Blog do Adilson Ribeiro

Terça feira 19:50 – Ex-Professor da UNIG está revolucionando o ensino da Matemática. Veja abaixo:

 

Há vários anos, o Blog do Adilson Ribeiro vem divulgando o esforço do professor João Vinhosa para facilitar o aprendizado da Matemática.
Por último, o professor obteve êxito em ensinar a matéria à distância a um grupo de pessoas com deficiência visual, que se reunia na biblioteca municipal da cidade de Cascavel, Paraná.
Agora, contando com o apoio tecnológico de um seu ex-aluno da UNIG, o analista de sistemas Maurício Bastos, João está iniciando uma experiência ainda mais ousada: a formação de uma audioteca para disponibilizar os textos utilizados com o Grupo Cascavel em formato de Podcast (mini-áudios de cerca de 10 minutos cada).
Com este trabalho voluntário, pretende-se popularizar o aprendizado da Matemática, suprindo,assim, uma incontestável carência em nosso sistema educacional.
Maiores detalhes na matéria “O aprendizado de Matemática em ambiente de Audioteca”, publicada em 31de maio de 2020 no Blog Alerta Total. Segue a transcrição de referida matéria.

O aprendizado de matemática em ambiente de Audioteca

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por João Vinhosa

Para ser esclarecido o improvável sistema de aprendizagem mencionado no título deste artigo, necessário se faz tomar conhecimento do que vai relatado a seguir.

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Tudo começou em setembro de 2013, com a publicação no Blog Alerta Total de um artigo no qual foram apresentadas diversas deficiências de nosso sistema educacional, relativas ao ensino de Matemática.
Em tal artigo foi destacado que, para serem resgatados do atoleiro matemático em que se encontravam, vários grupos precisavam de uma atenção diferenciada.

Entre os grupos que precisavam de uma atenção diferenciada, foram enumerados os seguintes: 1 – as pessoas que desistem de voltar aos estudos por se julgarem incapazes de aprender Matemática; 2 – os alunos que conseguiram ingressar nas universidades sem o necessário conhecimento de Matemática; 3 – os alunos do ensino médio que não conseguem acompanhar a matéria dada em aula por não dominarem assuntos que lhes foram ensinados em anos anteriores.

Aconteceu que, na condição de autor de referido artigo, eu recebi um e-mail do pedagogo Gelcir dos Santos, da cidade de Cascavel – PR, solicitando a inclusão do grupo de pessoas com deficiência visual entre aqueles que precisavam de uma atenção diferenciada.

Foram as seguintes as palavras de citado pedagogo: “Tenho deficiência visual, sendo cego de ambos os olhos, e gostaria que, no grupo dos que têm deficiência no que tange a matemática, inserisse as pessoas com deficiência visual.”

A partir daí, comecei a interagir com Gelcir. Analisávamos as dificuldades encontradas por pessoas com deficiência visual para aprender Matemática, e o que poderia ser feito para minimizar o problema.

Algum tempo depois, passou a participar de nossas conversas outro pedagogo com deficiência visual – o Josué dos Santos, irmão do Gelcir.

Nossas conversas se tornaram, na realidade, um autêntico laboratório de ideias baseadas em nossas experiências pessoais. Nesse laboratório, fomos refinando conceitos e textos que poderiam ser aplicados ao caso ao qual estávamos nos dedicando, qual seja, a Educação à Distância de Matemática para pessoas com deficiência visual.

Ficou definido que formaríamos um grupo de estudo com o objetivo de levar, em tempo relativamente curto, uma pessoa que só soubesse efetuar as quatro operações fundamentais a entender perfeitamente Equação de Segundo Grau. Melhor dizendo, a pessoa seria levada, a partir do nível “zero”, a entender o conteúdo do que é mais importante na Álgebra.

Sabíamos que o primeiro problema a ser enfrentado era decorrente da mais marcante característica da Matemática: é impossível uma pessoa aprender determinada parte da matéria sem ter o conhecimento dos pré-requisitos necessários a seu entendimento.

Em outras palavras, para o projeto ser bem sucedido, não poderia haver flexibilidade diante da indiscutível verdade segundo a qual alunos que não dominam determinadas partes da matéria não têm a menor condição de entender as aulas de Matemática. Logo, a única maneira de recuperar um aluno despreparado é o professor descer ao nível do aluno, e vir raciocinando junto com ele até chegar ao ponto desejado.

Outra verdade para a qual estávamos alertados era da maior relevância: normalmente, as pessoas que não aprenderam o suficiente na época em que o assunto lhes foi apresentado na escola passam a sofrer de “trauma de Matemática” – dano psicológico que torna a pessoa convencida de sua incapacidade de compreender a matéria, provocando o seu bloqueio mental e impossibilitando-o de entender os assuntos tratados.

