Blog do Adilson Ribeiro

Domingo – 18:00 – Os planos das prefeituras para evitar o carnaval da Covid-19. Veja abaixo:

Atuação em Farol de São Thomé (Foto: divulgação)

A proximidade do feriado de Carnaval, o aumento do número de hospitalizações nas redes municipais e particulares de saúde desde as confraternizações de fim de ano, e a possibilidade de propagação pelo país de uma nova cepa do novo coronavírus, mais transmissível e letal, preocupam as autoridades. Cidades como Campos e as vizinhas São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e Quissamã têm uma extensa faixa litorânea, frequentada por moradores de toda a região, e começam a discutir medidas para evitar que a festa de Momo se transforme na folia da Covid-19 diante do desrespeito de moradores e turistas à medidas sanitárias das Prefeituras e do Governo do Estado.

Desde o início das férias escolares tornou-se comum em todo o território fluminense a visão de praias lotadas. A aglomeração de banhistas ávidos por se refrescarem em meio a sensações térmicas acima dos 40°C acontece a despeito do cancelamento das programações oficiais de verão e da segunda onda da Covid-19, que já infectou meio milhão de pessoas e vitimou quase 30 mil pacientes em todo o estado do Rio.

Trabalho da Prefeitura de SJB (Foto: divulgação)

O último fim de semana foi marcado por flagrantes de concentração de pessoas nas orlas de Farol de São Thomé, em Campos; de Grussaí e do Açu, em São João da Barra; e Santa Clara e Guaxindiba, em São Francisco de Itabapoana. Na praia campista, a Guarda Civil Municipal (GCM) chegou a usar força não letal para dispersar aglomerações após a Prefeitura implementar barreira fiscal no portal de entrada e proibir estacionamento e som alto na orla.

De acordo com especialistas, porém, o avanço dos números, que voltou a pressionar unidades de saúde públicas e privadas e fez municípios retrocederem em seus planos de retomada das atividades econômicas e sociais, pode estar relacionado a eventos ainda anteriores.
Somente em Campos, 150 mil pessoas — o que equivale a 30% da população do Município — estavam contaminadas durante as festas de Natal e Ano Novo e podem ter infectado parentes e amigos, segundo o subsecretário da Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde, Charbell Kury.

O cenário se torna ainda mais desafiador diante da possibilidade de disseminação da variante do novo coronavírus que vem provocando uma ressurgência de casos no Amazonas desde dezembro. Possivelmente associada ao potencial aumento na transmissibilidade ou propensão para reinfecção, a nova cepa pode se espalhar por todo território nacional nos próximos meses, alertam especialistas.

Gabinete de Crise estuda medidas

Aglomeração na praia do Açu (Foto: Carlos Grevi)

Além da suspensão da programação de verão, a Prefeitura de Campos proibiu, no último dia 22, “toda e qualquer atividade com aglomerações”, o que inclui festas carnavalescas e pré-carnavalescas. Em nota, o Município informou que o Gabinete de Crise da Covid-19 irá se reunir para discutir as medidas que serão adotadas no período de Carnaval.

Adicionalmente, a Prefeitura afirmou que as ações de fiscalização são “contínuas e intensificadas nos fins de semana e nos feriados”, e que haverá reforço de cerca de 40 homens no efetivo da GCM que atua na praia de Farol de São Thomé durante os dias de Carnaval.

Campos chegou a passar dois meses na Fase Verde do plano de retomada das atividades durante o segundo semestre de 2020, mas regrediu à Fase Amarela em novembro. No último dia 18, o prefeito Wladimir Garotinho (PSD) anunciou retorno à Fase Laranja e lockdown parcial, que duraram seis dias. Ao justificar a medida, ele afirmou que “estamos com 90% de taxa de ocupação de leitos e a taxa de incidência de contaminação está em 20% da população”.

A volta à fase Amarela só foi anunciada após a assinatura de um convênio entre as Prefeituras de Campos e Duque de Caxias para a cessão de equipamentos para a montagem de 10 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) destinados ao tratamento de pacientes vítimas da Covid-19.
Nesta quinta-feira, em encontro com empresários na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, o prefeito afirmou que o setor da Saúde entrou em colapso.
“A situação foi tão grave que havia 11 pessoas na fila de um leito de UTI de Covid em Campos. Felizmente colocamos cinco leitos para funcionar e esperamos nos próximos dias colocarmos outros cinco, porém existe escassez de material humano, como médicos. Temo por uma terceira onda em consequência das aglomerações de verão. Então peço que vocês sejam agentes de informação, pois isso é altamente necessário. Hoje, de cada cinco pessoas em Campos, uma contraiu Covid”, disse.

