A investigação do Ministério Público de São Paulo na região da Cracolândia identificou lojas que funcionam como um desmanche de celulares roubados.
É quando o trânsito para que os ladrões aproveitam para atacar. O flagrante feito pelo produtor William Santos na segunda-feira (5) mostra como agem as quadrilhas no Centro de São Paulo.
A investigação do Ministério Público descobriu que boa parte dos celulares roubados na cidade é desmontada em lojas de fachada que ficam na região central, a pouco metros da Cracolândia. A Rua Santa Ifigênia, endereço conhecido pelo comércio de produtos eletrônicos, foi alvo da operação de terça-feira (6) contra quadrilhas que agiam na região da Cracolândia. Segundo a investigação, duas lojas lá funcionavam como desmanche de celulares.
“Tinham peças oriundas de roubo e de furto, e eles comercializavam essas peças inclusive em plataformas digitais”, afirma Juliano Atoji, promotor de Justiça de SP.
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No centro de Itaperuna quase em frente à primeira Igreja Batista. Assista ao vídeo abaixo:
Em um vídeo feito durante a investigação, um dos comerciantes suspeitos oferece a troca de uma peça por outra original – um serviço que só o fabricante do aparelho ou empresas autorizadas podem fazer.
Cliente: Precisava de uma câmera traseira do 12.
Vendedora: Câmera traseira, Mohamed, você tem?
Mohamed: Tenho. Vou fazer R$ 200 para você, a original.
Cliente: Original? Você troca aqui?
Mohamed: Troco.
Os investigadores identificaram Mohamad Abdull Hassan Rkain como o homem que oferece o conserto clandestino. Ele já foi condenado por receptação e por importar mercadorias sem pagar imposto, o descaminho. Durante a operação de terça-feira (6), policiais fecharam a loja dele e apreenderam centenas de peças sem procedência.
Mohamad também é suspeito de lavagem de dinheiro. Em seis meses, segundo os promotores, o empresário movimentou quase R$ 500 mil.
“Isto tem um impacto significativo dentro da cadeia de crimes. Atacando-se o receptador de peças, automaticamente os índices de criminalidade patrimonial caem. E essa é uma das intenções da nossa operação”, afirma Juliano Atoji.
A defesa de Mohamad Rkain disse que desconhece os fatos que fundamentaram a operação e que a idoneidade da loja será restabelecida perante a Justiça.
Fonte: G1