Blog do Adilson Ribeiro

Quarta Feira – 11:50 – OAB pede afastamento de juíza que prendeu advogada. Clique na foto abaixo e veja mais

Valéria foi algemada na sala de audiências por PMs e levada para delegacia

Rio – A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) pedirá punição máxima para os policiais militares e a juíza leiga (considerada juíza auxiliar) envolvidos na prisão da advogada Valéria Lúcia dos Santos, que se negou a sair da sala de audiências e foi algemada no 3º Juizado Especial Cível de Duque de Caxias, na segunda-feira.

Segundo Valéria, a juíza agiu com violação ao impedir que ela pudesse rever um processo. “A causa era sobre uma cobrança indevida. Como não houve acordo, eu teria, como advogada, que ver a contestação da ré. A juíza negou, então saí da sala em busca de um delegado de prerrogativas da OAB-RJ. Quando voltei, ela comunicou que a audiência havia sido encerrada. Por isso minha resistência em permanecer na sala, para que o delegado visse as violações que estavam ocorrendo. É meu direito como advogada impugnar documentos”, declarou.

A Ordem representou junto ao Tribunal de Justiça contra a juíza leiga, exigindo seu imediato afastamento das funções, e também encaminhou o caso ao Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, para avaliação. Como juíza leiga, ela também advogada. Será feita, ainda, uma representação contra os PMs, pela prisão e uso de algemas. Além disso, a Ordem tomará medidas civis e criminais para que Valéria seja ressarcida pelos eventuais danos.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a advogada aparece algemada, sentada no chão da sala de audiências, próxima à porta, cercada por policiais, dizendo que “só quer exercer o direito de trabalhar”. Na ocasião, a bacharel foi levada para a 59ª DP (Caxias) e liberada após intervenção da OAB-RJ. “Sempre que falamos em racismo, dizem que é vitimismo. O que aconteceu naquela situação foi uma violação à minha dignidade como pessoa humana, não apenas como mulher negra”, completou Valéria.

‘Não acatou orientações’

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) afirmou que a juíza chamou a polícia porque a advogada não acatou as orientações na sala de audiência. Segundo o órgão, ela resistiu e, por isso, foi algemada e levada para a delegacia.

Para o presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem, Luciano Bandeira, a prisão foi ‘inconcebível’. “Isso é algo que não ocorria nem na ditadura militar: uma advogada no exercício da profissão presa e algemada dentro de uma sala de audiência. É uma afronta ao Estado de Direito, à advocacia brasileira e ao direito de defesa”, disse Bandeira.

A pedido da OAB-RJ, o juiz titular do Fórum de Duque de Caxias, Luiz Alfredo Carvalho Júnior, tornou sem efeito a audiência que estava Valéria. Ela foi remarcada para 18 de setembro e será presidida por um juiz togado (magistrado).

RELEMBRE:

 

Terça-feira – 23:45 – Defensoria Pública emite nota de repúdio no caso de advogada que foi retirada de audiência algemada.

 

RELEMBRE:

 

 

Terça-feira – 12:30 – ADVOGADA NEGRA É ALGEMADA AO PEDIR PARA REVER PROCESSO EM FÓRUM DE CAXIAS.

 

 

Uma advogada negra foi algemada e presa após insistir em ter acesso à contestação de um processo de um cliente no Juizado Especial de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira e a determinação da prisão foi dada por uma juíza leiga.
Nos vídeos que circularam nas redes sociais, é possível ver a advogada sentada à mesa de audiências pedindo a a presença de delegado da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e questionada pela juíza leiga, que solicita à defensora que aguarde ao lado de fora da sala de audiência. A advogada nega o pedido e insiste em permanecer sentada até que algum representante da OAB/RJ esteja presente, e a juíza então informa que notificará a polícia para a sua retirada.
“Estou indignada de vocês, como representantes do Estado, atropelarem a lei. Tenho o direito de ler a contestação e impugnar os pontos da contestação do réu. Isso está na lei! Não estou falando nada absurdo”, diz a bacharel.
Em outro momento, a advogada fala sobre a forma em que está sendo tratada. “Não vou sair. Estou no meu direito. Estou trabalhando, não estou roubando. Eles estão preocupados com audiência e querem atropelar a lei… Que isso? Que país é esse? E depois vocês querem reclamar de políticos que roubam se vocês que são advogados não estão respeitando a lei”, fala.
Por fim, a advogada aparece algemada, sentada no chão da sala de audiências, próxima à porta, cercada por policiais militares, afirmando diversas vezes que só quer exercer “o direito de trabalhar”.
A bacharel foi levada para a 59ª DP (Caxias) e liberada após intervenção da OAB-Rio. A instituição repudiou o caso. “Uma advogada da subseção de Duque de Caxias foi algemada em pleno exercício profissional! Nada justifica o tratamento dado à colega, que denota somente a crescente criminalização de nossa classe. Iremos atrás de todos os que perpetraram esse flagrante abuso de autoridade. Juntos somos fortes”, afirmou o presidente da comissão, Luciano Bandeira.
Fonte: O Dia videos facebook

 

 

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