Portanto, sabíamos que, nesses casos, a primeira providência a ser tomada é convencer o aluno, o mais rápido possível, que ele pode domar a “megera”.
Para isso, é necessário demonstrar-lhe, de imediato, que ele é capaz de entender questões que, um dia, erradamente, lhe colocaram na cabeça que só podiam ser compreendidas por pessoas dotadas de uma inteligência superior.

Por outro lado, ao sentir que é capaz de raciocinar com a Matemática, o aluno se transforma. Afinal, o sucesso traz a motivação, e esta, por sua vez, provoca mais sucesso, que traz mais motivação, formando-se, assim, um autêntico círculo virtuoso.

Dentro desse cenário, e a partir de reflexões que eram reavaliadas a todo momento, começamos a parte prática de nosso projeto, formando o grupo de What’s Up “Entenda Matemática CVL”, também chamado Grupo Cascavel.
Para encurtar a história, a partir de agosto de 2019, começamos a ter encontros semanais de cerca de 1 hora e meia. Um grupo de cinco pessoas com deficiência visual se reunia na biblioteca municipal da cidade de Cascavel, Paraná, para ter aulas com o professor que se encontrava em Recife, Pernambuco.

Devido à Writing Studio ulgando o esforço do professor João Vinhosa para facilitar o aprendizado da Matemática.
Por último, o professor obteve êxito em ensinar a matéria à distância a um grupo de pessoas com deficiência visual, que se reunia na biblioteca municipal da cidade de Cascavel, Paraná.
Agora, contando com o apoio tecnológico de um seu ex-aluno da UNIG, o analista de sistemas Maurício Bastos, João está iniciando uma experiência ainda mais ousada: a formação de uma audioteca para disponibilizar os textos utilizados com o Grupo Cascavel em formato de Podcast (mini-áudios de cerca de 10 minutos cada).
Com este trabalho voluntário, pretende-se popularizar o aprendizado da Matemática, suprindo,assim, uma incontestável carência em nosso sistema educacional.
Maiores detalhes na matéria “O aprendizado de Matemática em ambiente de Audioteca”, publicada em 31de maio de 2020 no Blog Alerta Total. Segue a transcrição de referida matéria.

O aprendizado de matemática em ambiente de Audioteca

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por João Vinhosa

Para ser esclarecido o improvável sistema de aprendizagem mencionado no título deste artigo, necessário se faz tomar conhecimento do que vai relatado a seguir.

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Tudo começou em setembro de 2013, com a publicação no Blog Alerta Total de um artigo no qual foram apresentadas diversas deficiências de nosso sistema educacional, relativas ao ensino de Matemática.
Em tal artigo foi destacado que, para serem resgatados do atoleiro matemático em que se encontravam, vários grupos precisavam de uma atenção diferenciada.

Entre os grupos que precisavam de uma atenção diferenciada, foram enumerados os seguintes: 1 – as pessoas que desistem de voltar aos estudos por se julgarem incapazes de aprender Matemática; 2 – os alunos que conseguiram ingressar nas universidades sem o necessário conhecimento de Matemática; 3 – os alunos do ensino médio que não conseguem acompanhar a matéria dada em aula por não dominarem assuntos que lhes foram ensinados em anos anteriores.

Aconteceu que, na condição de autor de referido artigo, eu recebi um e-mail do pedagogo Gelcir dos Santos, da cidade de Cascavel – PR, solicitando a inclusão do grupo de pessoas com deficiência visual entre aqueles que precisavam de uma atenção diferenciada.

Foram as seguintes as palavras de citado pedagogo: “Tenho deficiência visual, sendo cego de ambos os olhos, e gostaria que, no grupo dos que têm deficiência no que tange a matemática, inserisse as pessoas com deficiência visual.”

A partir daí, comecei a interagir com Gelcir. Analisávamos as dificuldades encontradas por pessoas com deficiência visual para aprender Matemática, e o que poderia ser feito para minimizar o problema.

Algum tempo depois, passou a participar de nossas conversas outro pedagogo com deficiência visual – o Josué dos Santos, irmão do Gelcir.

Nossas conversas se tornaram, na realidade, um autêntico laboratório de ideias baseadas em nossas experiências pessoais. Nesse laboratório, fomos refinando conceitos e textos que poderiam ser aplicados ao caso ao qual estávamos nos dedicando, qual seja, a Educação à Distância de Matemática para pessoas com deficiência visual.

Ficou definido que formaríamos um grupo de estudo com o objetivo de levar, em tempo relativamente curto, uma pessoa que só soubesse efetuar as quatro operações fundamentais a entender perfeitamente Equação de Segundo Grau. Melhor dizendo, a pessoa seria levada, a partir do nível “zero”, a entender o conteúdo do que é mais importante na Álgebra.

