Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-feira – 18:36 – Mulher morre uma semana após fazer lipoaspiração com médica envolvida na morte de advogada de MC Poze. Veja Abaixo:

 

A cirurgiã tem o nome envolvido em outras duas mortes. A primeira, em 2021, gerou processo no Tribunal de Justiça do Rio, cuja última movimentação foi em fevereiro deste ano. A segunda, em setembro, foi a de Silvia de Oliveira Martins, advogada de MC Poze, que continua em investigação da polícia.

Há também três processos cíveis por erro médico contra Geysa. Em todos os casos, as partes autoras pediram indenização por dano moral. Num deles, a paciente alega que se submeteu ao procedimento de bioplastia de glúteos para aumento de suas medidas na região, mas afirma que não obteve o resultado pretendido, e que não teria ocorrido qualquer mudança estética após o procedimento.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) disse que “com relação ao caso, abrirá sindicância. A mesma correrá em sigilo, seguindo os ritos do Código de Processo Ético-Profissional”.

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Advogada de MC Poze

 

Silvia de Oliveira Martins, advogada de Mc Poze, morreu na manhã do dia 17 de setembro, dois dias após uma lipoaspiração realizada por Geysa Leal. À época, a família foi à polícia registrar ocorrência contra a médica, suspeita de negligência durante o procedimento. O inquérito, feito na 9ªDP (Catete), continua aberto.

A causa da morte, exposta na certidão de óbito, aponta três complicações: choque hemorrágico, sangramento interno no abdômen e embolia pulmonar, além de ter a indicação de “lipoaspiração recente” ao lado delas. A família pediu exumação do corpo, e está aguardando um perito avaliar os prontuários médicos do crime.

Segundo parentes de Silvia, a médica não teria avaliado corretamente os exames da paciente, que tinha alterações em indicadores do exame de sangue, que apontavam uma inflamação.

Pedagoga Adriana Ferreira

 

Adriana Ferreira Capitão Pinto morreu no dia 22 de julho de 2018, seis dias após realizar lipoaspiração no abdômen e enxertia nos glúteos com a cirurgiã Geyza Leal, cirurgias que custaram cerca de R$ 6 mil. A clínica onde os procedimentos foram realizados, localizada, na época, na Rua Otávio Carneiro, em Icaraí, Niterói, tinha ausência de controle de limpeza e desinfecção, assim como de área própria para descarte de material infectante e ausência de uma Central de Materiais de Esterilização. Foram encontrados medicamentos com data vencida, gazes com sangue, e equipamentos faltantes, como desfibrilador. Além disso, a médica não havia especialização necessária para os procedimentos, apresentando, naquele ano, apenas certificação de otorrinolaringologista.

A denúncia chegou à Justiça em 26 de janeiro de 2021, e a condenação de Geyza, em 13 de outubro de 2022. A juíza Juliana Grillo El Jaick condenou a médica por homicídio doloso, quando não há intenção de matar. A pena de 2 anos de detenção, que considerou os bons antecedentes, a primariedade da ré, e a negligência frente às exigências do Cremerj, foi substituída por prestação de serviços e no pagamento de um salário mínimo à família de Adriana, mãe de dois filhos. A defesa de Geysa pediu recurso da decisão e o processo continua aberto.

Luiz Fernando Pinto, viúvo de Adriana, disse, em depoimento, que Geysa se apresentava como cirurgiã plástica sem dar detalhes sobre as especialidades. Após o procedimento, a esposa percebeu um inchaço nas pernas, mandou mensagem e fotos para a médica, que teria dito ser normal, nada com que ela precisasse se preocupar. Um dia antes de morrer, em férias na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, com a família, a pedagoga começou a passar mal, com falta de ar. Enquanto dormia ao lado do marido, ela acordou para ir ao banheiro e, ao voltar para o quarto, caiu ao lado da cama sem pulsação. Luiz tentou reanimá-la, sem sucesso. Equipes de emergência chegaram no local e levaram Adriana ao hospital, onde chegou sem vida.

À Justiça, Geysa explicou que é médica há 28 anos e faz procedimentos estéticos há quase duas décadas. Ela reforçou que tinha autorização da prefeitura de Niterói para as cirurgias e que, além do registro em otorrinolaringologista, ela havia feito especialização em outras áreas, incluindo a estética. Na época, o Cremerj não as reconhecia, mas hoje já é possível encontrá-las no site da instituição: Otorrinolaringologia, Medicina do trabalho, Medicina Estética e Medicina Ortomolecular.

A médica também afirmou que a vigilância sanitária não fez exigência sobre equipamentos em seu consultório, como o desfibrilador, já que o espaço se assemelha a um consultório de dentista

As cirurgias foram presentes de casamento de Luiz à Adriana, que completavam 17 anos junto. Até hoje, ele e os filhos fazem tratamento psicológico.

Fonte: Extra/ Por Bruna Martins

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