18 mil infectados
Campos, que ultrapassou, nesta quinta-feira, os 18 m il infectados e já registrou mais de 660 mortes por complicações decorrentes da Covid-19, é referência regional em tratamento de saúde e acaba absorvendo pacientes de cidades vizinhas.
O Município iniciou a vacinação da população no dia 20 de janeiro, após receber 5,4 mil doses da CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan. O número é metade das 11 mil inicialmente previstas. O imunizante foi trazido em uma aeronave da Polícia Civil pelo secretário estadual de Saúde Carlos Alberto Chaves de Carvalho. Também foram enviadas a Campos 160,4 mil seringas e agulhas para serem usadas na aplicação da vacina.
Funcionários que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus foram os primeiros a serem imunizados, um dia após a vacinação do enfermeiro André Luiz Gomes, de 46 anos, que trabalha atua Hospital Geral de Guarus (HGG), em uma cerimônia pública.
Idosos e deficientes institucionalizados também já receberam as prime Writing Studio ta, o Município informou que o Gabinete de Crise da Covid-19 irá se reunir para discutir as medidas que serão adotadas no período de Carnaval.

Adicionalmente, a Prefeitura afirmou que as ações de fiscalização são “contínuas e intensificadas nos fins de semana e nos feriados”, e que haverá reforço de cerca de 40 homens no efetivo da GCM que atua na praia de Farol de São Thomé durante os dias de Carnaval.

Campos chegou a passar dois meses na Fase Verde do plano de retomada das atividades durante o segundo semestre de 2020, mas regrediu à Fase Amarela em novembro. No último dia 18, o prefeito Wladimir Garotinho (PSD) anunciou retorno à Fase Laranja e lockdown parcial, que duraram seis dias. Ao justificar a medida, ele afirmou que “estamos com 90% de taxa de ocupação de leitos e a taxa de incidência de contaminação está em 20% da população”.

A volta à fase Amarela só foi anunciada após a assinatura de um convênio entre as Prefeituras de Campos e Duque de Caxias para a cessão de equipamentos para a montagem de 10 novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) destinados ao tratamento de pacientes vítimas da Covid-19.
Nesta quinta-feira, em encontro com empresários na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, o prefeito afirmou que o setor da Saúde entrou em colapso.
“A situação foi tão grave que havia 11 pessoas na fila de um leito de UTI de Covid em Campos. Felizmente colocamos cinco leitos para funcionar e esperamos nos próximos dias colocarmos outros cinco, porém existe escassez de material humano, como médicos. Temo por uma terceira onda em consequência das aglomerações de verão. Então peço que vocês sejam agentes de informação, pois isso é altamente necessário. Hoje, de cada cinco pessoas em Campos, uma contraiu Covid”, disse.

18 mil infectados
Campos, que ultrapassou, nesta quinta-feira, os 18 m il infectados e já registrou mais de 660 mortes por complicações decorrentes da Covid-19, é referência regional em tratamento de saúde e acaba absorvendo pacientes de cidades vizinhas.
O Município iniciou a vacinação da população no dia 20 de janeiro, após receber 5,4 mil doses da CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan. O número é metade das 11 mil inicialmente previstas. O imunizante foi trazido em uma aeronave da Polícia Civil pelo secretário estadual de Saúde Carlos Alberto Chaves de Carvalho. Também foram enviadas a Campos 160,4 mil seringas e agulhas para serem usadas na aplicação da vacina.
Funcionários que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus foram os primeiros a serem imunizados, um dia após a vacinação do enfermeiro André Luiz Gomes, de 46 anos, que trabalha atua Hospital Geral de Guarus (HGG), em uma cerimônia pública.
Idosos e deficientes institucionalizados também já receberam as primeiras doses da vacina.

São Francisco de Itabapoana (Foto: divulgação)

Finalizando o planejamento
Procurada pela reportagem do Jornal Terceira Via, a Prefeitura de São Francisco de Itabapoana informou que está finalizando o planejamento para o período do Carnaval. “Os detalhes das ações, que vão envolver diversos órgãos da municipalidade, serão divulgados na próxima semana.”
Boletim divulgado na quinta-feira (28) aponta que 11,11% dos leitos clínicos estão preenchidos no Município. Os leitos com suporte de ventilação não estão ocupados. São Francisco de Itabapoana já confirmou mais de mil casos no novo coronavírus e registrou 25 mortes.
Nas últimas semanas, o município recebeu 690 doses de imunizantes contra a Covid-19. O número inclui a CoronaVac e o imunizante da Oxford/AstraZeneca.

Conscientização contra Covid-19 em Quissamã (Foto: divulgaçaõ)

Acesso às praias é controlado
Já a Prefeitura de Quissamã afirmou, também em nota, que vem adotando medidas para orientar a população sobre o combate à Covid-19, desde o início da pandemia. Pontos de fiscalização foram implantados em Barra do Furado para coibir o acesso de ônibus e vans de turismo ao local e o mesmo procedimento pode ser adotado na Praia de João Francisco durante o Carnaval. Há, também, divulgação de informações por meio das redes sociais oficiais da Prefeitura.
“A campanha de conscientização e as fiscalizações são constantes, principalmente no período do verão, quando as praias recebem um número maior de pessoas. O mesmo será mantido para os dias de Carnaval, com um trabalho conjunto entre órgãos municipais, como a Secretaria de Saúde, Guarda Municipal, Secretaria de Segurança Pública e Trânsito e Coordenadoria de Defesa Civil, além de uma solicitação de reforço para a Polícia Militar”, informa o Município.

