O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (20) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York. Após o encontro, o segundo entre os presidentes neste ano, Lula e Biden lançaram a “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras”.
A proposta prevê ações conjuntas para ampliar discussões sobre melhorias nas condições de trabalhadores (veja mais abaixo). Em fala ao lado do presidente norte-americano, Lula disse que EUA e Brasil devem se comportar como “amigos”, em busca de um propósito comum.
“Espero que a relação Estados Unidos e Brasil seja aperfeiçoada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo”, disse.
Lula viajou a Nova York para participar do debate de chefes de Estado e governo da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Além do discurso no plenário da ONU, ele aproveitou a viagem para se reunir com outros chefes de Estado e de governo, e para lançar a parceria com os EUA.
Segundo o governo brasileiro, Brasil e Estados Unidos pretendem, juntos, incentivar a geração de empregos com cobertura de direitos trabalhistas e proteger quem trabalha por meio de plataformas digitais, a exemplo de transporte de passageiros e entrega de refeições.
O governo brasileiro informou que a parceria com os EUA tem os seguintes objetivos:
- Ampliar o conhecimento sobre direitos trabalhistas;
- Garantir que a transição energética ofereça empregos que não sejam precários;
- Aumentar a importância dos trabalhadores em organismos como G20 e nas conferências do clima (COP 28 e COP 30);
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- Apoiar e coordenar programas de cooperação técnica relacionados ao trabalho;
- Capacitar trabalhadores e proteger direitos de quem trabalha por meio de plataformas digitais;
- Buscar parceiros do setor privado para criar empregos dignos nas principais cadeias de produção, combater a discriminação e promover a diversidade.
Reunião com Zelensky
Lula terá uma audiência, ainda nesta quarta, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Será o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado.
O encontro entre Lula e Zelensky, que já conversaram por telefone, é negociado há meses pelos dois países.
Em maio, o ucraniano tentou se encontrar com Lula durante a cúpula do G7, no Japão, mas o governo brasileiro alegou que Zelensky se atrasou e não compareceu à reunião.
Lula tem sido criticado por países ocidentais em razão de uma posição neutra em relação à guerra entre Ucrânia e Rússia.
O presidente é crítico da invasão militar feita pela Rússia, porém não aceitou até o momento fornecer armas à Ucrânia. Lula deseja reunir países considerados neutros no conflito para uma negociação de paz.
Com informações do g1.