Pai e filha têm ataque de fúria em hospital, agridem médica e vão responder por morte de paciente
Pai e filha que agrediram uma médica no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles, em Irajá, na zona norte do Rio, na madrugada de domingo (16), vão responder também pela morte de uma paciente que aguardava atendimento no momento da confusão.
O delegado Geovan Omena, da 27ª DP (Vicente de Carvalho), que investiga o caso, disse que a ocorrência foi trágica e o comportamento dos suspeitos se mostrou desproporcional.
“Ele foi atendido, passou pela avaliação e falaram para ele aguardar um pouco que ele seria atendido e, a partir daí, ele desencadeou uma fúria, começou a quebrar o ambiente do hospital, junto da filha dele. E a médica, ouvindo essa confusão, já estava em atendimento, saiu e foi até o hall do hospital, onde ele não deu nem oportunidade da médica falar ou explicar o porquê de ele não ser atendido. Ele já começou a ofender, a xingar e deu um soco no rosto da médica. Ela caiu ao solo e foi chutada no chão. E, a todo momento, ele colocava a mão para trás, dizendo que iria estourar todo mundo, simulando estar armado. Foi um caos”, afirmou.
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O delegado rebateu, segundo ele, o que alegou a defesa dos suspeitos, de que a paciente morreu por falha no sistema do serviço de saúde.
“A paciente estava sendo monitorada, acompanhada pela equipe de perto, e a médica com a equipe estava conseguindo mantê-la viva. Então, ela veio a óbito não porque não houve atendimento, mas porque, no momento em que precisava do acompanhamento, ele foi interrompido por causa da baderna que fizeram.”
O delegado explicou que pai e filha, além de responderem pelo homicídio por dolo eventual, serão indiciados pelos crimes de dano ao patrimônio, lesão corporal e desacato aos policiais militares.
Além disso, a mulher presa responderá também por coação no curso do processo. Segundo a autoridade policial, ela fez ameaças à médica na delegacia, na frente de testemunhas e policiais, ao saber que iria permanecer presa.
“Ela falou para tomar cuidado, que não iria ficar assim. Que a médica estava marcada e, quando ela saísse, iria matar de tanto bater”, explicou o delegado, acrescentando ter dado nova voz de prisão.
Nas redes sociais, a profissional postou que tem 30 anos de atuação na Secretaria Municipal de Saúde com muito orgulho, mas se sentiu desrespeitada e lamentou ser a única médica que atendia 60 pacientes no hospital naquele momento.
Fonte: R7