A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na noite da última quarta-feira, o maior receptador de telefones celulares roubados e furtados do município. Felipe Ferreira Pinto, conhecido como “Cara de Galinha”, foi detido em flagrante na Uruguaiana, por volta das 19h, pelos crimes de receptação e corrupção ativa (artigos 180 e 333 do Código Penal). Ele estava em posse de 50 aparelhos no momento em que foi encontrado. Um desses pode ser do turista norte-americano morto, D’Wayne Antônio Morris, vítima do golpe “Boa noite Cinderela”
Pego pela Polícia Civil, Felipe logo admitiu a posse e a origem de tais telefones, uma vez que, já no local, foram verificados a condição de subtraídos, de alguns aparelhos. Após ser conduzido para 4ª DP, ele tentou subornar os agentes das unicades envolvidas, oferecendo a quantia de R$30 mil para não ser preso. No entanto, acabou enquadrado no artigo 333 do código penal, por crime de corrupção ativa. Ainda não se sabe se o criminoso agia sozinho nos roubos e furtos, ou se tinha uma quadrilha por trás.
Cara de Galinha já havia se livrado de outras duas operações anteriores, que tinham como objetvo sua captura. Ele vinha sendo investigado há meses, por ter saído da cadeia em maio do ano passado, após ter ficado quase 10 meses preso. Na ocasião, também havia sido enquadrado pelo crime de receptação. Apesar do criminoso não ter prestado depoimento, as investigações apontam que os celulares roubados e furtados eram vendidos no mercado da Uruguaiana, local onde foi detido.
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Dentre os 50 aparelho recuperados pela Polícia Civil, dois deles possivelmente pertenciam aos dois turistas americanos, vítimas do golpe “Boa noite Cinderela”, que levou a óbito um deles. A Delegacia de Homicídios da Capital ainda está apurando o caso, para saber se Felipe Ferreira Pinto está envolvido na morte de D’Wayne Antônio Morris.
Relembro o caso dos turistas americanos
Segundo a investigação, D’Wayne Morris foi vítima de um golpe Boa noite Cinderela”. Drogada, a vítima, que havia chegado ao Brasil no dia anterior, teria tido convulsões. Horas antes, entre a noite do dia 7 e a madrugada do dia 8 de agosto, o jamaicano naturalizado norte-americano e um amigo conheceram duas mulheres na Lapa e chegaram a ir a um quiosque na praia do Leme. De lá, os quatro foram para o apartamento em Copacabana onde os estrangeiros estavam hospedados.
Os dois turistas teriam ingerido bebida alcoólica misturada com uma substância ainda não identificada, golpe mais conhecido como” Boa Noite Cinderela”. Ao chegar no imóvel, apenas D’Wayne teria entrado no apartamento acompanhado das duas mulheres, enquanto o amigo, que não estava se sentido bem, foi para outro local.
Por volta das 15h, o corpo de D’Wayne foi encontrado em cima da cama de um quarto do imóvel, sem seus pertences, que teriam sido levados pelas mulheres. Identificada em uma investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que contou com apoio da Delegacia de Atendimento ao Turista, como uma das duas mulheres suspeitas de envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) do turista jamaicano com nacionalidade norte-americana, Letícia Clara Bento da Silva, de 23 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Após dois dias foragida, ela se entregou à polícia na última segunda-feira.
Fonte: Extra