Sabíamos que o primeiro problema a ser enfrentado era decorrente da mais marcante característica da Matemática: é impossível uma pessoa aprender determinada parte da matéria sem ter o conhecimento dos pré-requisitos necessários a seu entendimento.

Em outras palavras, para o projeto ser bem sucedido, não poderia haver flexibilidade diante da indiscutível verdade segundo a qual alunos que não dominam determinadas partes da matéria não têm a menor condição de entender as aulas de Matemática. Logo, a única maneira de recuperar um aluno despreparado é o professor descer ao nível do aluno, e vir raciocinando junto com ele até chegar ao ponto desejado.

Outra verdade para a qual estávamos alertados era da maior relevância: normalmente, as pessoas que não aprenderam o suficiente na época em que o assunto lhes foi apresentado na escola passam a sofrer de “trauma de Matemática” – dano psicológico que torna a pessoa convencida de sua incapacidade de compreender a matéria, provocando o seu bloqueio mental e impossibilitando-o de entender os assuntos tratados.

Portanto, sabíamos que, nesses casos, a primeira providência a ser tomada é convencer o aluno, o mais rápido possível, que ele pode domar a “megera”.
Para isso, é necessário demonstrar-lhe, de imediato, que ele é capaz de entender questões que, um dia, erradamente, lhe colocaram na cabeça que só podiam ser compreendidas por pessoas dotadas de uma inteligência superior.

Por outro lado, ao sentir que é capaz de raciocinar com a Matemática, o aluno se transforma. Afinal, o sucesso traz a motivação, e esta, por sua vez, provoca mais sucesso, que traz mais motivação, formando-se, assim, um autêntico círculo virtuoso.

Dentro desse cenário, e a partir de reflexões que eram reavaliadas a todo momento, começamos a parte prática de nosso projeto, formando o grupo de What’s Up “Entenda Matemática CVL”, também chamado Grupo Cascavel.
Para encurtar a história, a partir de agosto de 2019, começamos a ter encontros semanais de cerca de 1 hora e meia. Um grupo de cinco pessoas com deficiência visual se reunia na biblioteca municipal da cidade de Cascavel, Paraná, para ter aulas com o professor que se encontrava em Recife, Pernambuco.

Devido à particularidade do caso, textos específicos para dar suporte às aulas tiveram que ser preparados.

Em março de 2020, juntou-se ao grupo um outro voluntário da maior importância, o analista de sistemas Maurício Bastos, que passou a cuidar de toda a parte tecnológica.

Por sugestão do Maurício, os textos utilizados pelo Grupo Cascavel foram colocados no formato de Podcast, divididos em Temporadas e cada Temporada dividida em Episódios de cerca de 10 minutos cada.

Dezessete Episódios do que veio a ser chamado “Matemática em Conta-Gotas Podcast” já foram distribuídos, com grande aceitação.

Estimulados pela aceitação do estudo de Matemática com a utilização de Podcasts, resolvemos criar a “Audioteca Matemática em Conta-Gotas Podcast”, com objetivo de possibilitar o acesso do público em geral aos textos que originariamente foram produzidos para o Grupo Cascavel.

Atualmente, a Audioteca encontra-se em fase de montagem para que sejam definidos alguns aspectos, como os seguintes: os Episódios deverão ser disponibilizados dentro de determinadas regras, o procedimento para o esclarecimento de dúvidas deverá obedecer a uma sistemática bem definida, etc.

Considerando que o nosso objetivo é popularizar o aprendizado da Matemática, estamos nos antecipando ao início do funcionamento da “Audioteca Matemática em Conta-Gotas Podcast”, e disponibilizando os Episódios iniciais.

Críticas e sugestões poderão ser encaminhadas para o Blog Alerta Total, indicando o assunto “AUDIOTECA”.

Finalizando, seguem os links dos seguintes Episódios da Temporada 1 – Equação do Primeiro Grau:

Episódio 1 – O Método da Experimentação;
http://plancol.com.br/matematica/AUD-20200527-WA0030.mp3

Episódio 2 – A letra “x” não caiu de paraquedas;
http://plancol.com.br/matematica/AUD-20200527-WA0031.mp3

Episódio 3 – A inteligência do problema;
http://plancol.com.br/matematica/AUD-20200527-WA0032.mp3

Episódio 4 – As propriedades das igualdades.
http://plancol.com.br/matematica/AUD-20200527-WA0033.mp3

João Vinhosa é Professor orientador do Grupo Cascavel.

Da redação do Blog do Adilson ribeiro Adilson Ribeiro

2 comentários sobre “Terça feira 19:50 – Ex-Professor da UNIG está revolucionando o ensino da Matemática. Veja abaixo:

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