Ainda de acordo com a Prefeitura, membros do Comitê para Políticas de Enfrentamento e Impactos da Pandemia da Covid-19 têm se reunido constantemente para a elaboração de planos para o combate à doença. As unidades de emergência — Hospital Municipal Mariana Maria de Jesus, Centro de Triagem Respiratório e Unidade de Pronto Atendimento Mário Barros Wagner de Barra do Furado — tiveram suas equipes reforçadas no início da pandemia e funcionam 24 horas, mesmo aos finais de semana e feriados.
Até o fechamento desta reportagem, o percentual de ocupação de leitos da Covid-19 no Município era de 70%. Quissamã já teve mais de 1,2 mil casos confirmados do novo coronavírus. Ao todo, 47 pacientes morreram.
A Prefeitura iniciou a vacinação no último dia 19, quando o Governo do Estado do Rio entregou 720 doses da CoronaVac. No dia 25, o Município recebeu 270 doses da vacina da Oxford/AstraZeneca.

Mais doses a caminho
O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai distribuir, a partir desta terça-feira (2), novas doses da vacina da CoronaVac. Os 92 municípios fluminenses devem receber a metade das 88 mil novas doses que chegaram na semana passada. A quantidade enviada será semelhante à de outras remessas, com ajustes a depender de particularidades como grupos prioritários ainda não imunizados por falta de vacina. A outra metade vai ficar sob administração da secretaria estadual de Saúde (SES) e só será enviada para as cidades fluminenses quando for o momento de aplicar o reforço.
Junto da nova remessa, a secretaria de Saúde vai enviar a outra metade do primeiro lote da CoronaVac para os municípios aplicarem o reforço de quem foi imunizado no primeiro momento. A recomendação da SES é que os municípios apliquem a segunda dose três semanas depois da primeira, mas ela pode ser aplicada até 28 dias depois.

SJB faz trabalho de conscientização com a retirada da barreira da BR (Foto: Arquivo/SJB)

Sem Barreira Sanitária
A Prefeitura de São João da Barra reforçou ações de fiscalização e conscientização em relação ao novo coronavírus após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspender, no último dia 23, a barreira sanitária que havia sido implantada pelo Município na BR-356, sob justificativa de que a medida passou a causar congestionamento com o aumento do fluxo de pessoas durante o verão.
“Há um reforço nessas ações, que incluem as campanhas ‘Verão Seguro’ e os projetos ‘Blitz Educativa’ e ‘Patrulha do Bem’, com a chegada de 150 agentes que participavam da barreira sanitária e que já receberam treinamento para atuar no restante do período de verão e carnaval”, informa, em nota, a Prefeitura de São João da Barra.

Ainda segundo o Município, “as unidades de saúde estão aptas a atenderem as demandas nesse período de alta temporada, incluindo Carnaval. Em relação especificamente à pandemia, o Município disponibiliza, também, uma central de atendimento ao coronavírus 24h, oferecendo informações e orientações sobre a doença pelos números de WhatsApp 99991-9234 e 99991-9235 ou pelo 0800-925-0770”.

Desde o início da pandemia, São João da Barra já confirmou mais de 2,3 mil casos do novo coronavírus. Destes, 69 pessoas morreram até o fechamento desta reportagem. O Município recebeu 1,4 mil doses da CoronaVac no último dia 19, quando começou a vacinar a população. No dia 25, foram entregues à Prefeitura 400 doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca, distribuído em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Inicialmente, a vacinação prioriza idosos em instituições de longa permanência e profissionais da saúde que atuam na linha de frente durante a pandemia.

3 comentários sobre “Domingo – 18:00 – Os planos das prefeituras para evitar o carnaval da Covid-19. Veja abaixo:

  1. Mary

    Tem jeito não, ninguém respeita as ordens dadas pelas autoridades, depois culpam o governo federal pela pandemia e mortes. Culpado e o povo mal educado. Querem ver todos mortos. E isso

  2. Leda Oliveira

    Mary, governo federal é culpado sim, em 80% dos casos, pois foi o maior fiador dessa pandemia, quando negou e continua negando a gravidade da doença. Povo é mal educado, mas o maior incentivador desse processo está em Brasília.

    1. Rogério

      Exatamente, Leda. O comportamento errático por boa parte da população tem como maior exemplo o presidente da república, que, ao invés de gastar suas energias em prol das medidas para o combate da pandemia que destrói a vida e os empregos dos brasileiros, preferiu negar a gravidade da doença desde o início e entrar numa disputa política com o governador de SP. Estamos à deriva. A única luz no final do túnel são as vacinas, que o presidente negou e fez chacota desde o início. Agora posa de bom moço e fazendo de contas que é a favor da vacinação.

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