Várias caravanas já foram até a cidade acreditando que a água é milagrosa. Nenhum estudo aprofundado foi feito na sepultura.
Dentro do cemitério municipal de Santa Leopoldina um fato curioso chama atenção até hoje e atrai enfermos em busca de cura: o túmulo de Maria Gilda, que enche de água há mais de 90 anos. A história passada entre as gerações conta que a menina morreu afogada em uma bacia quando tinha menos de 5 meses de idade.
O surpreendente da história é que mesmo em períodos longos de estiagem, a água continua na sepultura da criança. O mistério em volta do túmulo atrai turistas e ajudou a manter ativo o Circuito de Cemitérios até 2011, uma rota que visava valorizar personalidades no Estado enterradas em Santa Leopoldina. Assista ao vídeo e conheça essa história*:
Maria Gilda nasceu em 04 de setembro de 1922 e morreu menos de 5 meses depois, no dia 19 de janeiro de 1923. A avó, Maria Zelinda Avancini, ao buscar uma toalha, teria deixado a criança sozinha em uma bacia e quando voltou Maria Gilda já estava morta.
Jefferson Rodrigues, guia de turismo da região, conta que não foi feito um estudo aprofundado sobre a água na sepultura de Maria Gilda. “É curioso porque, se observarmos, o túmulo fica acima da terra em uma barra de concreto. E como tem água? Muita gente fala que é o coveiro, mas seria uma tradição de muito tempo se fosse verdade”, acrescenta.
Maria Gilda fazia parte de uma das famílias mais tradicionais da cidade, os Reinsen. A avó, Dona Maria, era a mulher mais caridosa que o município já teve, segundo o livro “O Município de Santa Leopoldina”, do escritor Francisco Schwarz. “O sepultamento (ao lado de Maria Gilda), foi o mais concorrido dos já realizados na cidade”, relata.
Caravanas
A história da água permanente na parte oca do túmulo de Maria Gilda chamou a atenção de muitas pessoas, que consideravam o fato um milagre. Por muitos anos, caravanas foram feitas até Santa Leopoldin Writing Studio O mistério em volta do túmulo atrai turistas e ajudou a manter ativo o Circuito de Cemitérios até 2011, uma rota que visava valorizar personalidades no Estado enterradas em Santa Leopoldina. Assista ao vídeo e conheça essa história*:
Maria Gilda nasceu em 04 de setembro de 1922 e morreu menos de 5 meses depois, no dia 19 de janeiro de 1923. A avó, Maria Zelinda Avancini, ao buscar uma toalha, teria deixado a criança sozinha em uma bacia e quando voltou Maria Gilda já estava morta.
Jefferson Rodrigues, guia de turismo da região, conta que não foi feito um estudo aprofundado sobre a água na sepultura de Maria Gilda. “É curioso porque, se observarmos, o túmulo fica acima da terra em uma barra de concreto. E como tem água? Muita gente fala que é o coveiro, mas seria uma tradição de muito tempo se fosse verdade”, acrescenta.
Maria Gilda fazia parte de uma das famílias mais tradicionais da cidade, os Reinsen. A avó, Dona Maria, era a mulher mais caridosa que o município já teve, segundo o livro “O Município de Santa Leopoldina”, do escritor Francisco Schwarz. “O sepultamento (ao lado de Maria Gilda), foi o mais concorrido dos já realizados na cidade”, relata.
Caravanas
A história da água permanente na parte oca do túmulo de Maria Gilda chamou a atenção de muitas pessoas, que consideravam o fato um milagre. Por muitos anos, caravanas foram feitas até Santa Leopoldina com pessoas doentes em busca de cura.
Segundo o antigo coveiro do cemitério municipal, o aposentado Luciano Lichtenheld, de 70 anos, várias pessoas visitavam o município em busca da “água milagrosa”. “Veio uma senhora de Vitória e disse que o marido dela foi curado de câncer. Alguma coisa tem naquela água”, lembra.
Jefferson explica, porém, que atualmente não é recomendado que as pessoas bebam a água do túmulo de Maria Gilda. “A Secretaria de Saúde joga um produto para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Já pensaram até em perfurar o túmulo para a água sair. Mas isso é tradição e a gente precisa preservar o que é da cultura”, acrescenta.
Personalidades importantes foram enterradas em Santa Leopoldina
A ideia do Circuito de Cemitérios em 2009 partiu do guia de turismo Jefferson Rodrigues, quando era secretário de Turismo, e tinha objetivo de valorizar a história das pessoas que fizeram parte da história da cidade e do Estado. Por falta de investimento, a rota acabou em 2011.
“No mundo inteiro existem rotas de cemitérios, como na Argentina, na Europa e até no Rio de Janeiro. Mesmo não tendo o circuito em si, as pessoas vão visitar e eu percebi que o cemitério de Santa Leopoldina também era visitado. A pessoas vinham conhecer o túmulo da Maria Gilda, da família Reisen e outras que fizeram história não só na cidade”, explica Jefferson.
Além de Maria Gilda também é encontrado no município o túmulo do ex-jogador da seleção brasileira, Vasco e Cruzeiro, José Fontana, o primeiro capixaba a participar e único a ganhar uma Copa do Mundo, em 1970. Fontana morreu de um ataque cardíaco em 1980, quando tinha apenas 39 anos de idade. O atleta, que também atuou no Rio Branco e no Santo Antônio, era de Santa Teresa, mas tinha o desejo de ser enterrado com os avós em Santa Leopoldina.
Fonte: Gazeta online Writing Studio