Clique na imagem acima e inscreva-se no vestibular de medicina da UNIG
As ONGs procuram mitificar a história do Quilombo dos Palmares, apresentando-o como um refúgio de liberdade do negro perseguido. A realidade histórica, entretanto, difere bastante dessa criação legendária. Na verdade, o referido quilombo espalhava terror, mesmo entre muitos Writing Studio ncalço e, se capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo”. (idem, p. 4)
Zumbi rompeu as pazes e espalhou o terror. Tais eram as devastações que os quilombolas espalhavam em torno de si que a pedido da população circunvizinha foram organizadas as expedições armadas das quais resultou a sua destruição de Palmares.
Décio Freitas, autor do livro Palmares – A Guerra dos Escravos, em entrevista para a “Folha de S. Paulo”, confessou que depois das pesquisas, “ele tem hoje uma visão diferente do líder negro Zumbi. ‘Acho que, se ele tivesse sido menos radical e mais diplomático, como foi seu tio Ganga-Zumba, teria possivelmente alterado os rumos da escravidão no Brasil.’’ (http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/zumbi_17.htm).
Zumbi não tinha pretensões de libertar os escravos – maior mercadoria da África – e mantinha os costumes ali vigentes pelos quais algumas etnias escravizavam os seus inimigos.
Os portugueses, na maior parte das vezes, não capturavam os escravos, mas os compravam das tribos africanas. Até hoje a escravidão é praticada em várias regiões da África. Zumbi mantinha escravos de tribos inimigas para os trabalhos do quilombo.
Por Lael Santos
Fontes: Revolução Quilombola, Guerra racial, Confisco agrário e urbano, Coletivismo, Nelson Ramos Barretto, Editora Artpress, SP, 2009, pp. 106-108
Neste tipo de matéria, precisa ser mostrada as provas. Só teoria baseado no que o autor acha é muito fácil. Lamento esse blog tão respeitado num dia tão significativo para a raça negra publicar uma matéria tão tendenciosa.
Concordo plenamente Umberto, esta matéria não expressa o meu pensamento, mas por respeito ao princípio democrático que adoto no Blog, publiquei mais um artigo que é de autoria do Blog do Lael Santos, nosso parceiro. Se você fizer uma pesquisa no Blog do Adilson Ribeiro verá que as postagens relacionadas à data são sempre respeitosas, mas valeu, para provocar o debate sobre um tema que em nossa cidade é tratado com superficialidade, pela maioria dos que deveriam debate-lo. Você poderia nos enviar um artigo fazendo um contra ponto a este que foi postado, eu ficaria muito feliz em publica-lo.
Adilson Ribeiro
https://adilsonribeiro.net/2017/11/21/vale-zumbi/
Umberto Malaphaia, o autor do texto colocou sim às referências do que foi abordado no texto. Fonte histórica pelo que parece.
Caro Magnum, o autor do texto foi membro da TFP, defende a propriedade rural, é contra a reforma agrária, critica os quilombolas, questiona a existência de trabalho escravo no campo e defende a exploração de terras indígenas. Poderia ser ministro tanto do meio ambiente quanto da agricultura do atual governo.
Rogério, obrigado pela informação.
Sou afrodescendente ou seja, negra e Zumbi nunca me representou. Sou contra cotas, sou contra o dia da consciência negra, pois da mesma forma que vemos racismo partindo das etnias brancas vemos na mesma proporção partindo dos negros.
Não ter preconceito é olhar para o seu irmão, vizinho ou amigo e não achar nada diferente nele a não ser o seu caráter, independente da cor de sua pele.
Com todo respeito, Fátima, discordo de vc.
Enquanto tivermos uma sociedade em que um indivíduo é preterido, ofendido ou mesmo agredido fisicamente por causa de sua cor de pele, fé ou opção sexual, entre outras, teremos que ter leis e políticas afirmativas que criem redes de proteção a estes indivíduos.
Não se engane, pense bem: estamos sempre emitindo opiniões e juízo de valor acerca de nosso próximo, seja ele quem for. Isso é de nossa natureza.
Infelizmente, a realidade de nossa sociedade se impõe, acredite: ela é racista e preconceituosa.
Só pra constar: a cor da minha pele não importa.
Adilson, fico aliviado em saber que a matéria acima não expressa a sua opinião.
“Falsidades da Consciência Negra”… Que tal discutirmos as Falsidades da construção do herói brasileiro?
Tiradentes – celebrado com feriado nacional, lutou pela independência política e econômica do Brasil em relação a Portugal. Escravocrata, não lutou pela abolição. Morreu careca e sem barba. Após a proclamação da República é construído o mito do herói. No quadro Tiradentes Esquartejado é posto barbudo e com cabelos longos para associa-lo à Jesus Cristo.
Presidente Costa e Silva – Segundo Presidente do regime militar. Promulgou AI-5 fechando o congresso, cassando políticos e institucionalizando a repressão. Foi em seu governo que o Frei Tito foi preso e torturado (cometeu suicídio anos depois atormentado pelos traumas da prisão).
Getúlio Vargas – Foi responsável pelo período ditatorial de 8 anos prendendo e torturando opositores como o escritor Graciliano Ramos.
Essa matéria não me causa espanto. Enfim, o velado está sendo exposto.
Lamentável está matéria, logo no dia em que representa a luta dos negros contra o preconceito e racismo, uma matéria tendenciosa e canalha
Que contribuição esse texto traz ao sentimento e ações de repúdio às questões relacionadas ao combate do racismo em suas diversas nuances e roupagens? Tentar desconstruir a imagem do Quilombo dos Palmares ou de Zumbi acrescenta o quê ao tema?
Tal como Zumbi, há outros personagens em nossa hostória que foram importantes para seu tempo, mas que geraram controvérsias. Isso vem desde o descobrimento.
Outra coisa, o autor parece querer surfar na onda de nosso presidente, que demonizou as ONGs. Não foi nenhuma ONG que criou ou, como disse o autor, mitificou o Quilombo dos Palmares. O Quilombo e sua história é muito anterior a qualquer ONG. Mesmo durante nosso período de ditadura, quando não existiam ONGs, o Quilombo dos Palmares e Zumbi já faziam parte dos livros de história do nosso país.
O texto, independentemente de verificação de suas fontes e veracidade, no contexto do simbolismo que há na data de hoje, é desnecessário e inoportuno.
Rogério, obrigado pela informação.
Li e observei vários comentários. Adilson, essas pessoas que desejam desconstruir o que fizemos (movimento negro) não percebem que estão atrasados, ultrapassados. O herói Zumbi dos Palmares foi erguido nos espaços acadêmicos federais e estaduais, por intelectuais como: Maria Beatriz (UFF), Lélia Gonzales (PUC), Rafael Sânzio (UNB), Abdias do Nascimento , Oliveira Silveira (UFRS) e muitos outros. Uma pessoa dizendo que Zumbi não a representa, (quem é ela na fila do pão ?). Zumbi representa milhôes. Já que querem desconstruir, publiquem artigos, livros e pesquisas sobre Zumbi, debatam nos espaços acadêmicos e talvez consigam nos próximos 100 anos algo mais consistente. Nós mudamos a históri, pois hoje ela é contada pela ótica dos oprimidos. Quem quiser contar outra história convença o MEC a mudar os livros didáticos; do ensino fundamental até o ensino médio, porque nós estamos transformando academicamente o passado escravocrata desde 2003.