Leitura de trechos da Bíblia na Câmara Municipal de Itaperuna é questionada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo requerente Eduardo Banks dos Santos Pinheiro.
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O requerente atenta que na abertura dos trabalhos na Casa de Leis vereadores investem em “funções sacerdotais”, o que viola o Princípio da Laicidade Estatal.
A prática sempre foi comum na Casa de Lei e o assunto está dando o que falar no município. Leia os anexos através do pdf clicando no link abaixo:
MP-biblia (3)
Fonte: Jorge Luiz
O Estado enganado, mente ao mentiroso. O Brasil não é laico.
Ao anunciar a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, declaram-se que essa se dá sob a dependência da proteção de Deus.
Eis o fragmento do texto da Constituição que comprova o que afirmamos acima: “…promulgamos, sob a proteção de “Deus”, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.
Na prática, o Brasil se revela menos ainda laico. O Brasil nunca cortou de fato o cordão umbilical que une Igreja e Estado. Os católicos desfrutam das bençãos da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, cujo dia 12 de outubro foi separado para culto especial a Santa Maria.
No seguimento evangélico não é diferente, Edir Macedo, Silas Malafaia, Romildo Ribeiro Soares (R.R Soares), Valdemiro Santiago e outros mais, são também objetos de culto e adoração pelos seus seguidores. Conta-se ainda com uma bancada dita evangélica no Congresso Nacional que defende o seu interesse politico-ideológico.
No espiritismo a coisa vai pelo mesmo trilho. O Brasil já foi protagonista de uma carta psicografada por Chico Xavier que deu ao réu o alvará de soltura conduzido pelo juiz Orimar Pontes – coisa do Direito de um pais que não é laico.
Um país que guarda compromisso com nome advindo das três pessoas da Santíssima Trindade como Estado do Espírito Santo, com nome de santo como Estado de São Paulo… hospitais que guardam nomes sagrados como Hospital São José do Avaí, não são poucos… etc. Não, o Brasil não é laico mesmo!
Assim, a Câmara Municipal de Itaperuna – Assembleia dos Inúteis -, também se acha no direito de evocar o nome de um deus qualquer e de ridicularizar a Bíblia. Normal!