar Deus em si mesmas.