Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 20:40 – Mais de mil presos participam de projeto para diminuir 4 dias de pena por livro lido no Rio. Veja abaixo:

 

 

 

 

 

 

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Writing Studio mição da pena atualmente na Penitenciária Bandera Stampa, no Complexo de Gericinó. A unidade abriga ex-agentes do estado e milicianos. Pasche é auxiliado por um ex-policial militar. É o detento quem apresenta a lista dos presos que desejam participar do projeto. Essa organização, em geral, parte dos próprios internos. O ex-PM que ajuda Pasche consegue diminuição da pena trabalhando dentro da unidade, por isso não busca a remição também pela leitura:

— Os presos, entre eles, decidem quem participará do projeto. Os que possuem mais tempo de pena a cumprir têm prioridade. E há uma noção de que é falta de ética acumular um trabalho com a leitura, duas formas de remição de pena.

Pasche, que está no projeto há cerca de um ano, cultivava a vontade de trabalhar no sistema prisional desde o início dos anos 2000, quando viu o filme “Carandiru”, inspirado na obra de Dráuzio Varela.

Campanha para conseguir exemplares

O professor Marcos Pasche faz uma campanha para conseguir a doação de exemplares de “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, livro cuja leitura será cobrada na prova da UERJ, a ser realizada no fim deste ano. O projeto também é utilizado para fazer a preparação dos presos para fazer vestibular. Quem quiser doar pode ligar para 2334-6209 e 2334- 6267. No Bandeira Stampa, 57 presos farão a prova da UERJ:

— Entre ex-agentes do estado, é maciça a participação no vestibular. Já fiz contato com a editora duas vezes, solicitando doações, mas não tive retorno. Se conseguirmos dez exemplares, já está maravilhoso. Os presos podem se revezar e conseguirão ler para a prova.

O coordenador da inserção social da Seap relata que, por vezes, no projeto de remição é a primeira vez que um preso tem contato com um livro e ressalta a importância da iniciativa para a ressocialização.

— Quando eles (presos) têm um livro na mão e estão dominando aquela leitura, se sentem mais cidadãos, mais próximos da sociedade, da inclusão. É impressionante como há internos que tocam num livro aqui pela primeira vez, mas tem total experiência em manusear um fuzil.

 

EXTRA

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