Blog do Adilson Ribeiro

Segunda-feira – 18:40 – Pobre país do futuro: A economia do cuidado e o contingente da economia de viração. Veja Abaixo:

O Censo do IBGE de 2022 nos mostra a presença em solo brasileiro de 30 milhões de idosos (15% da população que, aliás, serão quase ¼ da população logo ali em 2030).

Esse contingente tem como característica turbinar a chamada “Economia do cuidado”, que envolve a demanda por gastos com alimentação, saúde, lazer, viagens, moradia fixa, acolhimento, seguro de vida.

Pessoas maduras geram massa de salários, dado que algumas ainda estão no mercado de trabalho, aposentadorias/pensões e injetam na economia, mensalmente, 25 bilhões de reais. Esse contingente populacional é remanescente da velha economia, vigente no pós II guerra mundial e seus anos de ouro.

No outro canto do ringue, contudo, cresceu um novo arranjo social na sociedade tupiniquim, após a reestruturação produtiva em vigor desde os anos 1990. Predomina desde então, um cotidiano massacrante e um elevado nível de exploração que extrapola o ambiente das fábricas e invade o cotidiano nos lares de um dos países com um dos maiores níveis de desigualdade de renda e patrimônio do planeta. Trouxe junto o ressentimento.

Me refiro “Economia da Viração”, na medida em que existem cada vez menos sinais nítidos da antiga sociedade salarial, com seu estado do bem estar social. O que cresce é o estado de emergência econômico, a uberização/ precarização das relações de trabalho, rotinas maçantes, rendimentos duvidosos, trabalhos ruins, endividamento, insegurança, longas filas de hospitais públicos, ônibus lotados, esgotamento mental e cansaço, atingindo principalmente os mais jovens em idade produtiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE:

 

JOIA, A AUTOESCOLA QUE MAIS APROVA.

 

(22) 9 9890-3131

 

Em 4 endereços:
Rua Pedro Alves de Oliveira, 75 – Cidade Nova, Itaperuna;
Rua Rafael Vasconcelos, 35 – Bairro Niterói – Itaperuna;
Rua Irineu Sodré, 208 – Centro – Miracema;
Rua Ferreira Cesar, 165 – Centro – Laje do Muriaé

 

Siga no Instagram clicando aqui

 

 

 

 

 

A violência que toma conta de nossos cotidianos e o contingente de 850 mil pessoas encarceradas são fruto do aprofundamento da crise social decorrente de uma longa estagnação econômica.

O futuro prometido de acesso ao microcrédito, casa própria, ensino superior de qualidade e empregos é logo substituído pela gestão de populações cada dia mais empobrecidas, com a máxima afirmativa de que não há dinheiro e os parcos recursos fiscais que sobram de um orçamento comprometido (na sua metade) com o giro da volumosa dívida pública são alocados em políticas públicas focalizadas, no estilo sugerido pelo Banco Mundial.

O mantra é que a sobrevivência depende da resiliência e da força individual e não dos fatores estruturais. O mito que acompanha esse pacote ideológico é o da meritocracia, aquele que naturaliza e justifica a desigualdade de oportunidades em nossa sociedade. Neste ambiente, o mercado competitivo, supostamente neutro, arbitra ganhos e perdas.

Como sair dessa camisa de força que nos aprisiona? Talvez retomando a perspectiva concreta de um horizonte de transformação da realidade. Compreendendo que a riqueza de uma sociedade é construída socialmente e, dado o nível de avanço tecnológico e produtividade, fome e miséria não se justificam.  Reflitamos pois…

Fonte: Portal Viu

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *