Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste
No Hemisfério Sul, o inverno começa no dia 20 de junho de 2024, às 17h51, e termina no dia 22 de setembro, às 9h44 (horário de Brasília). Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação (chuva) ficam concentrados sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil .
A redução das chuvas em grande parte do País nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.
Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação caracteriza-se também pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22ºC sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Durante a estação, em função das inversões térmicas no período da manhã, são comuns as formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.
Inverno 2024 na Região Sudeste
Precipitação
Tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de SP e estado de MG. Muitas áreas, especialmente norte de SP, Triângulo Mineiro e noroeste de MG, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva nenhuma. Infiltração marítima pode provocar baixos volumes e chuvas fracas no ES e leste de MG principalmente em julho. No litoral de SP e RJ, chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.
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O tempo seco persiste em setembro, com volumes abaixo da média em todas as áreas. Na Grande SP, Grande Rio e Grande BH, volumes abaixo da média nos três meses. Ar muito seco, e mais seco do que em 2023.
Temperatura
Por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em SP, Triângulo Mineiro e sul de MG; um pouco acima da média no RJ, litoral do ES e noroeste de MG. Nas demais áreas do estado de MG e interior do ES, o ar seco favorece forte perda radiativa durante as madrugadas, e por isso elas tendem a ser mais frias que o normal em muitas áreas, mas as tardes ainda serão moderadamente quentes. Bloqueios favorecem geadas frequentes na Serra da Mantiqueira.
O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente sul e leste de SP, RJ, Zona da Mata mineira e sul do ES; no interior, o ar frio chega menos vezes em função dos bloqueios. Mesmo com o ar frio tendo resistência em avançar, há possibilidade de quedas acentuadas e ondas de frio sobre SP, MG e RJ, com maior risco de geadas comparado a 2023. O ar quente predomina, e muitos dias terão temperaturas acima da média. Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária e Climatempo