A polícia prendeu, na madrugada desta sexta-feira, Demilson Sales das Neves, vulgo “Tutuca”, de 35 anos, no Complexo de Santa Teresa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ele é considerado uma das principais lideranças do tráfico de drogas de Salvador, na Bahia. A prisão foi decorrente de uma operação da inteligência da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar do Rio (SSI), agentes de inteligência do Estado da Bahia e do Bope, numa ação conjunta com o 39º BPM (Belford Roxo) a partir de informações passadas pelo Disque Denúncia.
Demilson é acusado de chefiar uma facção criminosa no bairro de Pernambués, em Salvador. As investigações apontaram que ele enviava drogas, armas e munições do Rio para a capital baiana, e determinava assassinatos de rivais e roubos, entre outros delitos. Ele também é apontado como responsável pela morte do policial civil Mauro Sales Escabia Motta Coelho, de 47 anos, no mesmo bairro onde domina as ações do crime. O assassinato foi cometido no dia 15 de novembro de 2007.
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Contra ele constava um mandado de prisão expedido pela Vara dos Feitos Relacionados Delitos Praticados por Organização Criminosa/Tribunal de Justiça de Salvador/BA, pelo crime de tráfico de drogas e organização criminosa. Demilson foi levado à 54ª DP (Belford Roxo), onde foi cumprido o mandado de prisão e, posteriormente, foi encaminhado a uma unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), onde ficará acautelado à disposição da Justiça do Estado da Bahia.
Demilson é o segundo bandido de outro estado preso no Rio só nesta sexta-feira. Na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul, uma operação das polícias civis do Pará e do Rio prendeu o paraense Walleson Sousa da Silva, o Troia, acusado de extorquir empresários e comerciantes da cidade paraense de Ananindeua e de integrar uma organização criminosa.
Dados da Polícia Civil de abril deste ano mostram que, até então, pelo menos 101 bandidos de outros estados estavam escondidos em favelas na Região Metropolitana do Rio. Entre eles, 12 dos 13 chefes da principal facção do Pará, o Comando Vermelho. A migração acontece, segundo as autoridades de segurança, geralmente após os criminosos terem a prisão decretada. O controle de seus redutos, porém, continua, com ordens passadas por meio de outros integrantes das quadrilhas ou de advogados.
Fonte: Extra