Blog do Adilson Ribeiro

Terça feira RIO 21:33 – Avô vê seu neto que era jogador de futebol ser executado por um Policial. Veja mais fotos e informações…

No sepultamento de Dyogo Costa Xavier de Brito, 16 anos, realizado na tarde desta terça no Cemitério São Francisco Xavier, no município, familiares acusam policial militar por homicídio

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Foi o motorista de ônibus Cristóvão Xavier, de 63 anos, avô do jogador de futebol Dyogo Costa Xavier de Brito, 16 anos, quem apelidou o neto de Dondon – nome do famoso jogador do Andaraí – quando o menino ainda era recém-nascido. Parecia uma visão do futuro que o garoto poderia ter se não tivesse sido morto em uma operação policial na comunidade da Grota, em Niterói, na tarde dessa segunda-feira. No sepultamento de Dyogo, realizado na tarde desta terça no Cemitério São Francisco Xavier, no mesmo município, Writing Studio am ao enterro e se despediram de Dyogo com um grito de guerra da equipe, expressaram em lágrimas a dor pela perda precoce. Poucos conseguiam expressar em palavras o sentimento de enfrentar um trauma como esse no início da vida. Luan Rodrigo, de 16 anos, que jogava com Dondon há 5 anos, estava indo para o treino quando recebeu a notícia. “No momento em que eu li a mensagem não acreditei. Fui perguntando para as pessoas se era verdade. Fiquei em choque, porque eu considerava um irmão da família. Era uma amizade verdadeira, de irmandade. Eu não estava preparado para isso, porque sou novo, tenho 16 anos. Ninguém espera que isso fosse acontecer com uma pessoa próxima a você. Eu chorei muito. Mas a gente vai vencer por ele e vai se tornar jogador por ele”, declarou o amigo.

Uma oração entoada aos prantos pela irmã mais nova de Diogo, Sofia, de apenas 7 anos, antes do enterro, fez as centenas de pessoas presentes se emocionaram. “Deus, que cada pessoa que esteja aqui sempre viva bem, que não perca ninguém assim desse jeito. Sempre quando alguém estiver assim bem triste, pega as suas mãozinhas e lava o coração dele. Deus, abençoe quem está aqui é que todos sejam do bem e não sejam do mal, para que não façam coisa errada”, orou a menina. Dyogo tinha ainda outros dois irmãos, uma menina de 10 anos e um menino de 11.

Moradores da comunidade da Grota levaram uma faixa direcionada ao 12º Batalhão da PM, onde escreveram: “12º Batalhão de Niterói, está aqui o resultado da operação realizada pelos senhores ontem na comunidade da Grota. Vocês assassinaram o Diogo Coutinho”.

“Nós somos moradores da comunidade, mas somos pessoas comuns. Só que a polícia acha que toda pessoa na comunidade que está de forma simples tem ligação com o tráfico de drogas. Como morador, estou falando com indignação. A gente fica preocupado de sair na rua quando tem operação. Isso não é uma operação. Não houve troca de tiro nenhuma. Bandido tinha mesmo, mas bandido tem em tudo quanto é lugar. Mas no momento não tinha nada. Na hora não tinha nada. Operações dessa forma acontecem direto, principalmente em horário de colégio e de manhã cedo quando o pessoal sai para trabalhar”, comentou o hoteleiro Leandro José, de 41 anos.

Segundo Leandro, as operações se intensificaram neste ano. “Eu acredito que a diminuição de operações policiais na comunidade reduza um pouco esses conflitos. Geralmente isso só acontece quando a polícia entra na comunidade. Com o governo novo piorou, porque deu voz ao crime”, concluiu o morador.

O enterro do adolescente transcorreu nesta tarde com o cemitério lotado. Em seguida, familiares e amigos fizeram uma manifestação na Avenida Rui Barbosa.
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Fonte: O Dia

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