“Nosso banco de dados mais se assemelha a um queijo suíço, com lacunas no lugar de informações que simplesmente não encontramos em lugar nenhum. As informações ausentes formam um padrão: normalmente, estão relacionadas ao efetivo das forças de segurança empregados em cada operação; ao tipo de prisões realizadas, se ocorridas através de um mandado de prisão ou em flagrante; às motivações para cada prisão; e, por fim, à quantidade de drogas, armas e outros materiais apreendidos.”, diz o artigo assinado pelo coordenador de pesquisa do Observatório da Intervenção e doutorando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), Pablo Nunes, e pelo pesquisador do Observatório da Intervenção e graduando em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Pedro Paulo dos Santos da Silva.
Em 16 de junho, com dados do aplicativo Fogo Cruzado, matéria do jornal O Globo, divulgou que nos 4 meses de intervenção, foram 3.210 tiroteios, enquanto que, nos 4 meses anteriores à medida assinada pelo presidente Michel Temer (MDB), foram 2.355 tiroteios, revelando um aumento de 36% com os militares nas ruas do Rio.
“Operação mega, resultado micro. Quanto custou esta operação? Dados do Ministério da Defesa mostraram que, em fevereiro e março, os custos variaram de 472 mil reais a 1,7 milhões de reais por operação”, comentou, na época, a coordenadora do Observatório da Intervenção e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Sílvia Ramos.
Fonte : Clique Diário Writing Studio