Parentes denunciam que Otávio Andrade, de 21 anos, foi vítima de homofobia ao ser espancado quando voltava para casa
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Ao DIA, Eduarda Sales, de 19 anos, amiga da vítima, explicou que Otávio estava desaparecido desde a noite de domingo (18) quando voltava da casa de um amigo, que o deixou em um ponto de ônibus e foi embora. O jovem morava com a família na Muzema, na Zona Oeste.
Desde então, uma campanha foi iniciada nas redes sociais em busca de notícias. A família foi avisada pelo Hospital Miguel Couto, no Leblon, que o jovem teria dado entrada na unidade através do Serviço Móvel de Urgência (Samu). Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou apenas que o rapaz não resistiu aos ferimentos e que detalhes são restritos aos familiares.
Segundo o primo da vítima, Fabrício Gomes Lima, de 22 anos, a família recebeu uma ligação do hospital na terça-feira (21) e apenas ao chegarem à unidade receberam a confirmação da morte.
“Meu primo era simplesmente fantástico, um coração puro, todo mundo amava ele, não mexia com ninguém, não tinha nada contra ninguém. Nosso sentimento agora é de muita tristeza, tivemos uma grande perda. Ele era uma pessoa muito próxima e com isso cada um de nós está sofrendo bastante”. desabafou.
Fabrício também acredita que o crime foi provocado por homofobia. “Ele não tinha inimigos, não era uma pessoa ruim, era uma pessoa pura, e hoje no Brasil a homofobia está muito forte, então eu acredito que possa ter sido isso”, lamentou.
O sepultamento de Otávio está marcado para esta quinta-feira (22), a partir das 11h30 no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 14ª DP (Leblon) e encaminhado à 16ª DP (Barra da Tijuca), que dará continuidade às investigações. Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.