Blog do Adilson Ribeiro

Sexta-feira – 20:47 – ‘Desta vez, é uma tragédia humana’, diz presidente da Vale sobre rompimento de outras barragens. Clique na imagem e saiba mais:

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse em entrevista coletiva que a barragem que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava inativa e sem receber rejeitos há três anos. Por conta disso, ele crê que o desastre ambiental é menos grave que o do rompimento da barragem de Mariana, há três anos, mas a “tragédia humana” é maior.

O acidente foi no início da tarde desta sexta-feira (25) e, segundo o Corpo de Bombeiros, há cerca de sete feridos e 200 desaparecidos.

“A maioria dos atingidos é de nossos próprios funcionários. No momento do acidente, tínhamos aproximadamente 300 funcionários no local. Nós não sabemos quantos estão soterrados”, disse Schvartsman, em entrevista coletiva. “Aproximadamente 100 já apareceram com vida. “

Principais pontos da entrevista:

  • o rompimento foi na barragem da Mina Córrego do Feijão; outra barragem abaixo dela transbordou devido ao aumento repentido do volume;
  • a barragem estava sem receber rejeitos há 3 anos, o que reduz o desastre ambiental;
  • a tragédia humana será maior que a de Mariana (19 mortos);
  • não sabe se a sirene tocou e, mesmo que tivesse tocado, não teria dado tempo de os funcionários escaparem;
  • 10 de janeiro foi feita última leitura monitores da barragem;
  • o relatório de auditoria feita por uma empresa alemã foi feita em setembro e considerou a barragem estável.
Presidente da Vale diz que empresa está monitorando as outras barragens

Presidente da Vale diz que empresa está monitorando as outras barragens

Ao comparar com a tragédia de Mariana, há três anos, considerada o maior desastre ambiental do país, ele disse considerar que, desta vez, o número de vítimas deve ser maior. Na época, 19 pessoas morreram. Ao tomar posse após o acidente, em 2017, ele disse: “Mariana nunca mais”.

“Desta vez é uma tragédia humana. Porque estamos falando de uma quantidade grande de vítimas. Possivelmente, o dano ambiental é menor. “

A barragem que se rompeu foi a da Mina Córrego do Feijão. Uma outra, abaixo dela, transbordou devido ao aumento do volume. Segundo o presidente da Vale, vazaram 12 milhões de metros cúbicos.

“É também importante que a gente saiba que essa é uma barragem inativa. Não estava recebendo rejeitos de mineração”, disse.

Schvartsman declarou que havia recebido relatórios da “estabilidade” da mina, feitos por uma empresa alemã, em setembro. “Daí a nossa surpresa, nosso desalento”, disse.

Vista aérea de barragem da Vale que rompeu em Brumadinho, MG — Foto: Washington Alves/Reuters

Vista aérea de barragem da Vale que rompeu em Brumadinho, MG — Foto: Washington Alves/Reuters

O acidente

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho. Imagens aéreas mostram que um mar de lama destruiu casas da região do Córrego do Feijão.

O rompimento ocorreu no início da tarde. A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio Ambiente às 13h37. Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.

Os feridos estão sendo levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Fonte:

Imagens mostram o antes e o depois do rompimento da barragem em Brumadinho — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação; Reprodução/Google Earth

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O rompimento ocorreu no início da tarde. A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio Ambiente às 13h37. Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.

Os feridos estão sendo levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Fonte:

Imagens mostram o antes e o depois do rompimento da barragem em Brumadinho — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação; Reprodução/Google Earth

Antes e depois da região atingida pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG) — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação; Reprodução/Google Earth

O Corpo de Bombeiros confirmou por volta das 17h que havia aproximadamente 200 pessoas desaparecidas.

A empresa diz que havia empregados no local e que há possibilidade de vítimas. Segundo os Bombeiros, um refeitório da empresa foi atingido. Ainda não há informação sobre a causa do rompimento (veja íntegra da nota da Vale ao final do texto).

Acidente foi em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte — Foto: Arte G1

Acidente foi em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte — Foto: Arte G1

O que se sabe até agora

  • Rompimento ocorreu no início da tarde na Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho;
  • Mar de lama destruiu casas;
  • Havia empregados da Vale no local atingido pelo rompimento;
  • Quatro vítimas com ferimentos foram resgatadas por helicóptero;
  • O Corpo de Bombeiros diz que há cerca de 200 pessoas desaparecidas;
  • Corpo de Bombeiros e Defesa Civil estão no local; helicópteros resgatam pessoas ilhadas em diversos pontos;
  • Ao menos seis prefeituras emitiram alerta para que população se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba, pois o nível pode subir. Às 15h50, os rejeitos atingiram o rio;
  • Rodovia estadual que leva a Brumadinho está fechada;
  • Governo montou gabinete de crise, e 3 ministros estão a caminho; Bolsonaro também quer ir ao local.
  • Por precaução, o Instituto Inhotim retirou funcionários e visitantes do local.

Íntegra da nota da Vale:

A Vale informa que, no início desta tarde, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A companhia lamenta profundamente o acidente e está empenhando todos os esforços no socorro e apoio aos atingidos.

Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida.

O resgate e os atendimentos aos feridos estão sendo realizados no local pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente.

A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais.

A Vale continuará fornecendo informações assim que confirmadas.”

Fonte: G1.

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