Blog do Adilson Ribeiro

Terça-feira – 21:57 – Quem tomar a vacina contra covid-19 vai poder beber bebidas alcoólicas? Veja Abaixo:

Responsável por diversas doenças, o álcool em excesso pode influenciar a resposta imune do organismo. Especialistas recomendam moderação

No início de dezembro, a recomendação da vice-primeira-ministra da Rússia, Tatiana Golikova, de que as pessoas vacinadas contra a Covid-19 permanecessem 42 dias sem beber para preservar a imunidade causou alvoroço e certa revolta. O prazo foi corrigido para seis dias pelo diretor do Instituto Gamaleya (fabricante da vacina Sputnik V), mas o tema ficou em aberto. Afinal, o álcool pode atrapalhar a eficácia das vacinas contra o coronavírus?

Luciano Lourenço, clínico geral, coordenador do pronto-socorro do Hospital Santa Lúcia, explica que as vacinas agem estimulando o organismo a produzir anticorpos e/ou células capazes de defender o corpo contra “invasores”. Para alcançar esses objetivos, o ideal é que o corpo esteja em homeostase, ou seja, o mais saudável possível.

Em casos de vacinas aplicadas em duas doses, como a produzida pela Pfizer em parceria com a BioNTech, o corpo produz os anticorpos em duas etapas, segundo Luciano Lourenço. A primeira leva em torno de 20 dias, quando o organismo tem uma resposta primária ao imunizante. “Nesta fase, o corpo produz anticorpos que não são definitivos ainda”, detalha o médico.

A etapa seguinte, após a segunda dose, é o momento em que o corpo transforma os “soldados” provisórios em permanentes. Esse processo também precisa de cerca de 20 dias.

Durante esses 40 dias, o álcool pode sim atrapalhar um pouco a produção de anticorpos, de acordo com Lourenço. “Ingerir álcool após receber a vacina não colocará a vida de ninguém em risco, mas é uma vacina com uma cepa desconhecida, então a recomendação de ficar sem álcool uma semana antes e 20 dias depois [da imunização] é inteligente”, completa. “O que chama a atenção da comunidade médica é as pessoas estarem preocupadas com o consumo de álcool em vez de desejarem estarem saudáveis para que o organismo responda da melhor maneira possível.”

Diversos fatores influenciam a resposta imune às vacinas. Segundo Beatriz Rodrigues, infectologista da rede de hospitais São Camilo de São Paulo, a eficácia de um medicamento pode variar segundo características do próprio indivíduo, como idade, comorbidades, genética, fatores nutricionais ou mesmo características relacionadas à própria vacina. “Os fatores comportamentais, como consumo excessivo de álcool, tabagismo, sono, entre outros, são alvo de diversos estudos”, completa.

Álcool e outras doenças

O consumo excessivo de álcool, em especial por longos períodos de tempo, pode acarretar inúmeras consequências deletérias ao organismo, levando a um prejuízo da imunidade. “Entretanto, não há evidências suficientes de que o consumo moderado pontual dessa substância torne a vacinação ineficaz”, pondera a infectologista Beatriz Rodrigues.

Cirrose, pancreatite crônica, desnutrição por deficiência de vitaminas e até alguns tipos de câncer são problemas de saúde que o álcool pode causar. Todas essas doenças terão impacto na resposta imune do organismo, explica Victor Bertollo, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília. “Os estudos d Writing Studio
Já o consumo excessivo de grandes quantidades de álcool em um dia só, conhecido como “binge drinking”, é um comportamento que pode pôr em risco a eficácia dos imunizantes. “Esse consumo, geralmente feito em festas e bares, caracteriza um estresse agudo ao organismo”, justifica Bertollo. “Já é sabido que situações assim podem interferir na resposta do corpo às vacinas.”

Fonte: Metrópoles.

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