Blog do Adilson Ribeiro

Quinta-Feira – 23:58 – Para cientistas, eficácia da Coronavac e plano nacional de imunização precisam ser detalhados. Veja Abaixo:

Os dados de eficácia da CoronaVac apresentados nesta quinta-feira pelo Instituto Butantan não seguiram os mesmos protocolos das demais vacinas já existentes contra a Covid-19. De acordo com a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e colunista do GLOBO, o que foi demonstrado foram apenas os desfechos secundários e não os primários, como os demais imunizantes anunciaram.

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A pesquisadora reafirma que os desfechos secundários são importantes, já que a intenção da vacina é prevenir doenças graves e mortes. Mas diz que os desfechos secundários têm um poder estatístico menor, já que se referem a um número menor de pessoas.

— Precisamos desses dados completos para fazer uma avaliação mais efetiva.

A pesquisadora fez uma conta rápida a partir de informações dadas por Dimas Covas após questionamentos feitos pela imprensa na entrevista coletiva, e chegou a um resultado de aproximadamente 63% de eficácia.

— Uma eficácia de 63% é muito boa, não sei por que ele (Dimas Covas) não anunciou esse número oficialmente. Mas ele disse que era um número de memória, então não podemos dar certeza.

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Na visão de Helio Bacha, infectologista e consultor técnico da Sociedade Brasileira de Infectologia, os resultados apresentados pelo Butantan são suficientes para garantir que a CoronaVac é uma boa alternativa para ajudar no combate à pandemia no Brasil.

Os resultados dos testes, mesmo que numa amostra pequena de pessoas, mostram que essa é uma vacina eficiente o suficiente para ser experimentada na “vida real” (fora dos estudos) — afirma.

Os especialistas avaliam o anúncio de compra da CoronaVac pelo governo federal como uma medida de mostrar que a pandemia está sendo “levada a sério”.

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Para eles, com mais uma vacina comprada, o Programa Nacional de Imunização (PNI) precisa elaborar um plano real de vacinação. Até o momento, há apenas um documento que aponta intenções de vacinação e grupo prioritários, mas não define como será a logística nem quantas doses cada estado receberá.

 

 

Fonte: Extra

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